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15 Cenários Positivos e Negativos Podem Influenciar a Demanda de Petróleo

Publicado 19.03.2020, 08:40
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Publicado originalmente em inglês em 19/3/2020

Instituições financeiras, empresas de energia e organizações do setor energético de todo o mundo estão revisando suas previsões de demanda petrolífera para 2020, em razão da contínua disseminação do coronavírus pelo mundo e da sua possível devastação econômica.

De acordo com a Rystad Energy, até abril, a demanda mundial poderia despencar mais de 11 milhões de barris por dia (bpd). Já a corretora especializada em energia Trafigura prevê uma queda de 10 milhões de bpd no curto prazo. Para 2020, a Agência Internacional de Energia (AIE) projetou que a demanda petrolífera poderia sofrer uma queda de 730.000 bpd, ao passo que o JP Morgan estima uma redução de 750.000 bpd.

Crescimento da Demanda Global de Petróleo, 2011-2025

As expectativas de demanda dessas instituições já haviam sido drasticamente ajustadas em relação aos primeiros números divulgados e continuarão mudando à medida que o impacto do coronavírus se concretiza. Neste momento de alta imprevisibilidade, vale a pena ter em mente o que está baseando as previsões de demanda. Ao compreender os sinais positivos e negativos da demanda de petróleo, os investidores podem ajustar devidamente suas próprias avaliações.

Confira quais são os melhores e piores cenários possíveis para a demanda petrolífera:

Piores cenários

Um ou mais dos seguintes sinais negativos podem ocorrer. Cada um é independente do outro.

1. O Covid-19 e os isolamentos resultantes continuarão causando estragos nas economias por meses e limitando os meios de transporte em todo o mundo.

2. Depois de desacelerar, o vírus retorna mais forte meses depois, em uma situação bastante parecida com a gripe espanhola no final de 1918.

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3. A Arábia Saudita, que se comprometeu a produzir mais petróleo e exportar mais da commodity existente em estoque a preços baixos, faz exatamente isso antes de identificar os clientes, mas enfrenta dificuldades para encontrar compradores para toda a sua oferta petrolífera.

4. A China reduz suas importações de petróleo – tanto da Rússia quanto da Arábia Saudita – e se recusa a cumprir seus compromissos previstos na primeira fase do acordo comercial, no que tange aos produtos energéticos dos EUA.

5. Pessoas ao redor do mundo continuam temendo a doença, evitando que as viagens aéreas sejam retomadas de forma significativa em 2020.

6. Os países mantêm suas fronteiras fechadas.

7. A economia mundial sofre uma grave recessão ou depressão, criando uma desarticulação sem precedentes de ativos, evitando uma recuperação rápida.

Melhores cenários

Um ou mais dos seguintes sinais positivos podem ocorrer. Cada um é independente do outro.

1. A China se reergue da crise e aproveita o petróleo barato para completar seus estoques existentes.

2. A Arábia Saudita encontra clientes suficientes para escoar todo o petróleo que a Aramco (SE:2222) está oferecendo a preços reduzidos no mercado.

3. China, Índia e outros países importadores rapidamente aumentam sua capacidade de estoque, comprando mais petróleo a preços baixos.

4. Os EUA completam sua Reserva Estratégia de Petróleo (SPR, na sigla em inglês), com o petróleo norte-americano a preços de pechincha, como indicou o presidente Donald Trump na semana passada.

5. O vírus se dissipa, talvez em razão do clima mais quente no hemisfério norte, e não volta a se disseminar de forma significativa no fim do ano.

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6. Os viajantes de negócios e a lazer deixam de lado o medo e aproveitam os preços baixos para reservar viagens.

7. Os EUA, China, Europa e outros países com caixa ou acesso a capital implementam generosos planos de estímulo para reativar suas economias.

8. Os fundamentos não corroboram a recessão iminente na economia mundial, que se recupera de forma rápida e robusta.

Resumo

Ninguém consegue prever com precisão o futuro. Quem conseguiu prever em novembro que ocorreria uma pandemia em escala mundial?

Em vez disso, acompanhe os fatores positivos e negativos para a demanda petrolífera, à medida que os acontecimentos se desenrolam. Além disso, leve em consideração como a disponibilidade de oferta pode mudar. A Arábia Saudita e a Rússia podem alterar suas políticas de preço, por exemplo, ou a produção norte-americana pode cair por diversas razões.

A realidade? Provavelmente veremos elementos de ambos os cenários traçados. A parada quase que completa de grandes porções da economia mundial durante as últimas semanas não tem precedentes, dificultando ainda mais uma previsão precisa.

Últimos comentários

Mais um(a) analista que está esquecendo uma questão altamente relevante neste cenário. A OPEP não é só a Arábia, tem muitos países beligerantes instáveis com suas economias dilaceradas dependentes do óleo, principalmente o imprevisível Irã que detesta a Arábia Saudita (que está forçando a baixa) e não seria nenhuma surpresa uma grande guerra local nesses países do oriente médio por questões econômicas, políticas e religiosas pra engrossar o caldo! Sem contar a própria Rússia que também precisa duma “ALTA”. O petróleo numa situação dessas dispara, tipo a guerra do golfo!
Achei o comentário ingênuo e sem proveito.
A recessão já era prevista a um ano atrás. Com o virus, deu mais força pra ficar pior. Vejo um cenario de recessão sem precendentes. Pra perceber isso, veja quantas empresas declaram falência ou fecharam nesse mês.
Ou seja, se nao cair, sobe, se nao subir, desce, se nao fizer nem uma coisa ou outra, nao acontece nada.
Tudo bem. Faltou falar o que pode ocorrer do lado da produção, isto é, da oferta. Empresas que possuem custos maiores decretam falência e deixam de produzir, por exemplo, empresas da Europa, que já estão pedindo ajuda, pois os seus custos são em torno de 40 dólares por barril. Empresas do Shale, nos Estados Unidos, decretam falência, em sua maioria, devido aos altos custos de extração. Países com alto custo de extração quebram(por ex, Venezuela, África, etc). A produção vai cair de maneira abrupta e durar por anos, o que vai alavancar os preços da commoditie.
Acredito que todo esse movimento de baixa no preço do petróleo é intencional justamente para inviabilizar e quebrar operações pelo mundo, principalmente da extração não convencional nos EUA
Relembro, a solução encontrada no governo do PT. O petróleo barato internacionalmente e caro localmente, por fixação do preço. Ou seja, não repassar o desconto para o consumidor final.
"O CÍRCULO NEGRO" - Resumindo o mercado ajustou o preço à oferta, ainda que de forma pouco saudável. Assim, o mercado logo vai ajustar a sua demanda a essa nova oferta gigantesca de petróleo e dos demais bens. Parece como o Brasil, os preços vão ficar mais amigáveis. Parece que a ânsia insana dos CEUs das empresas em querer sempre mais vai ficar para muito mais tarde.
faltou apenas falar sobre as eleições do EUA em nov .
Parabéns Ellen. muito bom !
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