Futuros dos EUA seguem cautelosos, de olho nos dados econômicos e decisão do BCE

Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados asiáticos fecharam em baixa na quinta-feira, à medida que a turbulência em torno do Credit Suisse (SIX:CSGN) aumentava os temores de contaminação bancária na região.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,67%, fechando em 19.214,00 pontos, liderando as perdas na região, enquanto o índice Hang Seng Tech perdeu 1,43%.

Na China continental, o composto de Xangai fechou em queda de 1,12%, a 3.226,89 pontos e o Shenzhen Component registrou uma perda de 1,54%, para terminar em 11.237,70 pontos, depois que dados do governo mostraram na quarta-feira que a economia chinesa está se recuperando de maneira mais lenta do que o esperado após o abrandamento dos controles contra o coroanvírus.

Os bancos da China não enfrentam as mesmas pressões que os credores estrangeiros porque Pequim manteve sua taxa de empréstimo de referência estável desde meados de 2022 e mantém o país isolado dos fluxos globais de capital. O estatal Industrial & Commercial Bank of China subiu 1,35% e o Bank of China avançou 2,95%.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 1,46% para fechar em 6.965,50 pontos, arrastado pelas mineradoras e pelo setor bancário. Os investidores também digeriram os números do desemprego, que chegaram a 3,5% em fevereiro. As mineradoras BHP, Rio Tinto (LON:RIO) e Fortescue Metals (ASX:FMG) caíram 4,6%, 3,8% e 3,4%, respectivamente. As petrolíferas Santos e Woodside Energy despencaram 4,3% e 5,5%.

No Japão, o Nikkei caiu 0,8% para terminar em 27.010,61 pontos. O deficit comercial do Japão aumentou para 897,7 bilhões de ienes (US$ 6,76 milhões) em fevereiro, um aumento de 26,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. As exportações em fevereiro tiveram alta de 6,5%, enquanto as importações cresceram 8,3%. Estes números foram menores do que as previsões dos economistas, que esperavam um crescimento das exportações e importações de 7,1% e 12,2%, respectivamente. As exportações do Japão para a Europa e os EUA cresceram 18,6% e 14,9%, respectivamente, em uma base anualizada, enquanto as exportações para a China caíram 10,9%.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 0,08%, para terminar em 2.377,91 pontos. A Coreia do Sul disse que o Japão concordou em suspender as restrições à exportação de três materiais semicondutores para Seul, informou o Ministério do Comércio, Indústria e Energia em um comunicado. Seul também disse que desistirá de sua disputa contra Tóquio na Organização Mundial do Comércio assim que a suspenção ocorrer, disse o ministério. Em 2019, o Japão removeu a Coreia do Sul de sua “lista branca” de parceiros comerciais favoritos, depois que as decisões judiciais na Coreia do Sul ordenaram que as empresas japonesas compensassem os trabalhadores forçados durante a guerra.

EUROPA: Os mercados europeus abriram em alta na quinta-feira, com os investidores regionais dando um suspiro depois que o Banco Nacional da Suíça disse que forneceria suporte de liquidez necessário ao banco Credit Suisse.

As ações do Credit Suisse subiram até 30% no início do pregão após anunciar um empréstimo de quase US$ 54 bilhões do Swiss National Bank. Por volta das das 6h00, horário de Brasilia, registrava um ganho de 23%. O anúncio ocorreu depois que as ações do banco caíram acentuadamente na quarta-feira, atingindo uma baixa histórica pelo segundo dia consecutivo, depois que seu principal investidor, o Saudi National Bank, disse que não forneceria financiamento adicional ao banco. O anúncio do SNB provocou uma onda de vendas aumentando temores de uma crise no setor financeiro global.

A mais recente decisão de política monetária do Banco Central Europeu está em foco para os mercados europeus na quinta-feira. Espera-se que o banco central anuncie  às 10h15, um aumento de 50 pontos-base na taxa de juros, conforme sinalizado anteriormente pela presidente do BCE, Christine Lagarde, já que a inflação permanece elevada.

O índice pan-europeu Stoxx 600 abriu em alta de 1%, com a maioria dos setores e as principais bolsas abrindo em alta, com ganhos liderados por uma recuperação das ações de serviços financeiros.

O alemão DAX 30 sobe 0,8%, o francês CAC 40 avança 1,2% e o FTSE MIB da Itália adiciona 0,9%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 1,5% e o português PSI 20 adiciona 0,7%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 1,2%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 2,9%, BHP cai 2,1% e Rio Tinto perde 0,7%. A petrolífera BP sobe 0,5%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam entre altas e baixas na quinta-feira, com os investidores avaliando os movimentos dos reguladores suíços para apoiar o Credit Suisse. Isso ocorre um dia depois que uma queda acentuada nas ações do banco provocar temores de que uma crise bancária pudesse espalhar para a Europa.

A notícia do Credit Suisse derrubou as ações de outros bancos europeus e repercutiu nos mercados americanos. O Dow a certa altura na quarta-feira caiu 725 pontos antes de terminar o dia com queda de 280,83 pontos, ou baixa de 0,87%, em 31.874,57 pontos. O S&P 500 caiu 0,70%, em 3.891,93 pontos e o Nasdaq Composite conseguiu fechar em alta de 0,05%, em 11.434.05 pontos.

Na quarta-feira, os investidores digeriram os últimos dados de inflação. O relatório do índice de preços ao produtor refletiu uma queda de 0,1% nos preços mensalmente. Economistas esperavam um aumento de 0,3%. No início da semana, dados mostraram que os preços ao consumidor subiram 0,4% em fevereiro, em linha com as expectativas.

O Federal Reserve deve se reunir na próxima semana e tomará sua última decisão sobre a taxa de juros. Os investidores esperavam um aumento de 50 pontos-base, mas agora estão antecipando um aumento de 25 pontos-base, pois esperam que o Fed possa priorizar a estabilidade à luz da turbulência do mercado.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA operam de forma mista na quinta-feira, com os investidores acompanhando de perto os desenvolvimentos no mercado de ações, especialmente no setor bancário, digerindo os últimos dados econômicos relacionados à inflação e de olho na decisão de taxa do BCE. Por volta das 6h30, o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subia mais de dois pontos-base para 3,5167%. A nota do Tesouro de 2 anos estava sendo negociado em torno de 4,0237%, depois de subir mais de cinco pontos-base. O título havia caído mais de 30 pontos-base na quarta-feira. Enquanto isso, o rendimento do Tesouro de 30 anos caia menos de um ponto-base, para 3,6855%. Os rendimentos e os preços movem-se em direções opostas. Um ponto-base é equivalente a 0,01%.

Os investidores ficarão atentos à agenda econômica de hoje que inclui os pedidos de reivindicações de desemprego e dados de habitação do US Census Bureau às 9h30.

CRIPTOMOEDAS: Após um rali de vários dias, as criptomoedas negociam predominantemente no vermelho nesta quarta-feira.

O Ethereum cai perto de 1% nas últimas 24 horas, perto de US $ 1.650, mas o Bitcoin, a maior criptomoeda, sobe 1,4% e mira os US $ 25.000.

Bitcoin: +1,70% em US $ 24.980,90
0Ethereum: -1,00 em US $ 1.661,72
Cardano: -2,89%
Solana: -4,80%
Terra Classic: -4,86%

ÍNDICES FUTUROS - 7h55:
Dow: -0,30%
SP500: -0,24%
NASDAQ: +0,04%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -2,80%
Brent: +0,83%
WTI: +0,74%
Soja: +0,44%
Ouro: -0,30%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.