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Como os Estados Unidos evitaram uma recessão até agora?

Publicado 19.07.2023, 14:15
Atualizado 07.04.2022, 05:55

Apesar das inúmeras previsões de recessão, a economia dos Estados Unidos segue firme.

Foi a partir do segundo semestre de 2022 que começaram a surgir os anúncios de recessão no país. Mais especificamente, em junho do ano passado, 68% dos economistas acreditavam que a recessão atingiria os EUA até 2023. Em setembro, Nouriel Roubini, ex-economista do FMI conhecido como "Dr. Doom" ("Dr Apocalipse") por ter previsto a crise financeira de 2008, também soou o alarme, alertando para uma recessão "longa e terrível".

Logo em seguida, no mês de outubro, o ex-secretário do Tesouro americano, Larry Summers, afirmou que a recessão era quase inevitável, assim que a inflação ultrapassou 5%, o que faria a taxa de desemprego superar 6%. Em abril deste ano, Summers novamente alertou que as "probabilidades de recessão estão aumentando".

Isso ocorreu após sua declaração em janeiro para "ter cuidado com falsos alvoreceres". No entanto, apesar de todos esses prenúncios de recessão, o fato é que isso nunca se materializou oficialmente. Ao contrário, tanto a taxa de inflação quanto a de desemprego estão baixas, indicando uma economia sólida.

Baixas taxas de inflação e desemprego

O relatório do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de junho mostra uma queda na inflação para 3%, a mais baixa desde março de 2021. Da mesma forma, a taxa de desemprego caiu para 3,6%, oscilando entre 3,4% e 3,7% desde março de 2022. Isso indica um mercado de trabalho consistentemente aquecido, um importante indicador contra recessão.

O fato de o desemprego e a inflação estarem em baixas faixas é ainda mais interessante, uma vez que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, insinuou várias vezes que será necessário haver um ajuste no mercado de trabalho para combater a inflação. Quem está desempregado geralmente contém os gastos, o que se traduz em menos demanda agregada.

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E se a demanda por bens e serviços cai, a economia se desaquece. Isso acaba gerando uma queda no PIB que, combinada a outros fatores, pode fazer com que o país entre oficialmente em recessão.

Economia americana ainda está inundada de dinheiro

De acordo com o último relatório da agência de estatísticas econômicas, os salários médios por hora estão acima da taxa de inflação, com uma taxa anual de 4,4%. Nos últimos quatro meses consecutivos, os ganhos superaram a inflação. Mais importante ainda, os consumidores têm mais dinheiro em contas bancárias do que em 2019, ajustado pela inflação.

Cash Balances

De acordo com o Instituto JPMorgan (NYSE:JPM) Chase, em março de 2023, os saldos médios em caixa aumentaram de 10% a 15% para cada quartil de renda. Essa análise é baseada em 9 milhões de contas de clientes do Chase, tanto de conta poupança quanto de conta-corrente.

Essa camada de absorção, criada inicialmente pelos auxílios emergenciais, é a principal razão para a recessão não ter acontecido nos EUA. Isso faz com que o sentimento do consumidor continue elevado, alcançando a leitura mais favorável desde setembro de 2021, com uma mudança anual de 41%.

Fatores geopolíticos

Também deve ser observado que os Estados Unidos se beneficiam muito da turbulência na Europa. Após as sanções contra a Rússia e a sabotagem do gasoduto Nord Stream 2, a indústria alemã está em queda livre, tendo perdido acesso ao gás russo barato.

Isso a torna menos competitiva, e os investimentos estrangeiros na Alemanha atingiram a faixa mais baixa desde 2013. Ao mesmo tempo, as empresas do país estão planejando mais investimentos nos Estados Unidos. Uma pesquisa com 200 empresas revelou que 93% delas pretendem aumentar os investimentos nos EUA nos próximos três anos.

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Esse nível de coordenação macroeconômica-geopolítica não é surpreendente.  Em 2011, Jerome Powell observou que "notícias econômicas ruins levam as pessoas a sair das ações e buscar títulos". Assim, esse processo "diminui a taxa de juros que o governo precisa pagar".

Ao mesmo tempo, Powell considerou a "turbulência na Europa" como um fator que levava as pessoas a comprar títulos do governo dos EUA. Com o teto da dívida novamente elevado no país, sua economia ganhou ainda mais capacidade de absorção da recessão.

Dito isso, a recessão pode apenas ser adiada. O déficit orçamentário dos EUA continua se aprofundando, atingindo US$ 2,3 trilhões em junho.  Isso é mais que o dobro do déficit anterior aos lockdowns.

Consequentemente, mais dinheiro está sendo usado para pagar juros em vez de investir em produtividade e crescimento. E se a economia não estiver crescendo com a rapidez suficiente, combinada com a inflação salarial, isso pode induzir uma queda econômica - recessão.

Últimos comentários

PMI e índice de poupança por um fio. quem ver antes vai ver melhor!
tanta gente previu essa recessao que agora parece até um objetivo coletivo a ser atingido.
Deve ser por méritos da estratégia do  "pouso suave" , juros subindo gradativamente. Aqui os juros sairam de 2% para 13,75% em menos de 12 meses. Tinha reunião que aumentavam 2,5%.
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