ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam em território negativo nesta segunda-feira. Investidores aguardam a reunião de dois dias do Federal Reserve que começa na quarta-feira, bem como as reuniões de política monetária do Banco da Inglaterra e do Banco do Japão, que também ocorrem nesta semana.
O Nikkei do Japão fechou em baixa de 0,52%, em 19.908,58 pontos. As encomendas de máquinas em abril do Japão, que tendem a ser voláteis, caíram 3,1% em relação ao mês anterior, mais do que a queda projetada de 1,3%.
O índice Kospi da Coreia do Sul caiu 1%, para terminar em 2.357,87 pontos, à medida que as vendas de ações de tecnologia se espalharam de Wall Street para a Ásia depois que os principais nomes do setor nos EUA caíram quase 3% na última sessão, após meses de ganhos acentuados. Algumas ações de tecnologia tem um acumulado de quase 70% no ano, impulsionados pelo otimismo no exterior.
Com a retração repentina, os mercados de ações de alta tecnologia lideraram o caminho na segunda-feira mais baixa.A Taiwan Semiconductor Manufacturing, que conta com a Apple entre seus principais clientes, recuou 2,12%. A Samsung Electronics caiu 1,56%. Outras empresas do setor com menos expressão também sentiram o calor. As empresas sul-coreanas de internet, Naver e Kakao, caíram 6,77% e 4,37%, respectivamente. No Japão, a Nintendo caiu 2,3%. As ações da Toshiba dispararam 9,41% após a notícia de que a Western Digital estaria aumentando sua oferta pela unidade de chips de memória da Toshiba por US$ 18 bilhões ou mais, informou a Reuters.
Os mercados da China também recuaram. O índice Hang Seng de Hong Kong perdeu 1,24%. O Shanghai Composite deslizou 0,57% e o Shenzhen Composite caiu 1,09%.
Os mercados na Austrália, Malásia e Filipinas ficaram fechados por conta de feriados.
O dólar mergulhou ligeiramente contra uma cesta de moedas depois de atingir a máxima de dez dias na semana passada. O índice de dólar foi negociado a 97,15. O par dólar / ienes recuou para 110,14 ienes, em comparação com 110,4 visto na última sessão. Segundo analistas, a próxima reunião do Federal Open Market Committee do Federal Reserve (FOMC), que começa na quarta-feira, deve ser favorável ao dólar.
Entre as notícias de energia, os preços do petróleo subiram ligeiramente após terminar a semana passada com queda em torno de 4%. Os investidores ficaram aliviados ao ver o Catar renovar sua promessa de cortes de produção liderados pelos países do Oriente Médio, mas ainda há preocupações em relação ao cumprimento de outros membros da OPEP, enquanto o aumento da produção da Nigéria e da Líbia aumenta os riscos de queda. O Catar também disse que está pronto para ouvir as alegações de outros países árabes depois que cortaram os laços diplomáticos e econômicos com o país.
EUROPA: As bolsas na Europa recuam com investidores tomando uma abordagem mais cautelosa com um parlamento suspenso no Reino Unido, enquanto aguardam a reunião do Federal Reserve. O Stoxx Europe 600 cai 0,91%, com apenas o setor de petróleo e gás mostrando um pouco de fôlego. Tech, bens de consumo e ações industriais recuam.
No Stoxx 600, os fornecedores da Apple foram atingidos com força. Em Frankfurt, a APC da Apple cai 2,77%, a fabricante de chips austríaca AMS despenca 8,55% e STMicroelectronics recua 3,63%.
O FTSE 250, mais focado no Reino Unido perde 0,6%. As ações listadas em Londres lutam enquanto os investidores observam a evolução do governo britânico depois que as eleições gerais da quinta-feira resultaram em um parlamento suspenso. O FTSE 100 do Reino Unido recua com a queda nas ações de tecnologia e com preocupações sobre o cenário político na Grã-Bretanha depois que o Partido Conservador da primeira ministra Theresa May perdeu sua maioria parlamentar.
Na sexta-feira, o FTSE 100 subiu 1% ajudado por uma queda da libra depois que May falhou em sua tentativa de expandir o poder na Câmara dos Comuns. Ela enfrenta críticas por sua decisão de realizar eleições gerais antes do início das negociações sobre a saída da Grã-Bretanha da União Europeia, que começa em 19 de junho. Depois dos resultados das eleições da quinta-feira, que levaram à demissão de dois dos seus assessores mais próximos, a primeira-ministra tem agora de procurar alcançar um acordo com os "unionistas" irlandeses para conseguir a maioria absoluta do parlamento.
Ainda em Londres, Micro Focus International recua 2,92% e as ações da Sage Group (LON:SGE) perdem 2,22%. Entre as mineradoras, Anglo American (LON:AAL) sobe 0,5%, mas Antofagasta (LON:ANTO), BHP Billiton e Rio Tinto (LON:RIO) caem 1,4, 1,1 e 0,2%, respectivamente. O produtor de petróleo Royal Dutch Shell sobe 0,78% com o avanço do petróleo.
Enquanto isso, na Itália, o Movimento Populista Cinco Estrelas sofreu um severo recuo nas eleições locais no domingo, enquanto na França, o partido do presidente Emmanuel Macron, conseguiu a grande maioria nas eleições parlamentares.
A primeira ministra Theresa May e o presidente francês Emmanuel Macron devem se encontrar na França na terça-feira.
EUA: Os futuros de ações dos EUA apontam para uma queda na abertura, com o setor de tecnologia na trilha para a segunda queda consecutiva. Facebook, Alphabet, Amazon, Netflix e Apple, todos subiram entre 27% e 34% este ano. As ações da Apple negociam com 2% de baixa no "pre-market" após "downgrade" de comprar para neutro pelos analistas da Mizuho Securities. É o segundo downgrade em uma semana da gigante dos gadgets.
Entre as notícias econômicas, os dados de maio sobre o orçamento federal dos EUA devem ocorrer às 15h00 (horário de Brasilia). À medida que a semana começa os investidores também se concentram sobre o Federal Reserve, que na quarta-feira deve aumentar a taxa de juros.
AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA: 15h00 - Federal Budget Balance (orçamento federal dos Estados Unidos).
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,12%
SP500: -0,20%
NASDAQ: -0,62%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.