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Mais uma Semana Turbulenta

Publicado 29.10.2021, 09:07
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A semana que vem promete, com as discussões sobre a PEC dos precatórios se acirrando, o ICMS dos combustíveis, parado no Senado, e o impasse sobre a extensão do auxílio emergencial. Decorrente disso, e pelos embates políticos de sempre, os mercados devem continuar “estressados”, com toda atenção para o binômio juro-câmbio e a bolsa de valores, já tendo perdidos os 110 mil pontos, “lateralizada”, ameaçando perder na semana os 100 mil.

Na quinta-feira, “pesou” nos mercados o adiamento da PEC dos precatórios para a próxima quarta-feira e boatos de que o governo poderia reeditar o “estado de calamidade” e usar créditos extraordinários para financiar o auxílio emergencial. Neste cenário, os juros intermediários e longos dispararam, “reinclinando” a curva a termo. Alguns vencimentos dos DI fecharam em alta superior a 80 pontos e a curva curta indicou um aperto monetário de 2 pontos na próxima reunião do Copom. Isso aconteceu mesmo com o governo central apresentando desempenho melhor, por outro lado, o IGP-M em repique perigoso.

Em resposta, o dólar foi a R$ 5,6253, valorizando 1,26% no dia, pela forte demanda e aversão ao risco, os juros futuros inclinaram e o Ibovespa cedeu 0,62%, a 105.704 pontos, mesmo com os vários balanços positivos das empresas. Em NY o mercado seguiu batendo recordes, diante da divulgação de balanços corporativos.  

  • Preocupação com a inflação. Os últimos eventos nos jogam na vala comum de que a inflação não deve ceder tão cedo. Os gráficos a seguir confirmam isso, com o IPCA caminhando célere para próximo de dois dígitos neste ano, ingressando em 2022 já pressionado. Isso pode forçar o Bacen a ser ainda mais agressivo, com ajustes acima de 1,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Copom.
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IPCA

IPCA

  • ICMS dos combustíveis. Rodrigo Pacheco do Senado, já considerado um independente no “jogo político”, terá uma reunião com a diretoria da Petrobras (SA:PETR4), para discutir este tema. Seu objetivo é encontra a “raiz do problema”. Uma solução aventada é a criação de um “fundo de equalização” para mitigar estes aumentos do combustível.

O que é fato. Bolsonaro voltou a reclamar sobre o preço do combustível ser influenciado pelo dólar e as oscilações do mercado internacional de petróleo. Sim, cada vez mais isso é uma realidade, ainda mais quando se sabe sobre a insuficiente na oferta de combustível refinado no mercado interno, dada a insuficiente de refinarias. Exportamos petróleo bruto, importamos petróleo refinado, daí a dependência ao mercado externo. No ciclo petista, isso até foi debatido, com a construção de novas refinarias, como Abreu e Lima, no Pernambuco e Comperj no RJ, mas à “toque de caixa” e às custas de muita corrupção e sobre-preço. Hoje, estas refinarias operam sub utilizadas, não justificando o “preço pago” lá trás.

Mesmo assim, a Petrobras é uma potência na geração de lucro. No terceiro trimestre, seu lucro chegou a R$ 31,14 bilhões, revertendo prejuízo do mesmo tri de 2020. O Ebtida da empresa acumulou R$ 60,74 bi, +81,7%, as receitas chegaram a R$ 121,59 bi, +71,9% e o endividamento, R$ 48,13 bi, em queda de 27,3%, com a “meta de endividamento atingida bem antes do que o esperado”. Ou seja, é uma máquina de gerar resultados, o que justificaria o tal “fundo de equalização”.

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  • PEC dos precatórios. Próximo encontro está marcado para quarta-feira que vem, depois do feriado. Negociações seguem intensas, mas preocupa a reação dos blocos de oposição, independentes ou contrários a medida. Com esta PEC travada na Câmara, Bolsonaro deve pagar o Auxílio Brasil, programa social que substitui o Bolsa Família, em 17/11, sem a parcela extra que geraria os R$ 400. O ticket médio deve ser de R$ 220 - já considerando os 17,8% de reajuste pela inflação do valor médio de R$ 189 do Bolsa Família.

O que é fato. O problema concreto aqui, até por culpa do presidente, sempre açodando os ânimos e a gerar um clima de confrontação e disputa, é de que haverá um “preço pesado” a ser pago ao Centrão, para aprovar esta PEC no Congresso. A impressão é que a “fatura” está sendo cobrada pelos partidos da base, ávidos por emendas e outros “penduricalhos”. A possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial, para abril do ano que vem, volta a pesar nos mercados, ainda mais com as críticas do TCU. O que é fato é que este mecanismo de transferência de renda, beneficiando 17 milhões de brasileiros miseráveis, é considerado importante capital eleitoral para 2022. Será ele a proporcionar alguma competitividade ao presidente em 2022.

 

Indicadores

O IGP-M de outubro registrou 0,64% em outubro, depois de queda na mesma magnitude no mês anterior. A queda menos intensa registrada no preço do minério de ferro (-21,74% para -8,47%) e o aumento do preço do Diesel (0,00% para 6,61%), que neste caso, não considerou o reajuste do dia 25/10, contribuíram para esta aceleração do IGP-M.

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O IPA subiu 0,53%, depois da queda de 1,21% em setembro. Bens Intermediários aceleraram de 1,66% para 2,65% em outubro, enquanto Bens Finais subiu 1,08%, depois de 1,62% no mês anterior. O IPC subiu 1,05% em outubro, de alta de 1,19% em setembro. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com a principal contribuição partindo do grupo Habitação (de 2,00% para 1,04%). Ainda nas despesas, destaque para o comportamento da tarifa de eletricidade residencial, que passou de 5,75% em setembro para 2,90% em outubro. Por fim, o INCC registrou elevação de 0,80% em outubro, ante 0,56% em setembro.

No ano, o IGP-M acumula alta de 16,74% e em 12 meses 21,73%. Enquanto este vetores de alta continuarem pressionados fica complicado pensar numa desaceleração consistente no índice da FGV.

No governo central, as contas fiscais registraram superávit primário de R$ 303 milhões em setembro, melhor valor para o mês desde 2012, última vez em que o resultado ficou no azul.

 

Nos EUA

Crescimento do PIB no terceiro trimestre, pela primeira leitura, cresceu a ritmo anualizado 2,0%, contra previsão de 2,5%. Isso significa que a economia americana vem crescendo mais lentamente, perdendo dinamismo. Esta perda de dinamismo se explica pelos novos surtos das novas cepas da pandemia e também pelos problemas de fornecimento dos insumos na indústria.

O PCE registrou 5,3% no terceiro trimestre, pela taxa anualizada. Já o núcleo do PCE foi a 4,5% pela mesma base de comparação.

Os pedidos de auxílio-desemprego recuaram 9 mil na semana, a 281 mil, contra previsão de 290 mil.

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Mercados

No Brasil, o Ibovespa voltou a se descolar do otimismo externo e fechou em queda pelo terceiro pregão seguido com a volta das preocupações fiscais depois de notícias sobre estudos no governo para prorrogar o Auxílio Emergencial. Nesta sexta-feira (dia 29), o índice caminha para fechar no quarto mês seguido de perdas, especialmente depois do presidente Bolsonaro conjecturar sobre mudar a “política de preços da Petrobras”; o câmbio e o juro voltaram a “estressar”, com a projeção do DI para 2022 atingindo 12,40%. Em Nova York, os índices de ações subiram e o Nasdaq e o S&P500 bateram recordes.

Repetimos o desempenho medíocre e “lateral” do ciclo Dilmista, quando os embates políticos e o clima açodado obstruíam qualquer possibilidade de avanço do país. Vivemos nesta armadilha da renda média, mas também na da “polarização boçal entre dois expoentes populistas”. 

 

Ibovespa

 

Ibovespa apresentou queda de 0,62%, a 105.704 pontos, e dólar acentuou alta, mesma direção da inclinação da curva de juros, após o Bacen confirmar aceleração no ritmo de elevação da taxa Selic. No fim da sessão, a moeda norte-americana subiu 1,26%, a R$ 5,6253.

Na madrugada do dia 29/10, na Europa (04h05), os mercados futuros operavam em queda: DAX (Alemanha) recuando 0,83%, a 15.565 pontos; FTSE 100 (Reino Unido), -0,81%, a 7.190 pontos; CAC 40 -0,54%, a 6.767 pontos, e Euro Stoxx 50 -0,79%, a 4.200 pontos.

Na madrugada do dia 29/10, na Ásia (05h05), os mercados operaram mistos: S&P/ASX (Austrália), -1,44%, a 7.323 pontos; Nikkei (Japão) +0,25%, a 28.892 pontos; KOSPI (Coréia), -1,29%, a 3.547 pontos; Shanghai +0,82%, a 3.547, e Hang Seng, -0,61%, a 25.400 pontos.

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No futuro nos EUA, as bolsas de NY, no mercado futuro, operavam em queda neste dia 29/avançando 2,30%. No mercado de Treasuries, US 2Y avançando 1,96%, a 0,5108, US 10Y +2,40%, a 1,607 e US 30Y, +2,38%, a 2,010. No DXY, o dólar +0,12%, a 93,438, e risco país, CDS 5 ANOS, a 227 pontos. Petróleo WTI, a US$ 83,03 (+0,27%) e Petróleo Brent US$ 83,96 (+0,36%). Gás Natural em AVANÇO de 0,14%, a US$ 5,79 e Minério de Ferro, -5,56%, a US$ 637,50.

Nos EUA, atenção para o VIX, em alta de 2,3%. Outro a chamar atenção é o minério de ferro a recuar 5,5%. Ontem, a curva de juros dos Treasuries se inverteu nos vencimentos entre 20 e 30 anos. Isso pode ser visto pelo gráfico abaixo, com o spread próximo de se tornar negativo. Ou seja, os rendimentos dos títulos de 20 anos estão ficando acima dos de 30, sinalizando que o aperto do Fed deve ser “mais suave” do que o imaginado, o crescimento econômico mais lento e a inflação moderada. O fato é que as curvas de rendimento dos títulos, em todo o mundo, “têm se achatado” à medida que os bancos centrais caminham rumo ao aperto monetário e o fim das políticas de compra de ativos (Quantitative Easing), em prática desde o início da pandemia. Isso nos parece uma tendência irreversível. O foco agora será o combate à inflação.

 

Curva de rendimentos de títulos

 

Na agenda desta sexta (29), nos EUA, destaque para o Deflator do PCE de setembro, índice usado pelo Fed em suas metas de inflação, além de dados de Gasto e Renda Pessoal e a Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan de outubro. Na Zona do Euro, o CPI de outubro e o PIB do terceiro trimestre. No Brasil, o resultado do setor público consolidado de setembro, devendo manter a mesma trajetória de recuperação do governo central. Sai também o Índice de Confiança Empresarial (ICE) e o Índice de Incerteza da economia em outubro, ambos devendo mostrar sinais trocados, o primeiro em queda, o segundo em alta.

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Últimos comentários

O que não está parado no Senado? Só essa CPI circense avançou nas narrativas sem provas.  Até o marco regulatório das ferrovias, um avanço de bilhões p o Brasil já aprovado, O rodrigo Pacheco não envia p a Câmara.  É uma vergonha q a imprensa não cobra!
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