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Renda Fixa: Semana positiva para o mercado de juros domésticos

Publicado 20.11.2023, 10:00
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A semana terminou de forma positiva para o mercado de juros domésticos, com as taxas devolvendo prêmios ao longo de toda a curva, apoiada na manutenção da meta de déficit zero no Brasil e apostas no fim do ciclo de aperto monetário nos EUA. A inclinação da curva medida pelo spread entre os DIs jan/25 e jan/29 fechou em 24 pontos-base, ante 20 pontos na sexta-feira anterior (10).

Os principais vetores que influenciaram o fechamento da curva de juros foram:

  • a expectativa de fim do aperto monetário nos EUA, endossada pelos dados fracos do mercado de trabalho e de inflação, tanto ao consumidor quanto no atacado, abaixo do previsto, 

  • o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subindo 13 mil na semana encerrada em 11 de novembro, a 231 mil, acima da projeção de 220 mil solicitações, tirando a pressão para mais aumentos de juros pelo Fed, 

  • o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA estável em outubro na comparação com setembro, ante consenso de 0,1%, e o núcleo com alta de 0,2%, ante mediana de 0,3%, reforçando a percepção de que o Fed não deve elevar mais os juros e pode até antecipar o corte em 2024. Em 12 meses, o CPI subiu 3,2%, desacelerando ante o aumento de 3,7% de setembro, enquanto o núcleo arrefeceu a 4% no mês passado, de 4,1% em setembro. O yield da T-Note de dez anos fechou em 4,44%, ante 4,64% na sexta-feira anterior (10), 

  • a inesperada deflação dos preços do atacado nos EUA em outubro. O índice de preços ao produtor (PPI) teve queda de 0,5% em outubro ante setembro. Analistas previam avanço de 0,1% no indicador. O núcleo do PPI, que exclui os itens voláteis de alimentos, energia e comércio exterior, aumentou 0,1% na comparação mensal de outubro, inferior ao consenso, que indicava alta de 0,2%,

  • a aprovação do orçamento temporário no Congresso dos EUA, impedindo a paralisação da máquina pública ou shutdown,

  • no cenário fiscal doméstico, a decisão do governo de não propor alteração na meta de déficit primário zero em 2024 no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), 

  • a queda de 0,3% em setembro ante agosto, perto do piso das estimativas (-0,4%) no volume de serviços prestados no País, que deve gerar menor pressão inflacionária, contribuindo para a curva a termo novamente precificar a Selic em um dígito no fim do ciclo de cortes,

  • a queda inesperada de 0,06% do IBC-Br em setembro ante agosto. A mediana das projeções indicava alta de 0,2%. Apesar da queda, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o dado não muda as expectativas da autoridade monetária para o crescimento da economia em 2023 e 2024, sinalizando que o BC não pretende acelerar o ritmo de cortes da Selic, atualmente em 50 pontos-base,

  • as expectativas de que a guerra do Oriente Médio não seja tão duradoura quanto o esperado no início do conflito,

  • e a queda nos preços do petróleo, pressionada pelos receios de desaceleração da demanda global. O barril do Brent, que serve de parâmetro para os preços internos, fechou em US$ 80,61, ante US$ 81,43 na sexta-feira anterior (10), reforçando a possibilidade de novo ajuste em baixa nos preços dos combustíveis no curto prazo, o que representaria alívio adicional ao cenário inflacionário.

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Fizeram o contraponto ao fechamento da curva de juros:

  • a revisão da Moody's da perspectiva do rating AAA dos EUA de estável para negativa. O sinal de alerta da agência de classificação de risco, a única das três grandes que ainda atribui nota AAA ao país, reforça a preocupação com o cenário fiscal dos EUA. 

Fatores que foram considerados de menor potencial para influenciar o movimento da curva de juros:

  • o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subindo 0,52% em novembro, repetindo a alta de 0,52% de outubro e em linha com a mediana das estimativas,

  • e as vendas no varejo dos EUA caíram 0,1% em outubro ante setembro, abaixo da expectativa do mercado, que previa queda de 0,3% no período. Foi a primeira queda desde março. Na comparação anual de outubro, as vendas no varejo cresceram 2,5%.

No Relatório de Mercado Focus (20), a projeção para a inflação oficial em 2023 passou de 4,59% para 4,55%. Um mês antes, a mediana era de 4,65%. Para 2024, foco principal da política monetária, a projeção oscilou de 3,92% para 3,91%. Há um mês, a mediana era de 3,87%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.

A conferir:

No Brasil

a possível votação do relatório final que trata da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) na Comissão Mista de Orçamento, 

Nos EUA

a ata da última reunião do Fed, que manteve a taxa de juros no país no intervalo de 5,25% a 5,50%, na terça-feira (21),

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No Mundo

os desdobramentos da guerra no Oriente Médio.

O dólar no mercado à vista encerrou a sessão da sexta-feira (17) cotado a R$ 4,9059, terminando a semana com leve baixa (-0,17%), acumulando desvalorização de 2,69% em novembro. 

Os principais fatores que influenciaram o preço da moeda americana foram:

  • a percepção de que, em função dos números mais recentes de inflação, tanto o índice ao consumidor como no atacado desaceleraram em outubro, vindo abaixo do esperado, o ciclo de aperto monetário nos EUA já se encerrou. Parte do mercado já começa a especular com a possibilidade de o Fed iniciar um processo de corte da taxa básica ainda no primeiro semestre de 2024,

  • a antecipação de compra por importadores e de remessas ao exterior por bancos e empresas, dado que na segunda-feira (20) será feriado estadual em São Paulo pelo do Dia da Consciência Negra e aproveitando que a taxa tinha vindo abaixo de R$ 4,90. Embora o mercado de câmbio funcione normalmente, a expectativa é que a liquidez seja muito reduzida, 

  • o resultado fraco do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em setembro, recuando 0,6% em relação a agosto, contrariando o consenso do mercado, de alta de 0,20%,

e o fraco desempenho do volume de serviços, que recuou 0,3% na margem no mês, enquanto a mediana da pesquisa sugeria crescimento de 0,4%.

Agenda de eventos e indicadores econômicos

Segunda-feira (20): 

  • Brasil - BC: Boletim Focus, Secex: Balança comercial semanal, 

  • Alemanha - Destatis: PPI de outubro,

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Terça-feira (21): 

  • Brasil - CNI: Sondagem Industrial de outubro,  

  • EUA - Fed Chicago: Índice de Atividade Nacional de outubro, NAR: vendas de moradias usadas em outubro, Fed divulga ata da última reunião de política monetária,

Quarta-feira (22): 

  • Brasil - IBGE: PNAD Contínua do 3º tri, 

  • EUA - Deptº do Comércio: Encomendas de bens duráveis em outubro, Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego na semana até 18 de novembro, Univ. Michigan: Índice de Sentimento do Consumidor em novembro (final), Expectativas de inflação em 1 e 5 anos de novembro (final), Baker Hughes: poços de petróleo em operação na semana até 24 de novembro, DoE: estoques de petróleo, de gasolina, de destilados e taxa de utilização das refinarias na semana até 17 de novembro,  

  • Zona do euro - Comissão Europeia: índice de confiança do consumidor em novembro (preliminar), 

Quinta-feira (23): 

  • Brasil - CNI: Sondagem da Indústria da Construção em outubro, FGV: IPC-S semanal,

  • EUA - Feriado de Ação de Graças deixa mercados financeiros fechados, 

  • Zona do euro - S&P Global/HCOB: PMI composto, industrial e de serviços de novembro (preliminar), 

  • Alemanha -  S&P Global/HCOB: PMI composto, industrial e de serviços de novembro (preliminar), BCE divulga ata referente à mais recente reunião de política monetária, 

  • Reino Unido - S&P Global /CIPs: PMI composto, industrial e de serviços de novembro (preliminar), 

Sexta-feira (24): 

  • Brasil - FGV: Sondagem do consumidor de novembro,   

  • EUA - S&P Global: PMI composto, industrial e de serviços de novembro (preliminar), Bolsas de NY e Mercado de Treasuries fecham mais cedo por conta do feriado de Ação de Graças, 

  • Alemanha - Destatis: PIB (final) do 3º tri, Ifo: índice de sentimento das empresas em novembro,  

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Fonte: Broadcast 

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