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Elétricas pedem apoio do governo contra impactos do coronavírus no setor

Publicado 03.04.2020, 12:29
Atualizado 03.04.2020, 13:46
© Reuters. Linha de distribuição de energia no Rio de Janeiro (RJ)

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - Distribuidoras de energia do Brasil têm pedido ao governo um pacote de apoio devido aos efeitos do coronavírus sobre o setor que poderia envolver empréstimos emergenciais, inclusive do BNDES, além do uso de recursos do Tesouro e de fundos setoriais, sugeriram presidentes de elétricas nesta sexta-feira, durante debate promovido pela corretora XP Investimentos.

O pleito das empresas vem em meio à forte redução da demanda por eletricidade após medidas de isolamento adotadas para combater o vírus e devido à perspectiva de aumento significativo na inadimplência.

O presidente da consultoria PSR, Luiz Barroso, estimou que uma perda de receita de 20% para as distribuidoras com o menor consumo e a inadimplência poderia representar um "rombo" de 15 bilhões de reais para as empresas do segmento.

O presidente da Copel (SA:CPLE6), Daniel Slaviero, afirmou que as empresas ainda estão fazendo contas, mas avaliam que poderiam precisar de 15 bilhões a 17 bilhões de reais para atravessar as turbulências causadas pela pandemia no mercado.

No momento, as conversas das elétricas com o governo passam pela possível viabilização de empréstimos às distribuidoras, em operação que pode envolver o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse o presidente da Cemig (SA:CMIG4), Reynaldo Passanezi, acrescentando que a medida poderia ser a solução para parte dos problemas de caixa do setor.

Mas executivos de elétricas apontaram que outras fontes de recursos também poderiam compor o pacote de apoio.

O presidente da Energisa (SA:ENGI4), Ricardo Botelho, defendeu que "em situações como a presente o Estado deve agir" e pediu que o governo avalie também o uso de recursos do Tesouro para garantir a sustentabilidade das elétricas.

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Ele estimou ainda que entre 2,5 bilhões e 3 bilhões de reais que estão em fundos setoriais da indústria de energia voltados a diversas finalidades poderiam ajudar a bancar as medidas necessárias.

Por enquanto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) flexibilizou por 90 dias algumas obrigações das distribuidoras, como as relacionadas à leitura presencial do consumo e ao funcionamento de agências de atendimento ao público.

A agência, por outro lado, determinou que as concessionárias não poderão cortar o fornecimento durante esse período para clientes residenciais e empresas de ramos considerados serviços essenciais.

O movimento do regulador gerou nas distribuidoras preocupações com um possível aumento da inadimplência e de ligações ilegais de energia, os famosos "gatos", conhecidos no setor como perdas não-técnicas.

"Você tem naturalmente aumento de perdas (decorrente da atual situação). E agora que você flexibilizou o corte, as pessoas se acomodam e começam a não pagar suas contas. E na hora em que se acumulam as contas, o poder de pagamento das pessoas é limitado", disse o presidente da Equatorial Energia (SA:EQTL3), Augusto Miranda.

RETOMADA GRADUAL

Alguns dos executivos das elétricas ainda defenderam durante o debate promovido pela XP que a retomada do consumo de eletricidade após o fim das quarentenas ainda em vigor por todo o país deve ser gradual, e não um movimento explosivo, de demanda reprimida.

O presidente da Energisa lembrou que essa recuperação lenta foi observada no passado, como quando o Brasil passou por um racionamento de energia em 2001.

"Ainda não se sabe como será a curva de retomada da demanda, mas não deve ser uma recuperação em 'V', não deve ser um 'V' muito acentuado", disse Botelho.

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"No último racionamento o mercado ficou 10 anos (para retomar o nível de consumo visto antes). Esse 'V' não volta logo, ele demora", concordou Miranda, da Equatorial.

A carga de energia do sistema elétrico do Brasil tem caído fortemente desde as quarentenas, com o aumento no consumo residencial devido à adoção de trabalho remoto por muitas empresas não compensando o fechamento de comércios e redução de ritmo da indústria.

Desde o início das medidas de isolamento, a demanda tem caído até quase 20% na comparação com o período antes do agravamento da epidemia de coronavírus no país, o que tem levado o consumo de energia a registrar durante a semana níveis geralmente visto antes aos sábados e domingos.

DIVIDENDOS

As preocupações com os impactos do coronavírus sobre o setor de energia e a economia em geral têm feito as elétricas adotarem medidas para preservar caixa, como a revisão de pagamentos de dividendos e investimentos.

Na Energisa, há uma discussão em andamento sobre mudanças na política de dividendos a partir de agora, segundo Botelho.

A Equatorial também tem discutido com seu conselho a política de dividendos e suas projeções de investimento (Capex) e gastos operacionais (Opex), disse Miranda.

A presidente da Light (SA:LIGT3), Ana Marta Horta Veloso, disse que a companhia propôs aos acionistas "que os dividendos fiquem retidos em uma conta especial, dadas as incertezas da pandemia". A proposta será deliberada em assembleia.

A Copel foi "absolutamente conservadora" ao definir dividendos, apesar de uma expectativa anterior de aumentar a distribuição de recursos aos acionistas, disse Slaviero.

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A Neoenergia (SA:NEOE3), por outro lado, não tem planos de alterar sua política de dividendos por ora porque já previa uma distribuição "bastante conservadora" e ainda está com geração de caixa sólida, disse o CEO do grupo, Mario Ruiz-Tagle.

A elétrica EDP (SA:ENBR3) Brasil, do grupo português EDP, anunciou na semana passada uma redução dos dividendos referentes a 2019 e dos investimentos previstos para 2020.

Últimos comentários

bando de liberal fraco, a primeira coisa que fazem é pedir ajuda pro governo, quando tá tudo bem é Estado mínimo, quando vai mal ficam mendigando.
poiseh, se corta a luz de todos q não pagar o governo ñ deveria se meter
energia a preços de ouro, como se a qualidade fosse maravilhosa. Se as tarifas não fossem tão caras não haveria tanta inadimplência.
na minha opiniao é um setor que o governo não deve estender a mão agora. As empresas estão todas, sem excessão, com dinheiro em caixa. O governo tem que atuar na outra ponta. ajudando no retorno da demanda. ajudando os outros setores e principalmente os pobres. agora todos querem o afago da mão do Estado.Cortem os dividendos e em 2021 a gnt conversa. só a eletrobras que foi toda fodida nos governos dilma. teve 2 anos de lucros bilionarios. Não podemos aceitar tb que o tesouro nacional seja dilapidado.
Ladrões! Mas nas horas que dão lucros, não baixam as tarifas💰👎
Rapaiz essas distribuidoras são iguais crianças. Frágeis e pidonhas. Qualquer coisa que acontece já saí pedindo dinheiro. Ou são muito mal geridas ou mandam tudo o dinheiro pra outro país ou são mendigos do governo não é possível. Quem paga a conta no final são os consumidores afff
Os políticos se metem e proíbem corte de energia e tu quer o que? Qual a maneira deles cobrarem os clientes agora? No por favor?
Ata todo mundo abrindo excessão nessa pandemia, fazendo sacrifícios e as concessionárias querendo cortar! Certinho seu pensamento...
Todo mundo com o pires na "mão invisível".
se os petraliasss não tivessem doado 52 bilhões para ditadurasss . já resolveria muitos problemas !!!! I.DIOTAS U.TEIS
você tem alguma sugestão que seja útil . ? os petralhas já passaram o bastão a 5 anos . portanto é inútil este joguinho de de quem é a culpa . o ambiente onde se vive só muda a partir do momento que paramos de jogar uns contra outros e comecemos a falar de ideias . soluções ..é cansativo pensar né...
tentei ler o que você escreveu, mas só escutei mugido.
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