Futuros dos EUA cautelosos com discurso de Powell no radar

Bem-vindo à sua leitura matinal de três minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas da Ásia caíram na quarta-feira, acompanhando as quedas em Wall Street.

As entregas de veículos da Tesla (NASDAQ:TSLA) no primeiro trimestre caíram 8,5% em relação ao ano anterior, fazendo com que as ações da fabricante de veículos elétricos dos EUA caíssem 5%, pressionando as ações de fabricantes de veículos elétricos na região.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,22%, em 16.725,10 pontos, depois de subir mais de 2% na sessão anterior. As ações da BYD (SZ:002594) caíram 2,5% depois que a fabricante chinesa de veículos elétricos disse que suas vendas no primeiro trimestre despencaram 43% em relação ao trimestre anterior. Outros fabricantes de veículos elétricos também caíram, com Nio e Li Auto (NASDAQ:LI) recuando 5,3% e 5,7%, respectivamente.

O CSI 300 da China, que agrupa as maiores empresas listadas em Shanghai e Shenzhen, caiu 0,36%, fechando em 3.567,80 pontos, mesmo com a atividade do setor de serviços do país expandindo no ritmo mais rápido desde dezembro. A atividade do setor de serviços da China expandiu no ritmo mais rápido desde dezembro, de acordo com a pesquisa da Caixin. O PMI de serviços na China subiu para 52,7 em março, face a 52,5 em fevereiro, marcando o 15º mês consecutivo de expansão do setor. A Caixin observou em seu relatório que isto se deve ao aumento de novos negócios no setor, com evidências revelando que "as melhorias nas condições de procura e nos esforços de desenvolvimento empresarial ajudaram a impulsionar a demanda por novos trabalhos", afirmou o relatório.

O Nikkei do Japão caiu 0,97% para fechar em 39.451,85 pontos.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 1,68%, terminando em 2.706,97 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 1,3% para 7.785,40 pontos, prolongando as quedas da sessão anterior. Nove dos 11 setores operavam no vermelho. As mineradoras de carvão Yancoal e Whitehaven sobem 1% e 0,4%, ajudando a impulsionar o setor de energia, que fechou estável após uma retração dos ganhos dos pesos pesados Santos e Woodside. A mineradora de ouro Westgold despencou mais de 14% no fechamento após revisar seu "guidance" de produção para o ano fiscal inteiro. As mineradoras BHP e Fortescue Metals (ASX:FMG) caíram 0,3% e 0,7%, enquanto Rio Tinto (LON:RIO) subiu 0,3%.

Taiwan foi atingida por um forte terremoto na manhã de quarta-feira. O índice ponderado de Taiwan caiu 0,63% para terminar em 20.337,60 pontos. Ações da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co caíram mais de 1% depois que evacuou algumas linhas de produção da empresa após um grande terremoto atingir a ilha.

EUROPA: Os mercados europeus operam mistos na quarta-feira, com o tom cauteloso no início do novo trimestre.

A inflação nos 20 países da zona euro diminuiu para 2,4% em março, de acordo com números preliminares publicados na quarta-feira. Economistas esperavam que a taxa mantivesse estável em relação ao mês anterior, em 2,6%. O núcleo da inflação, excluindo energia, alimentação, álcool e tabaco, desacelerou de 3,1% para 2,9%, também ficando abaixo das expectativas. A inflação de serviços, um importante dado do Banco Central Europeu, atingiu 4% pelo quinto mês consecutivo.

Os aumentos de preços na França e na Espanha foram menores do que o esperado na semana passada. Na terça-feira, a inflação global na maior economia do bloco, a Alemanha, foi estimada no mínimo de três anos, 2,2%.

Outro indicador do BCE divulgado na quarta-feira, a taxa de desemprego da área do euro, ficou em 6,5% em fevereiro, estável em relação a janeiro, mas abaixo dos 6,6% em fevereiro de 2023.

O alemão DAX 30 e o francês CAC 40 sobem 0,2% cada.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,3%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (JO:AGLJ) cai 0,6%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 0,3%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto cedem 0,2% e 0,9%, respectivamente. A petrolífera BP opera estável.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA pouco mudam na manhã de quarta-feira, depois que o Dow Jones Industrial Average caiu pelo segundo dia, em um difícil início do novo trimestre.

Wall Street registrou mais uma sessão de queda, após dados de inflação da semana passada, bem como alguns dados econômicos fortes, com investidores preocupados com o fato de que o Federal Reserve demorar mais tempo para cortar as taxas de juros. Os rendimentos do Tesouro dispararam, com a taxa da nota de 10 anos atingindo seu nível mais alto desde novembro. Os preços do petróleo também subiram para máximas de cinco meses.

Na sessão regular de terça-feira, o Dow de 30 ações caiu 1%, em 39.170,24 pontos. O S&P 500 perdeu 0,70%, fechando em 5.205,81 pontos, enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,95%, em 16.240,45 pontos.

Ainda assim, alguns observadores do mercado permanecem globalmente otimistas em relação aos mercados de ações, dizendo que as ações deverão passar por alguma consolidação após um forte início de ano. O S&P 500 está saindo do seu melhor primeiro trimestre desde 2019.

O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos continua subindo na quarta-feira, na sequência dos ganhos da sessão anterior, enquanto os investidores aguardam a divulgação de mais dados econômicos dos EUA. Os rendimentos e os preços movem-se em direções opostas.

Na quarta-feira, os investidores terão mais informações sobre o mercado de trabalho com o relatório sobre as vagas de empregos do setor privado da ADP, que será divulgado 9h15, antes do Payrolls de março, na sexta-feira. O PMI oficial de serviços sairá às 10h45 e o índice de serviços da ISM está definido para ser lançado às 11h00. Os estoques de petróleo dos EUA sairá divulgado às 11h30.

Os traders estão atualmente prevendo uma chance de cerca de 62% do primeiro corte nas taxas do Fed ocorrer em junho, de acordo com a ferramenta CME FedWatch. Isso representa uma queda em relação aos quase 70% da semana passada.

A presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, disse na terça-feira que ainda espera cortes nas taxas de juros este ano, mas descartou que eles sejam implementados na próxima reunião de política monetária em maio. Separadamente, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse que prevê cortes este ano, mas não até que haja provas mais convincentes de que a inflação foi controlada.

No mês passado, o banco central dos EUA correspondeu às expectativas e deixou a política monetária inalterada pela quinta vez consecutiva, mantendo a sua taxa de juro de referência no intervalo entre 5,25% e 5,5%. O Fed também sinalizou na época que ainda espera três cortes de 0,25% até o final do ano.

Vários palestrantes do Federal Reserve deverão falar. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, pronuciará às 13h10. Várias outras autoridades do banco central também estão na lista. Raphael Bostic, membro do FOMC, discursará às 9h30. A governadora do Fed, Michelle Bowman deverá falar às 10h45, enquanto às 14h10 será a vez de Michael Barr, vice-presidente de Supervisão do Conselho de Governadores do Fed. Adriana Kugler está programado para pronunciar às 17h30. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee também falará em outro evento.

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OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.