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Libra esterlina afunda contra dólar após decisões de juros; mais quedas pela frente?

Publicado 21.09.2023, 14:06
  • Banco da Inglaterra (BoE) mantém juros básicos em 5,2% após decisão dividida.

  • Análise técnica da libra esterlina contra o dólar (GBP/USD) aponta para desvalorização da moeda britânica.

  • O Banco da Inglaterra decidiu manter as taxas de juros inalteradas em uma decisão que surpreendeu a muitos (não a nós), e a libra esterlina caiu mais uma vez, ficando abaixo de 1,2250 contra o dólar, em uma reação inicial. O comunicado do BoE foi um pouco “hawkish” (rígido), e houve divisão entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom).

    Isso significa que as próximas decisões de política monetária podem ser equilibradas, especialmente se a inflação não cair rapidamente. Portanto, não é muito irracional supor que o declínio da libra esterlina possa ser limitado no futuro. No entanto, isso não deve acontecer em relação ao dólar, pois a moeda americana provavelmente permanecerá sustentada pelo tom duro do Federal Reserve na última reunião.

    Com isso, o par GBP/USD pode se enfraquecer ainda mais, mesmo que os cruzamentos da libra com outras moedas mostrem força. Os operadores estarão atentos aos dados agora que ouvimos tanto do Fed quanto do BoE, bem como vários outros grandes bancos centrais esta semana.

    Por que o BoE não aumentou os juros?

    O BoE optou por agir com cautela e manter os juros inalterados. Claramente, o banco está preocupado com o desempenho econômico do país, que tem sido bastante fraco. Os dirigentes da instituição acreditam que a política monetária agora é restritiva o suficiente para conter a inflação, que ainda está três vezes acima da meta de 2%.

    No entanto, o BoE acredita que o índice de preços ao consumidor (IPC) poderia cair bastante no curto prazo, refletindo uma inflação anual de energia mais baixa e novas quedas na inflação de alimentos e bens essenciais. E, com a política monetária sendo “suficientemente restritiva por um período de tempo suficientemente longo”, o custo econômico de um aumento adicional superaria os benefícios em termos de redução da inflação.

    No entanto, com os preços globais do petróleo em alta e um crescimento recorde dos salários no Reino Unido, há muitas razões pelas quais as pressões de preços podem permanecer elevadas. Por esse motivo, o BoE deixou a porta aberta para novos aumentos das taxas, se necessário. De qualquer forma, manterá a política monetária restritiva por um longo período de tempo, até que esteja convencido de que a inflação retornou à meta de 2% de forma “sustentável” a médio prazo.

    BoE mantém juros em decisão dividida

    Se você não teve a oportunidade de acompanhar, o BoE decidiu manter as taxas inalteradas em 5,25% em uma votação de 4-5, em comparação com a expectativa de 8-1. O presidente da instituição, Andrew Bailey, e os membros do Copom, Broadbent, Dhingra, Pill e Ramsden, votaram todos pela manutenção da política. Já Cunliffe, Greene, Haskel e Mann queriam outro aumento de 25 pontos-base. A única coisa em que o comitê foi unânime foi votar a favor da redução do estoque de compras de títulos do governo do Reino Unido em £100 bilhões nos próximos doze meses, para um total de £658 bilhões.

    Essa foi uma das decisões mais difíceis para os dirigentes do BoE. Há apenas uma semana, o mercado estava quase totalmente convencido de que o banco central aumentaria as taxas em 25 pontos-base, atribuindo uma probabilidade de 90% a esse resultado.

    Mas essas probabilidades foram reduzidas após a divulgação de dados de inflação mais fracos do que o esperado na quarta-feira. A possibilidade de um aumento nas taxas caiu para 50/50, arrastando junto a libra esterlina. Além das pressões inflacionárias em queda, tivemos mais evidências de uma economia desacelerada, com os dados mensais do PIB caindo 0,5% e os dados do PMI estando em território de contração, abaixo de 50,0.

    A mudança nas expectativas sobre a decisão de juros do BoE significava que, independentemente do que o banco central decidisse, um grupo de participantes do mercado estaria errado, e, portanto, a libra esterlina reagiria de forma mais forte do que se a decisão fosse mais previsível.

    E, de fato, a moeda britânica se moveu rapidamente, caindo cerca de 65 pips na reação imediata à decisão de taxa, antes de se recuperar um pouco de suas mínimas.

    O que esperar da libra esterlina contra o dólar?

    A atenção se voltará para o calendário econômico, agora que as decisões de juros do Fed e do BoE estão fora de foco.

    Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA já foram divulgados e o Índice da Filadélfia, as vendas de imóveis residenciais existentes também serão divulgados hoje.

    A decisão de política do Banco do Japão (BOJ) e os PMIs globais serão divulgados na sexta-feira.

    Se os dados futuros continuarem respaldando a visão de que a economia dos EUA está se saindo melhor do que a do Reino Unido, isso deve manter a pressão sobre o GBP/USD por um tempo ainda. Isso ocorre porque o Fed reduziu significativamente as expectativas de seu ciclo de flexibilização em 2024, agora implicando que 50 pontos-base de cortes nas taxas são prováveis em vez dos 100 projetados em junho. Além disso, o Fed indicou que pode haver mais um aumento nas taxas antes do final de 2023. Portanto, na prática, o Fed está sinalizando que as taxas de juros serão reduzidas em 25 pontos-base líquidos até o final de 2024, o que é bastante “hawkish”.

    Agora, se isso se concretizar ou não, ainda está por ver, uma vez que o Fed e outros bancos centrais têm o hábito de subestimar ou superestimar significativamente as coisas. O mercado tomará sua própria decisão, que dependerá, é claro, dos dados vindouros.

    Para que o dólar perca sua tendência de alta, agora precisaremos ver dados de atividade nos EUA significativamente mais fracos no futuro. Até que isso aconteça, o dólar deve permanecer em uma tendência de alta.

    Análise Técnica do GBP/USD

    O GBP/USD agora caiu abaixo de nosso principal alvo de 1,2308, a mínima de maio, onde provavelmente estavam as ordens de stop de muitos especuladores comprados presos. Com essa liquidez agora acessada, a próxima pergunta é: haverá aceitação abaixo desse nível de cerca de 1,23? Até agora, a resposta parece ser um sim retumbante. Vamos ver se isso muda mais tarde, com a participação dos investidores dos EUA.

    Se houver aceitação abaixo de 1,23, então deveríamos ver uma nova pressão de venda técnica nos próximos dias, à medida que mais especuladores comprados saiam de suas posições. Nesse caso, acredito que o GBP/USD poderia voltar para a faixa de 1,20-1,21 em seguida, onde vários fatores técnicos convergem: o nível de retração de Fibonacci de 38,2% com o preço de abertura de 2023 e a importância psicológica da marca de 1,20.

    No entanto, se não houver aceitação abaixo de 1,23, e virmos uma rápida recuperação acima desse nível, isso aumentaria a possibilidade de termos visto pelo menos um fundo de curto prazo. Nesse cenário, um movimento em direção à média móvel de 200 dias em torno de 1,2330 poderia ser o resultado.

    Portanto, do ponto de vista tático – e dado que o GBP/USD já atingiu meu principal alvo de queda –, hoje vou observar a ação do preço para ver onde ela termina. Isso deve nos dar uma boa ideia do que esperar a seguir. Continuaria a favorecer e esperar um fechamento baixista.

    GBP/USD - gráfico diário
    Fonte: TradingView

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