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Nem Euforia, Nem Desespero: Entenda a Real Situação do Petróleo

Publicado 12.06.2020, 10:31
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Publicado originalmente em inglês em 11/06/2020

Enquanto os observadores do mercado de petróleo ainda tentam identificar as consequências da pandemia de coronavírus, é preciso ter cuidado com informações equivocadas. Embora a demanda petrolífera tenha inevitavelmente subido nos EUA com a reabertura das economias estaduais, o consumo geral ainda continua deprimido. Mesmo com o acordo da Opep+ para prorrogar as atuais cotas de produção na semana passada, essa iniciativa deve ser vista como uma conquista de curtíssimo prazo.

Da mesma forma, os “profetas do apocalipse” que preveem o fim de indústrias ou países inteiros por causa da recente queda dos preços do petróleo também devem ser considerados como pessoas desinformadas.

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Ainda estamos observando a reação dos mercados de petróleo nos estágios finais do colapso econômico provocado pela pandemia, mas recuperações repentinas nem sempre se mostram corretas. Vamos aos fatos:

1. Demanda petrolífera nos EUA

A demanda de petróleo nos Estados Unidos continua minguada, o que deve pesar nos preços do petróleo, à medida que as refinarias seguem bombeando mais produtos e adicionando-os aos estoques de gasolina, diesel e outros combustíveis.

Apesar de os números semanais de consumo de gasolina e diesel (destilado) terem começado a subir com a retomada das atividades nos estados, isso não significa que o quadro geral esteja melhorando. A média de consumo de gasolina em quatro semanas nos Estados Unidos registrou queda de 22% em relação ao mesmo período do ano passado, ao passo que o consumo de diesel e combustível de aviação caiu 18% e 64% respectivamente, de acordo com a Administração de Informações Energéticas.

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A queda no consumo de óleo diesel, em especial, é bastante preocupante. Indicador de atividade industrial, a demanda de diesel tem sido fraca desde fevereiro de 2019. De acordo com o API D-E-I, indicador de atividade econômica concebido pelo Instituto Americano do Petróleo, a demanda industrial do diesel sofreu um declínio considerável. Ainda que a demanda de óleo diesel para transporte comercial tenha crescido durante os confinamentos, o consumo desse combustível acabou registrando sua pior queda mensal da história em abril.

Além da demanda fraca, a entrada de petróleo bruto da Arábia Saudita ajudou a aumentar o excesso de oferta de produtos derivados. Uma quantidade enorme de petróleo da Arábia Saudita foi descarregada nos portos americanos em maio e início de junho, mas as exportações sauditas do seu principal produto estão caindo ao ritmo de 4 milhões de barris por dia neste mês em comparação com o mês passado. Uma parcela grande de óleo saudita é destinada à Ásia, por isso a expectativa é que as exportações do país árabe para os EUA sofram uma queda bastante significativa nas próximas semanas.

2. Fracasso da reunião da Opep+

Os mercados petrolíferos não viram muitos benefícios nas novas políticas de produção mensal da Opep. A Opep+ se reuniu no sábado e decidiu prorrogar suas atuais cotas de produção por mais um mês, até o fim de julho. O acordo não surpreendeu os mercados, já que tanto a Arábia Saudita quanto a Rússia haviam telegrafado suas intenções no início da semana.

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Após a coletiva de imprensa realizada pelo ministro de energia saudita, Abdulaziz bin Salman, e o ministro russo, Alexander Novak, na segunda-feira pela manhã, os preços do petróleo sofreram forte queda. A Arábia Saudita conseguiu o que queria com a decisão da Opep+: uma razão para aumentar o preço do barril de petróleo vendido para a Ásia em julho em US$ 6,00.

Mas por que os preços do petróleo derraparam 3% após a coletiva de imprensa? O país árabe ressaltou que não ampliaria seu corte extra e voluntário de 1 milhão de bpd após junho. Em todo caso, a aliança planeja se reunir novamente em julho para reavaliar o mercado. Nessa oportunidade, pode ser que o grupo decida aumentar a produção. Isso sinalizou ao mercado que a Opep+ não está comprometida com a gestão de longo prazo do mercado, mas apenas em manter decisões reativas de curto prazo. Com isso, a volatilidade deste mês deve repetir a do mês passado.

3. Angústia ainda persiste

Um novo relatório do Instituto de Economia e Paz ganhou as manchetes nesta semana ao declarar que os efeitos econômicos do coronavírus podem "provocar o colapso da indústria de shale oil nos EUA, a menos que os preços voltem a seus patamares anteriores”.

Quem acompanha a produção petrolífera norte-americana sabe que essa declaração é uma avaliação de risco sem qualquer valor, feita por analistas que não entendem nada do setor nos EUA. É verdade que há muitas empresas de petróleo na região de shale que estão apresentando um desempenho ruim e podem falir. No entanto, a indústria é composta por um grupo diversificado de empresas, cada uma das quais está lutando para sobreviver ao atual período de preços baixos.

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Algumas empresas vão falir, mas outras já estão cogitando voltar a reativar poços que estavam inoperantes. A indústria está se redefinindo durante esse período de adversidade econômica, mas está longe de colapsar.

Sem dúvida, os preços baixos do petróleo causam pressão econômica capaz de gerar tensões políticas. O relatório menciona o Iraque, a Arábia Saudita e o Irã como países no Oriente Médio suscetíveis a instabilidade política como resultado da baixa cotação do petróleo. Entretanto, os preços baixos em si não geram instabilidade política, e sim a maneira como os governos respondem a eles.

Últimos comentários

Qual seria o melhor momento para investir em ações?
Alguns fazem analises com o contexto economico do inicio do ano, mas se esquecem que foram injetados na economia mundial mais de 30 trilhoes de dolares! Nao é a bolsa que esta subindo, mas sim o seu dinheiro que esta se desvalorizando!
O PIB mundial caiu. A recuperação se dará a passos de lesma. Empresas que vivem do petróleo irão quebrar. O ouro negro está com preço fora da realidade. Vale menos da metade do que aponta hoje, mas países mantêm preço alto de forma figurativa e não irão conseguir segurar a base da pirâmide que já ruiu.. Só não vê quem não quer.
Além o óbvio, faltou falar sobre os preço e perspectivas da Petrobras??
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