Medidas do BoJ Sustentam os Índices Futuros dos EUA.

A maioria dos mercados de ações na Ásia fecharam em queda nesta quinta-feira, com os investidores seguindo o desempenho de Wall Street, que recuaram após dados econômicos dos EUA, pior do que o esperado, enquanto as tensões na península coreana mantiveram pressão sobre ações em Seul, com o aumento das tensões que cercam a Coréia do Norte. Kospi da Coreia do Sul caiu 1,2%, estendendo as perdas pela quarta sessão consecutiva.

O índice de referência chegou a cair mais de 2,0%, após tv estatal de Pyongyang exigir a retirada de todos os trabalhadores sul-coreanos de uma zona industrial no norte. Samsung Electronics perdeu 1,0% e KB Financial recuou 1,1%. Hyundai Motor caiu 5,1%, enquanto a Kia Motors perdeu 3,3%, após as duas montadoras anunciarem que estavam realizando recall em cerca de 1,9 milhões de veículos nos EUA para corrigir as luzes de freio e air bags.

Em Sydney, o S&P/ASX 200 caiu 0,9%. Setor de recursos jogou pesado no mercado australiano em meio a fraqueza dos preços das commodities, incluindo declínio do preço do cobre. BHP Billiton caiu 1,5%, Newcrest Mining caiu 5,2% e Rio Tinto perdeu 1,4%.

No resto da região, Straits Times de Cingapura caiu 0,3% e Sensex da Índia perdeu1,5%. Mercados na China, Hong Kong e Taiwan permanecem fechados por conta de feriado. Os investidores também se concentram na reunião do Banco Central Europeu, esperando a decisão nesta quinta-feira, bem como dados de sexta-feira dos empregos dos EUA.

No sentido oposto, o Nikkei do Japão disparou após o Banco do Japão anunciar medidas de flexibilização adicionais, sob comando do novo Presidente Haruhiko Kuroda. O BOJ decidiu lançar uma campanha de flexibilização agressiva, oferecendo ao mercado de Tóquio, incentivos para fechar em alta pela segunda sessão consecutiva.

O banco central se comprometeu a atingir uma meta de inflação de 2% em cerca de dois anos, anunciando medidas de flexibilização tais como o aumento de participações na compra de títulos do governo japonês (JGB) a um ritmo anual de 50 trilhões de ienes (530,000 milhões dólares), com objetivo de dobrar as participações em dois anos.

O banco vai encerrar seu programa de compra de ativos atual, para absorver o novo programa de flexibilização chamado de "Flexibilização Quantitativa e Qualitativa Monetária". O Nikkei Stock Average terminou 2,2% maior, com destaque para o setor financeiro e imobiliário, maiores beneficiados pelo impacto da nova política. Entre os bancos, o Mitsubishi UFJ Financial Group adicionou 5,5%, enquanto o Mizuho Financial Group ganhou 5,1%. Daiwa Securities avançou 4,1%.

Grandes exportadores recuperaram em Tóquio. Nintendo subiu 1,1% e Toyota Motor avançou 2,8%. Mitsubishi Heavy Industries disparou 4,6%, após anunciarem com a Areva da França, a conquista de um contrato para a construção de uma usina nuclear na Turquia .

EUROPA: Os mercados de ações na Europa abriram em queda e lutam para recuperar as perdas, com os investidores aguardando as decisões monetárias do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra ainda hoje. Economistas não esperam nenhuma mudança na política do BCE.

A conferência de Mario Draghi à imprensa é amplamente aguardada, onde espera-se por um pronunciamento rígido frente à crise cipriota. Entre destaques, as ações da Alcatel-Lucent disparam 9,1% em Paris, após Deutsche Bank elevar a empresa de equipamentos de telecomunicações, de "esperar" para "comprar", sustentando a alta do CAC 40 da França.

Na Alemanha, o índice DAX 30 sobe, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido recua. Ações da petrolífera BP recuam 0.6%, enquanto Royal Dutch Shell cai 0.13%. Shell disse que tem planos para vender sua refinaria na Austrália. A mineradora Rio Tinto ganha 1.2%, após anunciar que pretende vender sua posição majoritária nas minas de ouro e cobre na Austrália.

O setor de serviços da zona do euro contraiu em março, num ritmo mais rápido desde o ano passado. O índice PMI para o setor caiu para 46,4, ante 47,9 em fevereiro, ligeiramente abaixo da leitura preliminar de 46,5. O PMI composto, que combina serviços e dados de produção, ficou em 46,5, mas abaixo de 47,9 em fevereiro.

AGENDA DE HOJE:

EUA:
10h30 - Initial Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
12h30 - Discurso do Presidente do FED Ben Bernanke.

AGENDA DA PRÓXIMA SESSÃO

EUROPA: Retail Sales de Fevereiro (vendas totais do mercado varejista no mês, não levando em conta o setor de serviços).
ALEMANHA: Factory Orders de Fevereiro (volume de pedidos feitos à indústria como todo, incluindo bens não duráveis).
REINO UNIDO: Não está prevista a divulgação de indicadores econômicos.
EUA: 9h30 - Relatório de Emprego de março, composto por:Unemployment Rate (taxa de desemprego), Nonfarm Payrolls (pesquisa realizada em cerca de 375 mil empresas, que mostra o número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária), Average Workweek (média de horas trabalhadas por semana) e Hourly Earnings (média de remunerações por hora trabalhada); 09h30 - Trade Balance de Fevereiro (saldo mensal da balança comercial dos Estados Unidos); 16h00 - Consumer Credit de Fevereiro (volume total de crédito ao consumidor americano).

ÍNDICES MUNDIAIS (7h30):

ÁSIA
Austrália: -0,89%
Nikkei: +2,20%
Hang Seng: ---%
Xangai Composite: ---%

EUROPA
London - FTSE: -0,02%
Paris Cac 40: +0,87%
Frankfurt - Dax: +0,43%
Madrid IBEX: +1,42%
Milão MIB 40: +1,43%

COMMODITIES
BRENT: +0,08%
WTI: -0,07%
OURO: -0,16%
COBRE: -0,14%
NÍQUEL: +0,50%
SOJA FUTURO: -0,20%
ALGODÃO FUTURO: -0,25%

INDICES FUTUROS
Dow: +0,37%
SP500: +0,43%
NASDAQ: +0,43%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.