"O Comitê espera que novos aumentos graduais na meta para a taxa dos Fed Funds serão consistentes com a expansão sustentada da atividade econômica, as condições fortes do mercado de trabalho e a inflação perto da meta simétrica de 2% do Comitê no médio prazo", assim disseram membros do FOMC, usando a exata linguagem que anterior.
Sem citar a recente reação das bolsas de valores ao ciclo, o Fed reforça o aperto monetário em ao menos mais 3 ocasiões e mesmo sem efetiva-la neste momento, os Treasuries de 2 anos tiveram a maior alta em ascensão desde 2004, momento em que o comitê sinalizava apreensão com o mercado imobiliário.
Neste panorama reside os temores de mercados emergentes e da China, especialmente afetada pela guerra comercial ainda sem solução crível. O ciclo natural de liquidez se volta aos EUA com o aperto monetário e ao financiar a maior economia global, ‘secam’ as opções aos outros países.
Brasil, em sua tentativa de recuperação da recente crise pode sofrer também com maior força, principalmente se as reformas estruturantes sofrerem algum tipo de chantagem do legislativo, de forma a que o presidencialismo de coalisão, ou seja, troca de cargos por movimentos parlamentares, dê sustentação ao novo governo.
Na temporada de balanços, destacamos a divulgação no exterior de Allianz (DE:ALVG) e BBVA (MC:BBVA). No Brasil, Kroton (SA:KROT3), Alpargatas (SA:ALPA4) e Unipar (SA:UNIP3).
Na agenda econômica, atenção ao PPI nos EUA e IGP-M semanal no Brasil.
CENÁRIO POLÍTICO
A pauta bomba do senado parece mais uma vendeta dos derrotados do que o aceite de uma reinvindicação do judiciário.
É notório que não existe reajuste aos servidores há muitos anos, todavia, o ‘jeitinho’ foi dado através de diversos penduricalhos que devem ser discutidos antes de quaisquer reajustes.
Tais penduricalhos foram também responsáveis por praticamente quebrar diversos estados, ao burlarem a Lei de Responsabilidade Fiscal, utilizando tal instrumento para ceder aumentos ‘por fora’ e comprometer os orçamentos muito além da capacidade financeira.
Por enquanto, Brasil continua a ser Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em queda, com a decisão de juros por parte do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com temores pelo crescimento chinês.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com destaque ao ouro e ao cobre.
O petróleo abriu em queda em NY e em Londres, com a retirada de sanções sob 8 exportadores iranianos e aumento nos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,1%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7606 / 0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,202%
Dólar / Yen : ¥ 113,87 / -0,175%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,444%
Dólar Fut. (1 m) : 3764,87 / 0,31 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,65 % aa (0,38%)
DI - Janeiro 20: 7,17 % aa (0,56%)
DI - Janeiro 21: 8,22 % aa (0,86%)
DI - Janeiro 25: 10,02 % aa (1,62%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,39% / 85.620 pontos
Dow Jones: 0,04% / 26.191 pontos
Nasdaq: -0,53% / 7.531 pontos
Nikkei: -1,05% / 22.250 pontos
Hang Seng: -2,39% / 25.602 pontos
ASX 200: -0,11% / 5.922 pontos
ABERTURA
DAX: -0,392% / 11482,10 pontos
CAC 40: -0,670% / 5097,06 pontos
FTSE: -0,573% / 7099,73 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86077,00 pontos
S&P Fut.: -0,417% / 2797,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,541% / 7127,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,34% / 82,88 ptos
Petróleo WTI: -0,84% / $60,16
Petróleo Brent:-0,81% / $70,08
Ouro: -0,29% / $1.220,48
Minério de Ferro: 1,12% / $75,01
Soja: -0,12% / $16,14
Milho: -0,47% / $371,75
Café: 0,91% / $116,20
Açúcar: -0,31% / $12,80