Duas decisões de juros de suma importância, uma mais fácil e outra mais complexa.
No Brasil, o sinal de franco afrouxamento monetário por parte do COPOM foi reemitido com “ajuste adicional”, respondendo aos anseios do mercado de juros futuros e de parte dos analistas e economistas.
O ponto na verdade que causou maior estranheza no comunicado foi nas projeções que embasaram a decisão de cortar e dar continuidade ao corte de juros.
A perspectiva para o câmbio no final do ano parece ignorar o choque da depreciação cambial ocorrida em agosto, com a redução do apetite pelo prêmio de risco por emergentes.
A redução do prêmio vem exatamente em partes pelo ciclo de afrouxamento monetário, abrindo espaço para a deterioração em médio prazo de indicadores de setor externo e inflação, caso persista a depreciação cambial causada pelo menor apetite pelo Brasil.
A resposta novamente deve ser desvalorização do Real frente ao dólar.