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Cobre: China é crucial para que o metal supere a marca de US$ 4 por libra

Publicado 29.08.2023, 13:28
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Incerteza econômica na China continua segurando o rali no cobre.
  • A relação cobre/ouro indica uma desaceleração econômica e uma redução da demanda por cobre no curto prazo.
  • Mas, apesar dos desafios imediatos, as perspectivas para um horizonte maior de tempo para o cobre são positivas, com a expectativa de aumento da demanda a partir do setor de energia renovável e veículos elétricos.
  • A relação entre o cobre e a China é simbiótica. O mais importante metal industrial do mundo depende do seu maior país consumidor, especificamente do seu setor de construção.

    Dessa forma, quando a economia chinesa se expande, os preços do cobre tendem a subir. Já quando desacelera, bem…

    Desde a perda do importante suporte psicológico de US$ 4 por libra, os operadores comprados no cobre futuro da Comex de Nova York tentam encontrar uma direção para o “metal vermelho”.

    Ninguém está falando por enquanto sobre o recorde de US$ 5 de março do ano passado. Mas até mesmo a superação do nível de US$ 3,80, onde o cobre está consolidado desde o início de agosto, parece mais difícil do que se pensava, na medida em que a economia chinesa não está contribuindo.

    Quem consome a maior parte dos metais industriais na China é o setor de construção civil, que responde por cerca de 30% do uso final total do cobre.
    Cobre da Comex, diário

    Todos os gráficos são de SKCharting.com, com dados do Investing.com

    No início da janela asiática de negociações desta terça-feira, 29, o cobre futuro na Comex girava em torno de US$ 3,81, com uma alta de menos 0,5% no dia, após andar de lado desde meados da semana passada, por conta da incerteza com a economia chinesa.

    De acordo com reportagens da mídia estatal, o Banco Popular da China pode cortar os requisitos de reserva dos bancos mais cedo do que o esperado, o que injetaria mais liquidez no mercado.

    Além disso, autoridades chinesas defenderam mais apoio fiscal para os setores afetados pela crise sanitária.

    Os dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI), que serão divulgados na quinta e na sexta-feira, devem mostrar como está a atividade empresarial da China em agosto. Analistas preveem uma leitura fraca, indicando uma desaceleração do crescimento.

    Cobre e a economia global

    A relação cobre/ouro é um indicador importante da saúde econômica global, pois está diretamente relacionada com as tendências econômicas.

    Quando a economia cresce, o cobre é mais procurado e o ouro é menos valorizado como um ativo seguro, elevando a relação entre os preços dos dois metais. Quando a economia se contrai, o ouro ganha mais atratividade como um “refúgio seguro”, fazendo com que a relação caia.

    A queda na relação cobre/ouro sinaliza uma desaceleração da economia global, bem como uma redução da demanda e do preço do cobre no curto prazo. No entanto, as projeções de longo prazo dos mineradores globais e dos bancos de investimento apontam para uma recuperação.

    A relação cobre/ouro atingiu seu pico em outubro de 2021. Em seguida, houve outro pico em fevereiro de 2022, seguido por uma tendência de baixa que persiste até hoje.

    Segundo dados da MacroMicro, a relação passou de um pico de 0,25 em outubro de 2021 para 0,19 no início de julho. Nas duas recessões mais recentes, a relação ficou abaixo de 0,16.

    O cobre da Comex começou o ano com uma alta expressiva em janeiro, chegando a cerca de US$ 4,23 por libra, mas depois iniciou um declínio gradual.

    Isso ocorreu mesmo com a queda dos estoques de cobre nos armazéns asiáticos da Bolsa de Metais de Londres (LME), que reduziram quase 80% para 13.950 toneladas - um nível equivalente a menos de meio dia do consumo nacional da China.

    A demanda por cobre da China continua fraca, pois sua economia ainda se recupera do impacto da pandemia.

    O metal oscila entre US$ 3,57 e US$ 3,84 por libra, uma faixa semelhante à que prevaleceu durante a crise sanitária, indicando uma perspectiva menos otimista para o consumo do metal no curto prazo na China.

    No entanto, no longo prazo, é provável que enfrente uma escassez de oferta. Os analistas do Citigroup projetam mais investimentos no setor no futuro, devido à demanda cada vez maior das indústrias de energia renovável e veículos elétricos.

    No cenário mais favorável, a demanda total pode alcançar quatro bilhões de toneladas até 2025, com o preço chegando a US$ 6,70 por libra.

    Porém, à medida que o preço sobe, o consumo pode cair, pois haverá esforços significativos para substituir o cobre por outros metais em bens de consumo e condutores elétricos.

    A forte demanda por cobre no longo prazo também é apoiada pelos investimentos contínuos em novos projetos realizados pelos principais produtores globais de commodities com expectativas positivas.

    Segundo Bold Baatar, chefe de cobre da Rio Tinto (LON:RIO):

    “Em geral, há um grande déficit de cobre em termos do desequilíbrio entre oferta e demanda que vem da América Latina e das interrupções que estão ocorrendo em países como o Peru.”

    Em resumo, a visão de longo prazo para o cobre permanece favorável, apesar da atual retração na demanda.

    Os projetos futuros planejados pelos grandes players do setor demonstram sua confiança na recuperação da economia global e sua expectativa de preços mais elevados para o metal vermelho no futuro, devido ao avanço dos veículos elétricos e da infraestrutura de energia renovável.

    A tendência técnica do cobre para o futuro

    O cobre COMEX precisa superar o nível de US$ 3,87 para avançar significativamente, mas também deve se manter acima de US$ 3,50 para não arriscar um teste do suporte ainda forte em US$ 3, de acordo com o analista técnico Sunil Kumar Dixit.

    Segundo Dixit:

    “É necessária um rompimento fora da consolidação que mantém o metal negociando abaixo da MMS (Média Móvel Simples) de 100 semanas em US$ 4,02 e acima da MMS de 200 semanas em US$ 3,68. A definição da direção depende da reação à MME (Média Móvel Exponencial) de 50 semanas em US$ 3,87.”

    Se não conseguir romper a MME de 50 semanas em US$ 3,87 ou se manter acima da MMS de 100 semanas em US$ 4,02, isso será visto como uma rejeição que levará à retomada de uma correção descendente que tem como alvo inicial a MMS de 200 semanas em US$ 3,68, disse Dixit.

    “Um rompimento e um fechamento semanal abaixo dessa zona eventualmente estenderão a queda em direção a US$ 3,62 e US$ 3,54, sendo este último um ponto crítico para uma correção mais profunda na MMS (Média Móvel Simples) de 200 meses em US$ 3,20 , que será seguida de perto pela MMS (Média Móvel Simples) de 100 meses em US$ 3,10.”

    Cobre da Comex, semanal

    Todos os gráficos são de SKCharting.com, com dados do Investing.com

    Por outro lado, uma alta consistente acima da MMS de 100 semanas em US$ 4,02 terá como alvo inicial US$ 4,20, seguido por US$ 4,35, acrescentou Dixit.

    “Apenas uma aceitação forte acima de US$ 4,35 desencadeará um impulso ascendente acelerado visando o recorde histórico de US$ 5,00.”

    (Tradução de Julio Alves)

    ***

    Aviso: O conteúdo deste artigo é puramente educativo e não representa qualquer recomendação de compra ou venda de qualquer ativo tratado. O autor Barani Krishnan não possui posições nas commodities ou investimentos sobre os quais escreve. Ele geralmente utiliza uma variedade de visões além da sua para promover a diversidade da análise de qualquer mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias.

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