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Mexendo o Caldo

Publicado 11.03.2013, 21:38

Nenhum mercado aguenta o marasmo por muito tempo. E dessa forma, para confirmar a regra, o mercado de açúcar em NY fechou vigorosamente a semana com alta de 84 pontos no vencimento maio/2013, equivalente a 18,50 dólares por tonelada, encerrando o pregão cotado a 18,75 centavos de dólar por libra-peso. Os demais vencimentos ao longo da curva de preços que se estende até outubro de 2015 mostraram sinal positivo entre 16 e 59 pontos.

O spread outubro/março mostra uma diferença de 10,7% ao ano bem acima do custo de carrego da imensa maioria dos participantes industriais. Muito embora seja sabido que as incertezas pairam sobre o que pode ocorrer nos fundamentos até lá, a verdade é que o mercado está pagando muito alto para carregar um açúcar por 5 meses, incentivando o carregamento/compra da commodity e a rolagem do hedge via compra do spread outubro/março. Traduzindo, parece ser uma boa aposta a compra pura do spread dada a alta taxa embutida. Salvo percalços nos fundamentos, a tendência é que o spread estreite ficando mais próximo do custo médio de carregamento do mercado (8% ao ano talvez?).

As exportações brasileiras de açúcar em janeiro de 2013 tiverem o melhor desempenho de todos os tempos num mês de janeiro, com um volume de 2,296,724 toneladas quebrando o recorde anterior, de janeiro de 2009, que era de 1,979,573 toneladas. As exportações acumuladas de doze meses (fevereiro/2012 até janeiro/2013) alcançaram 25,4 milhões de toneladas, um pequeno acréscimo de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor das exportações de açúcar atingiu 13,4 bilhões de dólares. No etanol, as exportações acumuladas de doze meses atingiram 3,36 bilhões de litros, crescimento de 71,4% em relação ao mesmo período anterior, e arrecadaram 2,3 bilhões de dólares (preço médio de quase 700 dólares por metro cúbico). Esse é o maior volume acumulado de exportação de etanol desde novembro de 2009.

Apesar dos fundamentos baixistas, a melhora no cenário macro mundial acaba colidindo com a grande posição vendida dos fundos e a cobertura dessas posições pesa na trajetória do mercado, como vimos ao longo dessa semana que se encerrou na sexta-feira. De um lado a Organização Internacional do Açúcar divulga um superávit mundial de 8,5 milhões de toneladas, de outro, a China reduz sua expectativa de produção em 500 mil toneladas de uma previsão anterior de 14 milhões de toneladas. Juntam-se a ele, Rússia e Ucrânia. A China também dá indicações de que pode estocar açúcar e grãos.

Enquanto isso, o número de safra estimado para o Centro Sul para 2013/2014 vive sob um céu de brigadeiro. A menor previsão está em 570 milhões de toneladas e a maior em 590 milhões de toneladas, ou seja, um crescimento em cana de 8.7% em média. A previsão da Archer Consulting é de 585 milhões de toneladas para uma produção de 35,6 milhões de toneladas de açúcar e 25,2 bilhões de litros de etanol.

As perguntas sem resposta no momento são: o que pode acontecer com o preço internacional do açúcar no mercado de NY se a moagem atrasar por questões climáticas e como podem potencializar uma alta, eventuais greves no porto e congestionamento devido ao escoamento da safra de grãos nos portos de Santos e Paranaguá? E a tão esperada mudança na estrutura de impostos do etanol? Pode ficar feia a coisa.

Condenado que está a ficar nesse estreito intervalo de preços entre 18 e 20 centavos de dólar por libra-peso por um longo tempo, em função dos fundamentos, o mercado pode sofrer espasmos corretivos que quebrem a linha de cima. Como ocorre sempre nas commodities, os preços exageram na alta e na baixa. E convém lembrar que a posição em aberto das calls (opções de compra) entre os preços de exercício de 18 e 20 centavos de dólar por libra-peso é de 37.500 lotes, algo como 1,875 milhão de toneladas.

Para quem gosta desses indicadores, o preço médio de fechamento dos últimos 50 dias é de 18,54; de 100 dias é 18,97 e de 200 dias 19,88. A máxima de sexta-feira foi de 19,05.

O custo de produção de açúcar pelo nosso modelo mostra R$ 34,8406 por saca de 50kg posto usina, o que equivale aproximadamente a 18,04 centavos de dólar por libra-peso FOB Santos.

A sexta estimativa da Archer Consulting de fixação das usinas para a safra 2013/2014, cujo modelo foi rodado no dia 6 de março, aponta um volume de fixação entre 11,9 e 13,9 milhões de toneladas ao preço médio de 19,34 centavos de dólar por libra-peso.

O XIX Curso Intensivo de Futuros, Opções e Derivativos da Archer Consulting, ocorrerá dias 19, 20 e 21 de março, em São Paulo. Faltam poucas vagas. Coloque na sua agenda: no segundo semestre teremos o XX Curso nos dias 24, 25 e 26 de setembro.

Boa semana para todos.

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