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Cielo, a Retomada

Publicado 28.01.2021, 12:49
BBAS3
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BBDC4
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CIEL3
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ITUB4
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SANB11
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PAGS
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STNE
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Céu nublado

“A Cielo (SA:CIEL3) respira por aparelhos”, era capa dos jornais em meados de 2010.

Para alguns analistas a sua morte era apenas questão de tempo. Mais tarde, porém, a companhia viria a se tornar uma das queridinhas do mercado.

Jorrando uma quantidade absurda de caixa e com lucros crescentes, as ações dominavam o mercado.

Até 2015 a empresa de maquininhas viveu momentos de euforia.

No entanto, em 2017, uma nuvem negra começou a se aproximar.

A empresa que detinha uma enorme barreira para novos entrantes, viu os concorrentes no setor de adquirencia baterem a porta.

A Cielo possuía mais de 50 por cento de Market share.

Em um ambiente com a Rede, do Itaú Unibanco (SA:ITUB4), e GetNet, do Santander (SA:SANB11), a Cielo seguia em paz.

Atacava principalmente as médias e grandes empresas, sem muito interesse ao "acesso" dos pequenos comerciantes.

O aluguel da maquininha era caro, não tinha escala para que se tornassem clientes.

Nasce o oponente

 O Banco Central entrou em campo para aumentar a concorrência do setor, retirando barreiras criadas pelos bancos.

A PagSeguro (NYSE:PAGS) chegou à bolsa em janeiro de 2018 com uma oferta pública de ações nos EUA e o mercado começava a compreender os riscos que a Cielo corria.

Logo no primeiro dia de negociação as ações dispararam 36 por cento.

Stone (NASDAQ:STNE) seguiu os mesmos passos, e subiu 31 por cento no primeiro dia.

Uma infinidade de empresas de adquirencia ingressavam no mercado.

O pipoqueiro, a manicure, o motoboy e muitos outros profissionais teriam seus próprios meios de pagamento.

Começava a “Guerra das Maquininhas”.

 O Pagseguro ganhava musculatura e, um mês após o seu IPO, as ações da badalada Cielo começaram a derreter.

Para gigante de adquirência, um filme de terror. A concorrência jogava pesado reduzindo preços.

Entre 2018 e 2020, o valor da empresa chegou a cair quase 90 por cento.

O contra-ataque

 Perdendo espaço, receita e rentabilidade, a Cielo começou a atacar o mercado de acesso.

Antes, 60% do volume da empresa vinha de grandes contas e 40% do varejo. O objetivo do CEO Paulo Caffarelli era inverter a pirâmide, com 35% do volume vindo das grandes contas e 65% do varejo.

A empresa poderia explorar a capilaridade gigantesca de seus controladores, Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Bradesco (SA:BBDC4), - importante, principalmente, em regiões como Norte e Nordeste onde os concorrentes não atuam.

Mercados como de São Paulo e Rio de Janeiro são mais competitivos e o segmento de grandes empresas sempre foi muito disputado.

Mas o Brasil, definitivamente, nunca foi uma grande Faria Lima.

A Cielo avançou com sua estratégia de priorizar segmentos mais rentáveis, com maior foco no varejo - caminhando com a produtividade da força de vendas, fazendo parcerias, oferecendo soluções digitais e concedendo crédito.

O resultado

Nesta terça-feira (26) a companhia divulgou os números do 4T20 e surpreendeu o mercado.

O Lucro Líquido da Cielo totalizou R$298,2 milhões no trimestre, um aumento de 34,7% sobre o mesmo trimestre do ano anterior e de 197,0% quando comparado ao 3T20.

Na comparação com o trimestre anterior, o resultado foi impulsionado por melhora em todas as unidades de negócio: Cielo Brasil (adquirência), Cateno e outras Controladas.

Destaque para a recuperação dos volumes na Cielo e na Cateno, e para o controle dos gastos, com custos e despesas operacionais abaixo do observado no 3T20.

O volume financeiro capturado foi de R$190,6 bilhões, um acréscimo de 15,1% frente ao 3T20, impulsionado pelo segmento de pequenas empresas e pela retomada das atividades econômicas, Black Friday e Natal.

Na comparação com o 4T19, a expansão foi de 0,3%, limitada pelos efeitos econômicos da crise gerada pela COVID-19, e pelo foco da Companhia em segmentos mais rentáveis.

Quanto vale a Cielo?

 A Cielo está negociando atualmente o P/L (Preço sobre o Lucro) de 12 vezes estimado para 2021.

Nota-se o exagero do mercado quando comparado aos players Pag Seguro (P/L de 37 vezes para 2021) e Stone (P/L de 68 vezes para 2021).

O cenário melhorou para as ações, vejo um potencial de upside de 58 por cento. Sendo cotada atualmente a R$ 3,67, o preço alvo é de R$ 5,80.

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