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Petróleo: planos de Biden para reabastecer Reserva Estratégica podem sustentar mercado?

Publicado 11.05.2023, 09:56
  • A Reserva Estratégica de Petróleo (REP) dos EUA está provocando bastante volatilidade nos preços do produto ultimamente.
  • A falta de clareza em relação ao momento em que o governo dos EUA começará a reabastecer a REP é a principal razão para isso.
  • Mesmo assim, no longo prazo, os investidores podem contar com o fato de que a REP será reabastecida.
  • A Reserva Estratégica de Petróleo (REP) dos EUA provocou bastante volatilidade nos preços do produto nesta semana. Na terça-feira, os preços do petróleo subiram, em parte devido à notícia de que o Departamento de Energia dos EUA pretendia iniciar as compras de petróleo para reabastecer a REP até o fim do ano.

    Segundo uma reportagem da Bloomberg News, o governo Biden começará a adquirir o óleo para reabastecer o armazenamento estratégico após a conclusão de uma manutenção das instalações necessárias.

    Na terça-feira, a cotação do barril recuou devido a informações na imprensa de que as importações da China haviam diminuído significativamente em abril. Muitos interpretaram isso como um sinal de fraqueza da economia do país asiático. Mas o WTI reverteu seu declínio de 2,5%, quando foi divulgada a notícia a respeito dos planos do governo Biden de reabastecer a REP.

    Ao final do dia, o WTI conseguiu se recuperar para um pouco mais de US$ 73 por barril. No entanto, o petróleo não conseguiu manter esses ganhos na quarta-feira, quando um relatório da Administração de Informações Energéticas dos EUA revelou que os estoques de petróleo no país haviam aumentado em cerca de 3 milhões de barris na semana passada. Foi um aumento maior do que o esperado, provocado por outra venda da REP e uma queda nas exportações.

    A movimentação de compra e venda de petróleo para a REP tem capacidade de mexer com o mercado, especialmente no preço do WTI, na medida em que envolve grandes volumes.

    No ano passado, o governo Biden vendeu 180 milhões de barris de petróleo da REP e estava em vias de vender mais 26 milhões de barris da REP de acordo com a legislação aprovada pelo Congresso há alguns anos. Isso acabou aumentando a oferta de petróleo, em um momento em que os preços do produto estavam altos e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia provocou uma desarticulação do mercado.  

    Agora, as preocupações com uma desaceleração econômica global estão mantendo os preços da commodity mais baixos, na medida em que, nesse cenário, a tendência é que haja uma queda na demanda. Grandes compras de petróleo para a REP dos EUA podem atuar como uma forma de estímulo à demanda e ajudar a evitar que os preços do petróleo caiam muito.  O problema é que o governo do país não deixou claro quando poderia começar a reabastecer o armazenamento estratégico.

    No início do ano, o governo Biden sinalizou que, quando os preços do petróleo recuarem para entre US$ 67 e US$ 72 por barril, começaria a reabastecer a REP. Mas, quando o produto atingiu essa cotação, não foram registradas ordens do Departamento de Energia dos EUA para a aquisição do produto.

    Aparentemente, a Opep+ acreditou que o governo Biden estivesse falando sério quando disse que começaria a comprar petróleo quando o WTI recuasse até aquela faixa de preços, provavelmente decepcionando-se ao constatar que isso não aconteceu. Essa foi uma das razões pelas quais o cartel decidiu implementar cortes voluntários na produção a partir de maio.

    Seria sensato que os investidores considerassem que o governo Biden pode começar a reabastecer a REP e a dar suporte ao mercado até o fim de 2023?  

    No longo prazo, a expectativa é que isso aconteça. Afinal de contas, trata-se de uma necessidade estratégica para o país. De fato, os EUA devem manter certo nível de petróleo em sua reserva estratégica para preservar sua adesão à Agência Internacional de Energia (AIE).

    Contudo, a falta de clareza em relação ao momento em que o governo dos EUA começará a reabastecer a REP não é útil para os investidores, além de contribuir para a volatilidade dos preços.

    Historicamente, os eleitores americanos culpam o presidente em exercício pela alta nos preços da gasolina, mesmo quando o mandatário não é culpado por isso. Se os preços do petróleo estiverem muito altos, ou se o governo Biden teme que a aquisição de petróleo possa promover a cotação do produto, é muito provável que o reabastecimento da REP não tenha início. Politicamente, isso poderia causar muitos problemas para a Casa Branca em um ano eleitoral.  

    Entretanto, se os preços de energia não estiverem causando muita dificuldade financeira aos consumidores americanos, os fundos estiverem disponíveis e a manutenção das instalações de armazenamento estiver concluída, é provável que o governo atual dê início à aquisição do petróleo para restabelecer o armazenamento estratégico do país.

     

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    Aviso: A autora não possui atualmente qualquer posição nos ativos mencionados.

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Últimos comentários

boa análise
Ótima análise!!!
EUA vai invadir algum país produtor de petróleo pra espalhar seu imperialismo decadente travestido de democracia tipo exportação.
e vc vai voltar pra década de 1980
Os EUA, sómente ovas e onde tem energia, com fins de buscar a riqueza alheia, nunca soube que o EUA invadiu um país Africano com fome.....
Eu tenho a Ellen como principal fonte de informação relativo ao petróleo. EUA mente
A China está no mesmo barco !!! os dois dariam ótimos jogadores de poker ou truco como preferir.
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