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Será que Chegou a Hora de Investir no Brasil?

Publicado 03.10.2019, 00:15
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Ao longo das últimas décadas, gerações de brasileiros cresceram ouvindo o vaticínio de Stephen Zweig de que “o Brasil é o país do futuro”, mas esse “futuro” nunca chegava. O Brasil é um país em desenvolvimento que está sujeito aos mesmos vícios dos seus vizinhos sul-americanos: corrupção, falta de liberdade econômica, instituições fracas e legislação que não para de mudar, tudo sob o pulso firme de um estado interventor nos moldes keynesianos.

No espectro político brasileiro, não importava se o governante era de direita ou de esquerda, a palavra de ordem era gastar. A última recessão se deveu em grande parte ao modelo de crescimento baseado no endividamento, que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2015. Isso permitiu a emergência e a popularização do pensamento liberal clássico nos debates públicos, que acabou influenciando diretamente a eleição do presidente Jair Bolsonaro.

Assim nascia uma improvável aliança entre um grupo militar e liberais clássicos, na forma de um casamento político entre o presidente e seu Ministro da Economia, Paulo Guedes. Defensor do livre mercado, ex-banqueiro e Ph.D. pela Escola de Economia de Chicago, Guedes afirmou que seu objetivo era ser o grande reformador da economia brasileira, o “Chicago boy” do país.

A seguir, elencamos quatro razões macroeconômicas que explicam por que o momento do Brasil pode estar chegando

1. Privatização de empresas estatais

Antes mesmo de assumir o cargo de Presidente da República, Jair Bolsonaro fazia campanha defendendo a privatização de empresas estatais. Guedes já anunciou seu plano de desestatização de R$ 80 bilhões que, segundo ele, está avançando pela "via expressa". O plano está sendo encabeçado pela BR Distribuidora (SA:BRDT3).

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O governo também anunciou sua intenção de privatizar 17 empresas do governo, entre elas os Correios, na área de serviços postais, e a Eletrobras (SA:ELET3), no setor de energia. A única limitação é que a privatização depende da aprovação do Congresso.

2. Empresas brasileiras estão refinanciando suas dívidas

Fluxo cambial estrangeiro

Ao longo deste ano, observou-se uma tendência negativa no fluxo cambial estrangeiro do Brasil, o que geralmente é interpretado como um sinal de que os investidores internacionais estão pessimistas com o país. Neste ano fiscal, a Bolsa de Valores de São Paulo registrou uma retirada recorde de fundos desses investidores estrangeiros, mas, por outro lado, contou com depósitos recordes em IPOs (aberturas de capital), fazendo com que o saldo ficasse positivo em R$ 1,72 bilhão.

Observando mais de perto, é possível notar que esse movimento foi em grande parte motivado pelo fato de que as empresas brasileiras estão refinanciando suas dívidas com taxas de juros menores. Com a emergência da era dos juros negativos na Europa, surgiu uma oportunidade única, nas palavras do diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, que chegou mesmo a afirmar que a recente crise na Argentina não tinha qualquer influência na depreciação do Real brasileiro.

3. Ibovespa ainda está com um desconto de mais de 40%

Ibovespa diário 2018-2019

À primeira vista, o fato de a Bovespa estar acima dos 100.000 pontos poderia levar a crer que o pico anterior à crise de 2008 ficou para trás e que o mercado brasileiro está prosperando. Mas é aí que está a questão, porque, ao analisar o gráfico da Bovespa em dólares BVSPUSD, é possível perceber que seus preços estão com um desconto de 43% em comparação com a máxima de 2008, como mostramos abaixo.

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Ibovespa segue descontada em dólar

4. Reforma Previdenciária e Tributária

O governo brasileiro queria desarmar a bomba-relógio do sistema previdenciário e, por isso, apresentou um plano de reforma que elevou a idade de aposentadoria, retirou benefícios de alguns segmentos e propôs a criação de um sistema de capitalização como o existente no Chile. O objetivo é economizar até R$ 900 bilhões ao longo de uma década.

Apesar de ser alvo de protestos e mudanças, o plano principal foi aprovado pelo Congresso, e a expectativa é que seja aprovado pelo Senado no fim desta semana. O governo afirmou que a reforma da Previdência seria a “reforma das reformas”. No ano que vem, o governo também espera aprovar um plano de reforma tributária, cujo teor ainda será divulgado pelo Planalto.

Elencamos a seguir três razões que explicam por que o momento talvez não seja agora

1. Desemprego ainda está perto da máxima histórica

O mercado de trabalho ainda é um desafio para os brasileiros. A força de trabalho do país ainda não se recuperou do desastre econômico de 2015, de forma que cerca de 11,8% da população ativa encontra-se desempregada. A perspectiva de curto prazo ainda é de desemprego elevado nos próximos anos.

Taxa de desemprego segue elevada

2. Elevada capacidade ociosa

De acordo com um relatório da indústria automotiva, cerca de 40% da capacidade do setor não está sendo utilizada, o que também pode ser visto em outros segmentos da economia. O setor de construção, por exemplo, está em segundo lugar, com uma capacidade ociosa de 31%.

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3. Consumo e endividamento das famílias

Números recentes indicam que o consumo das famílias, apesar de estar positivo e acima das expectativas, ainda se encontra em níveis historicamente baixos. A razão se deve em grande medida ao alto nível de endividamento que atingiu 64% dos lares, sendo que cerca de 10% deles não consegue honrar seus débitos.

Conclusão

Investir no Brasil é arriscado, já que o país atualmente não possui qualquer grau de investimento. Levando isso em consideração, bem como o fato de que os ativos brasileiros ainda estão desvalorizados e seu governo está disposto a realizar a tão necessária reforma econômica, é possível vislumbrar uma oportunidade de investimento. A visão de Zweig parece estar se tornando palpável.

Últimos comentários

Gastar, as vezes é necessário. Há a lenda de Roosevelt sair da crise em 30 abrindo e fechando buracos. De 2003 a 2014, o governo teve superávit primário e formou reservas internacionais depois de saldar a dívida com o FMI. Logo, não é problema do gasto. Mas da qualidade do gasto. Então, a qualidade do gasto governamental pode ter sido boa, mas manteve a burocracia ineficiente e intrometida, os privilegios e as mordomias, a ineficiência e ineficácia da saúde, da segurança pública, do saneamento, do desenvolvimento urbano. Gastou...e o resultado? E ainda que muito fizesse, pouquissimo fez na distribuição de renda e inclusão social. Sem distribuição de renda e inclusão, o mercado brasileiro continuará pífio e a produção com baixo valor agregado (e qualidade).Hoje, o deficit primário do governo alcança $150 bilhoes. A redução da selic alivia a pressão sobre a dívida interna. A expectativa e atuação das empresas parece ser o único lume no caminho. Menos governo.
Este BRASIL está cheio de videntes, já ouvi que seria abril, depois junho ,agosto, setembro e estamos em outubro.... Este de fato é o país do futuro.
Tem que se ter muita paciencia com o Brasil
Tem que se ter muita paciencia com o Brasil
pode sim daniel invista tudo...hahaha
Sim, está chegando! Parabéns Daniel pela excelente análise macroeconômica..
Vá às compras, ainda hoje!
Quem desdenha quer comprar. Abaixo, amigos que querem entrar na bolsa barata metendo o pau na análise. Bolsa upside, reformas acontecendo, melhorando os fundamentos do país e atraindo capital estrangeiro.
Vá às compras.
Deixa o pânico tomar conta, aí agente enche o bolso. Tô louco para comprar B3SA3 com desconto, continuem vendendo.
compre muita bolsa! nunca realize prejuízo! comprar ações eh investimento em empresas, eh gerar empregos, eh desenvolvimento. brasileiro tem que amadurecer muito. com a baixa da Selic pessoal vai ter que aprender já marra!
Gerar empregos? Ninguém investe para gerar emprego. É para gerar LUCRO. O resto é ou demagogia ou efeito colateral (emprego).
Compre muito.
Sr Daniel, em que Planeta está vivendo ?
Muito mal !!   Comentarista fora da realidade. O País esta passando por um dos piore momentos e deve piorar as coisas. O Paulo Guedes esta mais para corretor do que para ministro da economia. Me aponta uma ação para melhorar a Economia? desse Ministro.  Depois de vender tudo e o dinheiro acabar, co o ficara o País????????????
se estivesse ruim a bolsa não estaria toda hora rompendo topo histórico ...  pra economia crescer forte precisamos arrumar o estrago dos socialistas no país .. e só depois disso começa a crescer acentuadamente ...
So em ele refazer a previdencia, ja era pra ele ser ele o melhor ministro de todos os tempos kkkkk. Vc é mais um gado que segue a manada...
O mundo todo lá fora tá se preparando pra uma baita recessão e aquí estamos esperando o que? Justamente na época que precisamos reerguer das cinzas temos uma grande crise econômica vindo por aí.
RIP brazil
A situação econômica do país é complicado mesmo e interfere diretamente no desenvolvimento que nunca chega...
Bolsa tem Taxas muito altas, sem concorrentes, um verdadeiro monopólio,até a década passada tínhamos mais 7, ou seja concorrência e preço, mar um escândalo financeiro fez perder a credibilidade e então foram fechando, pois todos passaram a investir no IBOVESPA, e hoje temos estas taxas.....
por outro lado esse monopólio  traz volatilidade, que sem ela os spreads saem  mais caro que as taxas ...
Bom dia. Quais ativos brasileiros estão desvalorizados? Você também não menciona o risco político!
Não entendi esse desconto aí n
Se você considerar a cotação da bolsa brasileira em dólares, ela está bastante descontada. Internamente, se considerarmos a inflação, não superamos ainda o topo de 2008.
Excelente artigo, parabéns!
Ponho dinheiro na bolsa tupiniquim ativos valoriza vendo e gasto na Europa.Deixar ativos aqui só p desavisados.Volatilidade tupiniquimzaça com aça.
Crescimento de PIB mundial mediocre, inflacao controlada (deflação em alguns paises), taxa de juros caindo...para bom entendendor, o ambiente já é de recessão. Só nao vê quem não quer. Sendo assim, você acha que no ambiente de recessão global, o Brasil vai ser destino de investimento (ou o bilhete de loteria)? Apesar disso, vamos continuar otimistas (com cautela). Faz parte da vida e do jogo!
o brasil país do "futuro" ...este futuro já veio e já passou...
brazil, o pais do passado.
A vontade do brasileiro é diferente da vontade dos políticos, os primeiros querem o sucesso do país, já os segundos querem sua ruína em prol do seu enriquecimento.
ou seja...desde a época de cristo ..esta tudo igual kkkk
Alem do comentario do Eilliam abaixo, entendo o desemprego como algo que esta, aos poucos, diminuindo apesar de que num ritmo baixo, o que nao ajuda as familias a aumentarem o consumo e reduzirem seu endividamento. Pra mim, esses 2 pontos sao mais reflexos da situacao atual do que po tos negativos; e estao endereçados numa melhora da economia, retomada da arividade industrial, reducao da taxa basica e investimento em infra-estrutura. O real peoblema que o Brasil precisa atacar ainda é uma classe politica sem compromisso com sua missao, tratando o dinheiro publico com desmandos e sem consequencia.
você deve morar em outro país.
Boa análise, realista. Mas o segundo item do "pé atrás" pode ser olhado por outra perspectiva: a capacidade ociosa pode significar um repentino aumento de produção sem necessidade de grandes investimentos.
o melhor seria se fosse o país do Agora!o futuro é incerto!
Stephen Zweig não estava errado, país do futuro, mas nunca saberemos quando este futuro irá chegar, não acredito que esse horizonte seja visível
o Brasil foi descoberto por causa de suas riquezas, e SEMPRE foi fonte de recursos para países de 1° mundo. Isso nunca vai mudar, sempre seremos escravos econômico de outros paises
descoberto?
gaaado.
País do futuro? Haja geração para arrumar essa bagunça.
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