É muito difícil saber todas as implicações da política monetária expansionista do Banco do Japão, que visa dobrar a base monetária de 135 bilhões a 270 bilhões de ienes até Março de 2015. No entanto, sabe-se que há um longo caminho para alcançar esse objetivo, devido à atual economia do país, e que, apesar das decisões tomadas, a produção industrial de Fevereiro no Japão caiu 11%, o pior número desde abril de 2011.
A partir de hoje, saberemos qual é a real situação no mercado manufatureiro de Nova York, esse dado provavelmente mostrará que a atividade econômica caiu em relação ao mês passado.
Com os últimos dados macroeconômicos dos Estados Unidos podemos ver uma desaceleração nesse início de segundo trimestre. Portanto, os dados econômicos de hoje, juntamente com o da próxima quinta-feira veremos como está o setor manufatureiro da Filadélfia como também teremos uma estimativa de quando será o ISM de todo o país.
Já na Europa, no pregão de hoje não há nenhum anúncio de dados macroeconômicos, exceto a da balança comercial da zona do euro, às 11:00 horas, e, portanto, não esperamos grandes movimentos.
A rentabilidade dos títulos espanhóis a 10 anos pode ser um trunfo para saber um pouco mais sobre a direção de ações essa semana, quanto mais próximo dos 4,60% estiver, maior será o sentimento positivo no mercado, resta-nos aguardar.
E para finalizar, vale à pena comentar que o Bund, o ativo de refúgio da Europa, está em seus máximos, deixando uma clara correlação. Por um lado, há a incerteza nos mercados a olhar para o Bund, mas por outro lado, os rendimentos dos títulos periféricos continuam caindo. Isto é, algum ativo tem de se mover.
Artigo escrito por Lince Trading News com colaboração de Penélope Figueiredo.