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Conab corta safras de soja e milho do Brasil em mais de 3%; vê salto no trigo

Publicado 08.02.2024, 09:08
Atualizado 08.02.2024, 10:39
© Reuters.
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SÃO PAULO (Reuters) - As previsões para as safras de soja e milho 2023/24 do Brasil foram reduzidas em mais de 3% nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu novo levantamento mensal, que citou prejuízos do comportamento climático às principais regiões produtoras do país.

A produção de soja no maior produtor e exportador global foi estimada em 149,4 milhões de toneladas, contra 155,27 milhões de toneladas previstas em janeiro (-3,8%). O volume projetado representa queda de 3,4% ante o ciclo 2022/23, já que o crescimento da área plantada de 2,3% compensou parte das perdas de produtividade.

"Esses extremos climáticos ocorridos durante o ciclo da soja impactaram diretamente no potencial produtivo da cultura, ocasionando redução na produtividade em praticamente todos os Estados produtores. A principal exceção, até o momento, é o Rio Grande do Sul, que após duas quebras de safras consecutivas ainda mantém boas perspectivas de produtividade...", disse a Conab.

A principais quebras de safra de soja na comparação com a temporada passada foram vistas em dois dos três principais produtores de soja do Brasil, o Mato Grosso e o Paraná, com reduções de 15,3% e 13,3%, respectivamente.

Para o Rio Grande do Sul, a expectativa é de aumento de 68%.

A Conab também cortou suas previsões para a primeira e segunda safras de milho. A produção total do cereal foi vista em 113,7 milhões de toneladas, ante 117,6 milhões na previsão anterior.

Na comparação com o recorde da temporada passada, a queda é ainda maior, de 13,8%, com a área plantada caindo 8,2%, para 20,4 milhões de hectares, em meio a preços mais baixos do cereal.

Em Mato Grosso, também o maior produtor de milho, a redução esperada é de 15,2% ante a temporada passada.

A Conab também lembrou que o "comportamento climático nas principais regiões produtoras, sobretudo para soja e milho primeira safra, vem afetando negativamente as lavouras, desde o plantio".

A colheita total de grãos na safra 2023/24 deve chegar a 299,8 milhões de toneladas, disse a Conab, abaixo das 306,4 milhões estimadas em janeiro e com uma queda de 6,3% frente ao volume obtido na safra passada.

Já para o algodão, o órgão estimou um recorde para a produção da pluma, chegando a 3,3 milhões de toneladas, acima dos 3,1 milhões previstos em janeiro.

EXPORTAÇÕES

Com a atualização na estimativa de produção da soja, a previsão de exportação foi reduzida em 4,29 milhões de toneladas na comparação com a previsão anterior, para 94,16 milhões de toneladas, versus recorde de 101,8 milhões em 2023.

Além disso, a Companhia realizou ajuste estatístico na quantidade da oleaginosa esmagada no país, totalizando aproximadamente 53,36 milhões de toneladas.

As vendas de milho ao mercado internacional também foram ajustadas em 3 milhões de toneladas na comparação com a previsão de janeiro, para 32 milhões de toneladas.

"Essa queda se explica não só pela atualização da safra estimada, bem como é influenciada pela maior oferta do grão disponível no mercado internacional, em meio à boa safra norte-americana", disse a Conab.

Na temporada anterior, com a grande produção, o Brasil exportou um recorde de 55,5 milhões de toneladas de milho, ganhando a posição de exportador número 1 dos EUA, o que tende a ser revertido em 2024.

Para o algodão, a projeção é de exportações de 2,48 milhões de toneladas, estáveis na comparação mensal, mas um forte avanço ante o ciclo passado (1,6 milhão de toneladas).

SALTO NO TRIGO

A Conab divulgou as primeiras estimativas para as culturas de inverno em 2024, apontando uma recuperação na safra de trigo, estimada em 10,2 milhões de toneladas, versus 8 milhões de toneladas na temporada passada (+26%), quando chuvas excessivas afetaram a qualidade.

Com isso, a importação de trigo pelo Brasil em 2024 deverá cair para 5 milhões de toneladas, ante 6,2 milhões de toneladas em 2023.

O plantio do cereal tem início a partir de fevereiro no Centro-Oeste, e ganhará força em meados de abril, no Paraná, e em maio, no Rio Grande do Sul, Estados que representam 82,7% da produção tritícola do país.

O Brasil também exporta volumes de trigo que não encontram demanda no mercado interno. A expectativa é de embarques para o exterior de 2 milhões de toneladas em 2024, estável na comparação com o ano passado.

(Por Letícia Fucuchima e Ana Mano e Roberto Samora)

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