Garanta 40% de desconto
🤯 Perficient disparou 53%. Nossa ProPicks de IA viu essa oportunidade em março Leia mais

Barclays endurece regras de desmatamento para clientes do setor de carne bovina

Publicado 03.05.2023, 09:17
Atualizado 03.05.2023, 09:20
© Reuters. Sucursal do Barclays Bank em Londres. REUTERS/Peter Nicholls

Por Simon Jessop e Tommy Wilkes

LONDRES (Reuters) - O Barclays (LON:BARC) afirmou a clientes do setor de carne bovina que eles precisam evitar o desmatamento em suas cadeias de abastecimento da América do Sul, em um documento visto pela Reuters que endurece a postura do banco, mas não atende às demandas dos ativistas.

O banco britânico Barclays tem sido um foco particular de ativistas devido à sua atuação como financiador da empresa brasileira de processamento de alimentos JBS (BVMF:JBSS3), que tem sido criticada por seu papel no desmatamento da Amazônia.

A JBS não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O Barclays disse em comunicado à Reuters que "não forneceu financiamento a entidades que realizam essas atividades desde 2021" após "diligência prévia e supervisão aprimoradas para clientes envolvidos na produção de carne bovina ou operações de processamento primário no Brasil".

A nova política do banco sobre desmatamento, em vigor a partir de 1º de julho, não está formalmente na agenda da reunião geral anual do banco em Londres na quarta-feira, mas foi levantada como um problema pelos ativistas.

A pressão sobre as empresas para ampliar seu foco na proteção ambiental aumentou desde um acordo histórico em uma cúpula das Nações Unidas em dezembro para proteger a biodiversidade.

Dados oficiais mostraram a escala da tarefa no Brasil, onde o desmatamento na floresta amazônica cresceu 14% em março em relação ao ano anterior.

O documento visto pela Reuters informa que o banco exige que os produtores de carne bovina proibam a produção ou processamento primário de carne bovina em áreas na Amazônia desmatadas ou convertidas após 2008.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Também exige que eles se comprometam com uma cadeia de fornecimento de carne bovina sul-americana livre de desmatamento, direta e indiretamente, com rastreabilidade total, até 2025 em áreas com alto risco de desmatamento, incluindo a Amazônia, o Cerrado brasileiro e os biomas do Chaco.

As empresas também precisariam monitorar, verificar e relatar os volumes de carne bovina livre de desmatamento até dezembro de 2025 e ter um compromisso político em vigor para respeitar os direitos humanos em suas operações e cadeia de suprimentos.

De forma mais ampla, o Barclays disse que "não tinha apetite" para fornecer serviços financeiros a empresas de soja, carne bovina, óleo de palma, silvicultura e madeira diretamente envolvidas na extração ilegal de madeira ou atividades relacionadas, que usaram o fogo para limpar a terra ou que cometeram atos de violência ou exploração das comunidades locais.

DESMATAMENTO ILEGAL

Uma auditoria do Ministério Público Federal em dezembro disse que quase 17% do gado comprado pela JBS no Pará veio de fazendas com "irregularidades", como desmatamento ilegal.

Uma pesquisa dos grupos sem fins lucrativos BankTrack, Feedback Global e Mighty Earth, compartilhada com a Reuters, estima que o Barclays forneceu 6,7 bilhões de dólares em financiamento para JBS e suas subsidiárias entre 2015 e 2022, tornando o Barclays seu maior financiador.

O Barclays não refutou o número quando questionado pela Reuters.

A nova política, embora bem-vinda, depende demais de dados informados pelas próprias empresas, disse Gemma Hoskins, da Mighty Earth.

"A política não inclui processos suficientes para poder detectar, monitorar ou verificar quaisquer casos que não estejam em conformidade e, em última análise, eles estão pedindo que as empresas façam o monitoramento, relatórios e verificações por conta própria”, afirmou Hoskins.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Querem controlar a produção de alimentos. Tornar o alimento caríssimo e escasso. Dessa maneira controlam a população pela boca. Imundos.
FIQUE SABENDO !!! Ótima matéria, Simon Jessop e Tommy Wilkes, mas acho que ela deveria ser complementada ...!!! VAMOS RACIOCINAR...  Que tal todos os correntistas, cito correntistas do mundo inteiro, que de alguma forma comem qualquer coisa produzida no BRASIL, que todos retirassem seu dinheiro dos bancos tipo um exemplo hipotético como o Barclays que é contra o AGRO BRASILEIRO, e colocassem em outros bancos que APOIAM ??? E ai pessoal o que acham disso ? Será que não comem soja ? milho ? trigo ? frango ? carne suína ou bovina ? SERÁ QUE NÃO COMEM ?
Barclays vai emprestar dinheiro para o consumidor para pagar caro nos alimentos. empresta dinheiro para esg que quebrar empresas
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.