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O Grito!!!

Publicado 13.04.2020, 10:24
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O Grito


“Era noite, quando eu caminhava por uma rua, a cidade de um lado e o fiorde embaixo, sentia-me muito cansado e doente… Com o pôr-do-sol, as nuvens se tornaram vermelho sangue. Senti um grito passar pela natureza; pareceu-me ter ouvido o grito. Pintei esse quadro, pintei as nuvens como sangue real. A cor uivava.”

Edvard Munch


A obra acima – O Grito – de Edvard Munch, é sem dúvida uma das mais famosas e icônicas da história da arte. Ela pertence a uma série que Munch produziu e que nomeou de “O friso da vida.”

Não. Eu não sou nenhum especialista em obras de arte, tampouco escrevo para transparecer como tal. Ainda que, devo confessar, gosto de alguns artistas e – por alguma razão - o quadro de Munch está reservado na minha memória.

A tia Vera professora de artes, sempre repetia uma frase de Pablo Picasso: “A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade.”

Talvez eu possa concordar.

O Grito coloca na tela os dramas mais obscuros da sociedade e do pintor. Munch subverte a atmosfera e a figura protagonista da obra com linhas sinuosas e tons vivos e sombrios, até reproduzir o reflexo de um espelho deformante, contorcido sob o efeito de sua dor.

Edvard não pintava o que via, exprimia o que atormentava sua alma. O quadro é uma imagem do medo irracional que sentimos durante um pesadelo, distorcendo a realidade em um processo de catarse – revelando, sobretudo - o desespero.

Desespero, seja pela turbulência colossal dos mercados ou pelo confinamento domiciliar, foi um estado emocional presente nestas últimas semanas. Tentamos equilibrar Dionísio e Apolo, desafiando a conveniência de controle com a contrapartida do surgimento das neuroses. A volatilidade assustadoramente alta e nada menos que seis circuits breakers, fizeram da tela de Munch o reflexo do semblante de muitos investidores.

E o que vai acontecer daqui pra frente?

Olha. Eu sinceramente não sei. E com todo respeito - sem provocações - quem diz que sabe, mente ou chuta. E o pior investidor em um contexto assim é aquele que acha que sabe.
Mas o mundo pertence aos fazedores. O que fazer em um cenário assim? Essa talvez – e apenas talvez – seja a pergunta correta.
Eu respeito aqueles que fizeram ou estão fazendo. Não os platônicos, os “doutores” que têm opiniões sobre tudo, e que ficam em cima do muro sem colocar a pele em jogo.

“Não me diga o que fazer com meu portfólio de investimentos. Me fale o que você está fazendo com o seu.” É uma das máximas de Nassim Taleb em seu livro, “Skin in the Game.”

Segundo o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central, a mediana das projeções para o crescimento do PIB deste ano passou de -0,48% para -1,18%.
A China está retomando muito lentamente de sua paralisação e há alguns relatos de interrupções em cadeias de fornecimento. Tudo isso tem levado a uma piora nas projeções para o crescimento global.

Colocando um par de lentes sobre a realidade para deixa-la com mais foco, temos um cenário incerto à frente, o que não significa ausência de oportunidades, e sim que devemos aumentar a qualidade e a defesa do portfólio, além da diversificação.

Não é hora de inventar muita moda. Neste momento, prefiro empresas de alta qualidade, com previsibilidade de resultados, pagadoras de dividendos com alto rendimentos, margens consistentes, modelos de negócios resilientes e baixa alavancagem. Tudo e só isso.

Com a intensa volatilidade, ações com alto pagamento de dividendos oferecem aos investidores proteção e melhores rendimentos do que os instrumentos tradicionais de renda fixa.
O Itaú (SA:ITUB4) Asset divulgou recentemente uma projeção para Selic de 1,5% até o final deste ano e 2% para 2021. Eu acho pouco provável. Contudo, se chegarmos neste patamar, a busca por empresas pagadoras de dividendos será ainda maior.
Outro ponto, é que os dividendos não são tributados (por enquanto) no Brasil, e os ganhos com renda fixa pagam imposto de renda variando de 15% à 22,5%, dependendo do prazo.

Uma boa pagadora de dividendos é a empresa Taesa (SA:TAEE11).

O setor de transmissão é o menos afetado pelo COVID-19. A Taesa tem histórico de elevado dividend yield e está apresentando uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 9%, 460 bps acima do que paga um Tesouro IPCA.

A empresa segue no processo de expansão, sendo que nos últimos dois anos realizou diversas aquisições, além de avançar na construção das concessões. Mesmo com a maior necessidade de investimento em capital fixo, o nível de alavancagem continua adequado e o payout permanece próximo de 90%.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Taesa

Ações dolarizadas como Suzano (SA:SA:SUZB3) também considero importante para o meu portifólio – pro hedge - já que não posso passear pela Disneyland e fazer aquela festa danada.
Precisamos de tranquilidade para atravessar a turbulência. Tudo vai passar. Os mercados vão voltar ao normal. E aqueles com paciência, disciplina e diligência serão recompensados. O grito não será de desespero, e sim de satisfação por estar vivo no jogo.

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