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Opep conseguirá manter petróleo em alta mesmo com cenário nebuloso no 4º tri?

Publicado 02.10.2023, 10:53
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Petróleo inicia o quarto trimestre em alta, avançando cerca de 1% na janela asiática de negociações desta segunda-feira, 2. 

  • No entanto, a tendência de alta da commodity pode enfrentar obstáculos, pois a Arábia Saudita e a Rússia estão preocupadas com a demanda interna.

  • A expectativa agora é pela reunião da Opep+ em 4 de outubro, na qual possíveis ajustes de produção podem influenciar os preços do barril.

  • Após uma valorização de quase 30% em apenas três meses, os operadores comprados no petróleo contam com a Opep para dar uma ajudinha a mais na alta do mercado.

    Contudo, os principais responsáveis pelo rali do petróleo no terceiro trimestre, especialmente a Arábia Saudita e a Rússia, enfrentam vários desafios distintos para o período de outubro a dezembro, o que poderia dificultar uma repetição da performance anterior.

    Hiroyuki Kikukawa, presidente da NS Trading, sediada em Tóquio, ressaltou em comentários divulgados pela Reuters:

    “A continuidade da alta no mercado dependerá das tendências futuras de demanda.”

    Em setembro, as importações de petróleo bruto na Ásia caíram pelo segundo mês seguido, na medida em que a manutenção de refinarias reduziu a demanda e os efeitos dos preços mais elevados começaram a ser sentidos, segundo a Reuters, citando dados da LSEG. A principal região importadora mundial recebeu 24,95 milhões de barris por dia em setembro, ante 25,22 milhões em agosto, conforme relatado pela LSEG.

    Os preços do barril começaram o quarto trimestre em território positivo, sendo negociados com leve alta na tarde de segunda-feira na Ásia. Isso ocorreu após uma queda de 1% na última sessão do mês anterior, que tirou um pouco do brilho dos impressionantes ganhos observados de julho a setembro.

    O mercado foi sustentado por comentários feitos em privado à mídia por fontes ligadas à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), dando conta de que os membros da Opep liderados pela Arábia Saudita e seus 10 aliados independentes produtores de petróleo sob os auspícios da Rússia provavelmente não farão alterações nas metas de produção para novembro e dezembro. A aliança Opep+ se reunirá na quarta-feira para revisar a política de produção pelo restante do ano.

    Apesar desses comentários das fontes da Opep, parece estar aumentando a pressão sobre a Arábia Saudita e a Rússia para relaxarem alguns dos cortes na produção durante o quarto trimestre. Isso é necessário para garantir que haja petróleo suficiente para cumprir as cargas programadas para entrega no final do ano.

    Além disso, há uma preocupação, especialmente por parte dos sauditas, de que eles precisem proteger sua participação de mercado em meio aos altos preços por barril atuais, o que os coloca em risco de perder competitividade frente aos seus aliados, incluindo os russos.

    Já em relação à China, analistas de energia do ING observaram, em uma nota, que, embora o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor de manufatura chinês tenha voltado ao território de expansão em setembro pela primeira vez desde março, “os sauditas expressaram preocupações contínuas em relação à demanda do país.”

    O setor manufatureiro da China mostrou sinais de recuperação em setembro, de acordo com dados oficiais divulgados no sábado, que registraram a primeira expansão da atividade em seis meses. No entanto, um indicador do setor privado divulgado no domingo foi menos otimista, apontando para um crescimento mais lento do setor.

    A melhora da atividade industrial na segunda maior economia do mundo foi ofuscada por uma série de desafios, incluindo um mercado imobiliário em baixa, exportações fracas e desemprego juvenil elevado, que pesaram sobre a demanda doméstica e externa por energia.

    Arábia Saudita precisa produzir mais, e não menos

    Diante desse cenário, a Arábia Saudita pode ter que aumentar sua produção de petróleo em outubro — em vez de manter ou reduzir os níveis de setembro — para atender às necessidades de seus principais clientes, como China e Índia.

    De fato, as exportações de petróleo bruto saudita provavelmente cresceram entre 300 mil e 400 mil barris por dia em setembro em relação a agosto — apesar do corte voluntário de um milhão de barris por dia anunciado pelo reino — conforme relatado pela OilPrice.com com base em várias fontes de mercado.

    E a tendência pode se manter, diz o relatório.

    Os sauditas também foram cautelosos ao reajustar o Preço de Venda Oficial (OSP) de seu petróleo, apesar da forte alta do Brent, como mostrou a compilação de mercado. As variedades de petróleo bruto médio e azedo da Arábia Saudita tiveram um aumento de US$ 0,10 por barril cada, levando o Arab Light (BVMF:LIGT3) para um prêmio de US$ 3,60 por barril em relação a Oman/Dubai. A única variedade de petróleo bruto saudita que teve um aumento significativo em outubro foi o Arab Super Light, uma variedade muito rara semelhante a condensado que tem de 1 a 2 cargas por mês, e que subiu US$ 0,50 por barril.

    “Em um ambiente como esse, esperava-se que a empresa estatal de petróleo da Arábia Saudita, a Saudi Aramco (TADAWUL:2222), elevasse os preços na Ásia de forma expressiva”, diz o relatório da OilPrice. “Surpreendentemente, o esperado aumento do OSP não ocorreu. Em geral, a falta de ambição nos preços refletiu preocupações mais amplas sobre a saúde da demanda chinesa para os meses restantes de 2023, bem como indicações significativamente mais baixas da Índia recentemente.”

    A Índia tem recorrido ao petróleo bruto russo Urals a cerca de US$ 80 por barril — consideravelmente acima do teto de preço de US$ 60 estabelecido pelo G7, mas ainda abaixo do preço à vista do Brent.

    No entanto, a Rússia, que aderiu ao plano de restrição de produção saudita ao anunciar um corte de 300 mil barris por dia, também está sob pressão para cumprir as entregas prometidas aos clientes.

    Rússia deve retomar exportações de combustíveis

    Moscou recentemente relaxou sua proibição às exportações de combustíveis, à qual foi imposta para estabilizar o mercado interno. Os analistas não esperam que essas restrições durem muito, pois podem afetar as operações das refinarias e impactar as relações com os clientes.

    Turquia, Brasil, Marrocos, Tunísia e Arábia Saudita estavam entre os principais destinos do diesel russo este ano, de acordo com um relatório do JPMorgan (NYSE:JPM).

    “No entanto, uma proibição prolongada de exportação poderia impactar negativamente o relacionamento com os novos clientes que as empresas de petróleo russas construíram com tanto esforço ao longo do último ano e meio”, observou o JPMorgan.

    Ainda assim, a Rússia não discutiu um possível aumento no fornecimento de petróleo bruto para compensar a proibição de exportações de combustível de Moscou com a Opep+, segundo declarou o Kremlin.

    Essa comunicação pode ser feita diretamente quando russos e sauditas se reunirem na reunião da Opep em 4 de outubro.

    Depois de terem iludido o mercado fazendo-o acreditar que seus cortes na produção poderiam continuar indefinidamente, contra a realidade de mercado, é importante para ambos os lados não admitir publicamente algo diferente, trabalhando para manter a narrativa que criaram.

    ***

    Aviso: Este artigo tem o único propósito de fornecer informações e não constitui de forma alguma um estímulo ou recomendação para a compra ou venda de qualquer commodity ou seus títulos relacionados. O autor Barani Krishnan não possui posição em relação às commodities e títulos sobre os quais escreve. Ele geralmente incorpora diversas opiniões externas em sua análise de mercado para trazer uma perspectiva diversificada. Em busca de imparcialidade, ocasionalmente apresenta pontos de vista contrários e variáveis de mercado.

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