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Chuva no Sul provocará recessão de 3,5% no agro do Brasil inteiro

Publicado 12.05.2024, 09:18
Chuva no Sul provocará recessão de 3,5% no agro do Brasil inteiro
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O agronegócio será o setor da economia mais impactado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Relatório elaborado pelo Bradesco (BVMF:BBDC4) estima que o desastre provocará uma recessão de 3,5% no agro nacional em 2024. O Estado representa 12,6% de todo o PIB (Produto Interno Bruto) agropecuário no país.

Os preços dos alimentos em todo país devem ser pressionados por causa dos prejuízos na safra gaúcha. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país, respondendo por 71% da produção. As cheias ligaram um alerta vermelho para o risco de desabastecimento nacional e o governo autorizou a importação emergencial do produto.

Além do arroz, o Rio Grande do Sul também é um dos maiores produtores nacionais de soja, trigo e carnes, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Neste momento, o Estado está no fim da colheita de verão e cerca de 70% da soja e 80% do arroz já foram colhidos.

De acordo com o Bradesco, supondo que metade do que não foi colhido tenha sido perdido nas lavouras por causa das enchentes, seriam 800 mil toneladas de arroz e 3,2 milhões de toneladas de soja a menos na produção brasileira de 2024. Ou seja, 7,5% da produção de arroz no Brasil e 2,2% de soja podem estar comprometidos.

O relatório ressalta que as estimativas são conservadoras, uma vez que não há como saber o comprometimento da parcela já colhida em fase de beneficiamento. No caso do trigo, o plantio só começou. Ainda há tempo para ser realizado na janela ideal –que vai até julho. Mas os danos em solo e as perdas do produtor de soja podem reduzir a intenção de plantio e a produtividade.

Além disso, o Estado respondeu por 12% dos abates de suínos e 9,5% dos abates de frangos em 2023. Com parte da produção impactada pelas enchentes, haverá outro impacto negativo, especialmente para suínos, que têm ciclo de criação mais longo.

As perdas no agronegócio podem ser ampliadas por causa dos problemas de logística, que afetam tanto o escoamento da safra, bem como impede a chegada de insumos. O entrave deve afetar sobretudo os segmentos de laticínios e carnes, que são mais perecíveis.

O cenário deve se refletir diretamente nos preços dos alimentos no país. O Bradesco lembra que em 2008, quando um ciclone subtropical atingiu o Rio Grande do Sul, os preços do arroz subiram cerca de 40% no atacado e 20% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em um mês.

Há também alguma preocupação com os preços da soja. Já houve queda da produção do grão neste ano no Brasil e possíveis perdas no Rio Grande do Sul resultariam em uma menor oferta no mercado doméstico.

Por causa disso, o Bradesco estima um impacto potencial de 0,2 ponto percentual na inflação deste ano, estimativa que considera uma alta de 5% da cotação da soja e um choque próximo de 20% do arroz no atacado.

CRESCIMENTO DO PAÍS EM XEQUE

Os dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a economia gaúcha foi de R$ 581,3 bilhões em 2021. O Estado representa a 4ª maior economia do país (6,5%). O banco Bradesco estimou em R$ 600 bilhões a atividade econômica do Estado em 2022.

Segundo a instituição financeira, o impacto do desastre sobre o PIB nacional deve ficar de 0,2 a 0,3 ponto percentual. A queda também pode colocar em xeque o crescimento econômico de 2% do Brasil previsto em 2024.

Analistas estimam que o PIB do Brasil terá crescimento de 2,05% em 2024, segundo o Boletim Focus, do BC (Banco Central). Portanto, uma redução de 0,3 ponto percentual levaria a expansão do PIB para algo perto de 1,75%, o que é uma desaceleração em relação a 2023, quando o Brasil avançou 2,9%.

De acordo com o estudo do Bradesco, será preciso analisar os dados de maio na atividade econômica, uma vez que a expectativa do banco é de normalização em junho. Uma extensão dos estragos derrubará ainda mais a projeção do PIB.

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