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BrasilAgro fecha venda de fazenda em MT por R$589 mi, maior acordo já realizado pela empresa

Publicado 07.10.2021, 19:04
Atualizado 07.10.2021, 19:05
© Reuters. Trabalhos de colheita de soja em Nova Mutum, no Mato Grosso
REUTERS/Paulo Whitaker
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SÃO PAULO (Reuters) - A Brasilagro (SA:AGRO3) anunciou nesta quinta-feira a venda da Fazenda Alto Taquari, em Mato Grosso, por 589 milhões de reais, na maior negociação da história da companhia, à medida que os preços de commodities agrícolas, especialmente da soja, impulsionam os negócios imobiliários da empresa.

A propriedade de 3.723 hectares, sendo 2.694 hectares úteis, foi vendida por um preço 65% superior à avaliação da própria empresa, divulgada no último balanço, em agosto, informou a companhia em fato relevante.

Mas a dimensão do negócio fica mais clara --assim como o impacto dos preços das commodities agrícolas na valorização das terras-- quando se compara o valor que a BrasilAgro pagou, em 2007, pela área da fazenda vendida: apenas cerca de 30 milhões de reais.

Na época da aquisição da propriedade, a BrasilAgro pagou por cada hectare útil da Alto Taquari cerca de 320 sacas de soja, enquanto o negócio fechado agora precificou o hectare da propriedade no município de mesmo nome a 1.100 sacas, notou o CEO da BrasilAgro, André Guillaumon.

"Aproveitamos o bom momento das commodities e realizamos a vendas de ativos. Se não vende, não realiza (o lucro)", afirmou o executivo.

Ele acrescentou que investimentos feitos nos últimos anos também permitiram uma venda acima do valor de avaliação e com uma Taxa Interna de Retorno de quase 20%.

A título de comparação, a negociação superou o IPO da companhia realizado em 2006, quando a BrasilAgro arrecadou 582 milhões de reais. E mostra a atratividade do modelo de negócio da empresa, que mescla compra e venda de propriedades rurais e a produção de alimentos, fibras e bioenergia, disse o executivo.

Guillaumon considera que os preços das terras continuarão sustentados por cerca de dois anos, com a forte demanda da Ásia deixando firmes as cotações das commodities agrícolas.

Ele também salientou que os agricultores estão com boa posição financeira, após grandes colheitas a bons preços, o que permite negócios interessantes envolvendo terras.

"Hoje o produtor está capitalizado e muito líquido para comprar fazenda", disse.

A área vendida produz cana-de-açúcar e grãos.

Segundo a companhia, a entrega da posse das áreas e, consequentemente, o reconhecimento da receita de venda, será realizada em duas etapas: um total de 2.566 hectares (1.537 ha úteis) em outubro de 2021, no valor de 336 milhões de reais, e 1.157 hectares úteis em setembro de 2024, no valor de aproximadamente 253 milhões de reais.

Os ganhos com a primeira etapa do acordo serão contabilizados no atual ano-safra, disse o executivo, garantindo lucros no segmento imobiliário da empresa.

O comprador da área, cujo nome não foi revelado, já realizou o pagamento da primeira parcela, de 16,5 milhões de reais, e ainda este ano pagará outros 31,4 milhões de reais. O saldo remanescente é indexado em sacas de soja com pagamentos anuais.

© Reuters. Trabalhos de colheita de soja em Nova Mutum, no Mato Grosso
REUTERS/Paulo Whitaker

Esta é a segunda venda de fazenda anunciada pela BrasilAgro neste trimestre. A companhia comercializou por 130,1 milhões de reais parte da Fazenda Rio do Meio, localizada no município de Correntina, na Bahia. O valor foi equivalente a 250 sacas de soja por hectare útil.

Ao todo, a companhia já obteve com vendas de terras em sua história mais de 1,5 bilhão de reais e possui em seu portfólio cerca de 3,5 bilhões de reais em propriedades, disse o CEO.

 

(Por Roberto Samora)

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