ÁSIA: Os mercados da Ásia fecharam em alta nesta segunda-feira, ignorando os pesados declínios observados em Wall Street na sexta-feira, depois de uma semana amplamente dominada pelos desenvolvimentos comerciais EUA-China. O índice de ações da MSCI Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, subiu 0,64%.
O Nikkei do Japão subiu 0,51%, para fechar em 21.678,26 pontos, após uma sessão volátil pela manhã. O Topix, mais amplo, também zerou as perdas iniciais e terminou em alta de 0,38%, com quedas nos índices de petróleo e carvão sendo compensadas por ganhos em finanças e varejistas.
O Kospi da Coréia do Sul avançou 0,6% para terminar em 2.444,08 pontos. O setor de tecnologia fechou em alta, mas foram registradas perdas em siderúrgicas e montadoras. A Samsung Electronics subiu 1,65% e a Posco recuou 1,88%.
Os mercados da China também flutuaram. O índice Hang Seng de Hong Kong fechou em alta de 1,29%, superando o desempenho de seus pares regionais, à medida que as ações de tecnologia e financeiras registraram fortes valorizações. No continente, o composto de Xangai subiu 0,26%, para 3.139,33 pontos e o composto de Shenzhen fechou em ligeira alta de 0,01%, a 1.831,83 pontos.
Enquanto isso, o ASX 200 da Austrália subiu 0,35%, para 5.808,70 pontos, com todos os seus sub-índices, com exceção da energia, fechando no azul. Entre as grande mineradoras australianas, BHP Biliton subiu 0,1%, Rio Tinto (LON:RIO) avançou 0,3%, enquanto Fortescue Metals recuou 0,5%.
Os mercados se concentraram na escalada das preocupações comerciais entre os EUA e a China nas últimas semanas, embora os temores parecessem ter diminuído durante a sessão asiática. Segundo analistas, os medos em relação à guerra comercial não estão tão intensos quanto na semana passada.
As bolsas dos EUA ficaram sobre pressão na última sessão, depois que o presidente Donald Trump disse que instruiu as autoridades de comércio dos EUA a considerar US$ 100 bilhões em tarifas adicionais sobre produtos chineses. Em resposta, o Ministério do Comércio da China disse na sexta-feira que reagiria, se os EUA prosseguirem com seu plano.
Uma potencial guerra comercial entre as duas potências poderia afetar o crescimento econômico global e os lucros das empresas. Alguns analistas interpretam a escalada como parte das táticas de negociação de Trump e estão esperançosos com uma possível negociação entre os dois países e que já começam a ver uma redução na severidade dos movimentos, especialmente no mercado de câmbio.
Alguns analistas, no entanto, viram a escalada como parte das táticas de negociação de Trump e estão esperançosos sobre as negociações entre os dois países.
Os mercados também aguardavam o discurso de terça-feira do presidente chinês, Xi Jinping, no Boao Forum, onde ele pode fazer comentários sobre as reformas de mercado que poderiam aliviar as tensões entre os dois países.
EUROPA: As bolsas europeias avançam na segunda-feira, ajudadas pelo que parecia ser uma pausa na disputa comercial entre os EUA e a China, as duas maiores economias do mundo.
O Stoxx Europe 600 sobe 0,5%, a 376.71 pontos, com base no ganho da semana passada, que foi o segundo aumento semanal consecutivo. O benchmark pan-europeu está no caminho para o seu maior fechamento desde 16 de março, a duas semanas atrás, mas mantém uma baixa de 3,2% no ano.
Uma leitura sobre a confiança dos investidores da zona do euro em abril mostrou uma queda, com o índice Sentix caindo para 19,6, ante 24 em março. A previsão consensual era de uma leitura de 20. A queda deveu-se a menores expectativas econômicas, que se tornaram negativas pela primeira vez desde julho de 2016.
O FTSE 100 do Reino Unido opera em alta. O benchmark londrino fechou a semana passada com ganhos de 1,8%, mas permanece em baixa de 6,4% no ano. Uma leitura sobre os preços das residências britânicas do credor Halifax ficou acima das expectativas. Os preços dos imóveis residenciais subiram 2,7% nos primeiros três meses deste ano, superando a previsão de consenso de 2,1%, segundo dados da FactSet.
Ações da Evraz (LON:EVRE), uma empresa siderúrgica e de mineração com operações na Rússia, mas com sede em Londres, despenca 16,27%, liderando as perdas no FTSE 100. Essa queda ocorre após outra empresa de metais que é um peso pesado na Rússia, a produtora de alumínio United Co. Rusal mergulhar 50,43% no comércio de Hong Kong depois de ser incluída na lista de sanções dos EUA na sexta-feira. Entre as mineradoras listadas em Londres, Anglo American (LON:AAL) cai 2%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 1,5%, BHP Biliton recua 0,7%.
EUA: Os futuros de ações dos EUA sinalizam uma abertura positiva para as ações dos EUA nesta segunda-feira, com os investidores ignorando as preocupações sobre uma guerra comercial global, depois de um forte "selloff" na sexta-feira.
Preocupações com a guerra comercial provocaram fortes perdas para as ações na sexta-feira. O Dow Jones Industrial Average caiu 2,34% ou 572,46 pontos, para terminar em 23.932,76 na sexta-feira e fechou a semana com queda de 0,7%. O índice S&P 500 caiu 2,19% e o Nasdaq Composite Index recuou 2,28% e fechou respectivamente com perdas semanais de 1,4% e 2,1%.
No fim de semana, Trump indicou que estava esperançoso de que um acordo poderia ser alcançado entre as duas nações. “A China derrubará suas barreiras comerciais porque é a coisa certa a fazer. Os impostos se tornarão recíprocos e será costurado um acordo sobre a propriedade intelectual”, disse ele em um tweet. Os comentários otimistas do presidente e seu governo sobre a China ajudam a animar o sentimento, que tem sido prejudicado pelas recentes hostilidades comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Sem dados econômicos de primeira linha ou palestrantes do Federal Reserve esperados na segunda-feira, as questões geopolíticas podem permanecer em primeiro plano.
Além disso, os investidores estarão acompanhando a evolução da Síria, depois de notícias de que uma base aérea perto de Homs foi atingida por mísseis. Trump alertou via tweets no domingo que a Síria e aliados como a Rússia e o Irã pagariam um "grande preço" por um ataque de armas químicas contra civis que deixaram 49 mortos no final de semana.
Em outro desenvolvimento geopolítico, a Coreia do Norte disse aos EUA que o líder Kim Jong Un está pronto para falar sobre a desnuclearização na península coreana, abrindo caminho para as negociações entre Trump e o ditador norte-coreano.
Também digno de nota, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse na sexta-feira que são necessários aumentos graduais das taxas de juros, embora não tenha dito expressamente quantos aumentos de juros eram necessários.
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,81%
SP500: +0,73%
NASDAQ: +0,90%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.