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Risco Chinês Pode Afetar a Boeing, mas seu Valor Continuará Intacto no Longo Prazo

Publicado 23.01.2019, 07:15
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  • Resultados do 4T2018 serão divulgados na quarta-feira, 30 de janeiro, antes da abertura do mercado;
  • Expectativa de receita: US$ 26,97 bilhões;
  • Expectativa de lucro por ação: US$ 4,58.
  • BA gráfico semanal 2016-2019

    Com base no gráfico técnico da Boeing (NYSE:BA), parece que os investidores confiam piamente na capacidade de a companhia de aviação sobreviver em meio a um ambiente econômico adverso. Depois de cair 23% no fim de dezembro em relação à sua máxima histórica de cerca de US$ 394, atingida no início de outubro, a Boeing está de volva ao jogo.

    Embora a correção de mercado no último trimestre tenha sido devastadora para muitas ações industriais, depois que atingiram a mínima de dezembro, as ações da Boeing já se recuperaram 19%. Os investidores que aguardam os resultados do 4T, que serão divulgados na próxima semana, esperam ver mais evidências da força financeira da companhia.

    Em nossa visão, os setores aeroespacial e de defesa são um dos poucos lugares onde os investidores podem se esconder diante de qualquer sinal claro de uma desaceleração da atividade econômica. Se esse for o caso, a Boeing, cujas ações encerraram o pregão de ontem a US$ 357,90, atende esses quesitos.

    Embora os investidores vêm levando em consideração a guerra comercial entre EUA e China na hora de negociar as ações da Boeing, que tem uma enorme participação no país asiático, acreditamos que eventuais tarifas retaliativas sobre aeronaves, além de cancelamentos ou atrasos nas entregas, podem ser uma medida de embate político que a China muito provavelmente evitará tomar.

    Não vemos qualquer viabilidade nisso inclusive do ponto de vista dos negócios. Por que a China abriria mão do seu poder de barganha mudando completamente seus negócios para a rival Airbus (PA:AIR)? Atualmente, Pequim adquire aeronaves principalmente para suas companhias aéreas estatais e tem praticamente 400 pedidos da Boeing em produção.

    Risco chinês é muito grande para ser ignorado

    Além disso, o custo político de tal ação também é muito alto, da perspectiva do governo Trump. Em nossa visão, os negociadores norte-americanos não deixarão as coisas chegarem ao ponto de a China dar esse passo extremo. Dito isso, o risco chinês é grande para a Boeing, e os investidores não devem ignorá-lo no curto prazo.

    Por exemplo, quando a guerra comercial se acirrou, começaram a aparecer reportagens de que a China havia retomado discussões com a Airbus para um pedido de US$ 18 bilhões para os jatos A320neo de fuselagem estreita, enquanto a Xiamen Airlines, cliente exclusivo da Boeing há mais de 30 anos, estava discutindo um novo pedido de aviões com a Airbus.

    Até o momento, a Boeing vem tentando amenizar esse risco, através de muitas notícias positivas que tem compartilhado com os investidores. Entre elas, o destaque é seu robusto livro de encomendas de aviões comerciais de passageiros e os fortes sinais de uma retomada nas vendas para a indústria de defesa, que há anos têm sido lentas.

    De acordo com a última comunicação da empresa com analistas, a companhia aeroespacial estava no caminho certo para atender a demanda mundial de aeronaves comerciais. O tráfego mundial de passageiros cresceu 6,8% na comparação anual até agosto do ano passado, enquanto o tráfego de cargas aumentou 4% no mesmo período.

    A Boeing espera gerar US$ 100 bilhões de receita durante todo o ano, um aumento de US$ 1 bilhão em comparação com a previsão passada. Seus pedidos firmes tiveram um crescimento de US$ 17 bilhões neste ano, para US$ 491 bilhões, o que corresponde a 5.800 aeronaves comerciais que ainda precisam ser entregues.

    Durante a última teleconferência de resultados da Boeing, a companhia elevou sua perspectiva de lucro em 2018, afirmando que espera ganhar entre US$ 16,90 e US$ 17,10 por ação, uma alta em relação à última previsão de resultados, que já era elevada: US$ 16,60 por ação.

    Resumo

    Apesar do risco chinês, gostamos dos papéis da Boeing para investidores de longo prazo. Ela opera em um duopólio mundial, onde sua única concorrente é a Airbus. Essa força é muito atraente, se você pretende colocar em sua carteira uma empresa que gera robustos fluxos de caixa e traz um grande retorno financeiro para os investidores.

    Durante o 3T, a Boeing gerou US$ 4,6 bilhões de caixa operacional e recomprou US$ 2,5 bilhões em ações. Embora seu dividend yield pareça um pouco fraco, de 2,25%, o potencial de retorno é atraente. Seus proventos cresceram 18% ao ano nos últimos cinco anos, para US$ 8,22 por ação.

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