MANILA (Reuters) - Mineradoras de Brasil e Austrália não devem criar um cartel e concordar em reduzir a produção para levantar os preços, com a expectativa de que o enfraquecimento da demanda intensifique a competição, disse o Goldman Sachs.
"Os esforços para apoiar os preços via cortes voluntários de produção seriam contraproducentes. Na nossa visão, a competição no mercado de minério de ferro só pode se intensificar; esperamos que as disputas irão continuar enquanto os preços declinam gradualmente rumo à nossa previsão de 40 dólares por tonelada em 2017", disse o analista do Goldman Christian Lelong em relatório.
O minério de ferro caiu para a mínima em uma década de 46,70 dólares em abril e opera pouco acima de 60 dólares atualmente, menos da metade do pico do ano passado.
As principais mineradoras do mundo -Vale (SA:VALE5) e as australianas Rio Tinto (AX:RIO) e BHP Billiton (AX:BHP)- subiram a produção mesmo com o enfraquecimento da demanda em consumidores-chave como a China, o que fez os preços caírem, deixando produtores menores em dificuldades.
(Por Manolo Serapio Jr)