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Mercado vê térmicas a GNL com mais espaço no próximo leilão de energia A-5

Publicado 23.10.2015, 14:39
© Reuters.  Mercado vê térmicas a GNL com mais espaço no próximo leilão de energia A-5
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SÃO PAULO (Reuters) - O momento do mercado de Gás Natural Liquefeito (GNL), com preços em baixa e perspectiva de sobreoferta nos próximos anos, abre uma janela de oportunidade para que os investidores apostem na importação do combustível para abastecer termelétricas no Brasil, afirmaram especialistas.

O próximo leilão de energia que o país promoverá para a contratação de projetos de maior porte, agendado para fevereiro de 2016, terá 18,7 mil megawatts em usinas a gás natural, das quais a maior parte é de projetos que utilizarão GNL, segundo a estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

As usinas a gás natural representam mais que uma hidrelétrica de Itaipu em projetos, ou quase 40 por cento da capacidade inscrita para disputar o leilão, que contratará empreendimentos para início de operação em 2021.

"O mercado internacional de GNL está em um momento especial para interessados em comprar, em função de os preços terem caído e haver grande disponibilidade dos produtores em oferecer ofertas de contratação em níveis competitivos", afirmou diretor da consultoria Gas Energy, Ricardo Pinto.

Além disso, há uma expectativa de que o governo aproveite para contratar os projetos termelétricos, em uma busca por maior segurança para o sistema elétrico do Brasil, que enfrenta níveis baixos nos reservatórios das hidrelétricas há três anos e tem utilizado térmicas mais caras, a óleo diesel, para atender a demanda.

"Fica claro que a entrada do gás em nossa matriz (elétrica) passa a ser uma necessidade. Já chegamos em uma situação em que está evidente para todo mundo que vai haver necessidade de geração térmica permanente, e não só eventual", disse o consultor Paulo Cunha, da FGV Energia.

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O país já utiliza termelétricas a GNL, com a Petrobras (SA:PETR4) importando o combustível para regaseificá-lo em terminais locais, mas o cenário mais favorável no mercado deve tornar a opção mais segura e viável para investidores privados.

"O preço do GNL importado pela Petrobras já está parecido com o do gás doméstico e do gás boliviano. Será que esse preço vai ficar baixo por muito tempo e vai ter oferta grande para o Brasil? Minha visão é de que sim, no médio prazo há excesso de oferta no mercado internacional", analisou o professor do Grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GEE-UFRJ), Edmar de Almeida.

O GNL da Ásia é negociado perto de 7 dólares por milhão de BTU, próximo do preço de lançamento do produto, em 2010, uma mínima histórica de 6,75 dólares.

ENTRADA DOS GRANDES NOMES

Duas geradoras de menor porte --Bolognesi e GenPower-- venderam energia de projetos a GNL em leilões recentes, e a aposta dos especialistas é que o negócio passe a atrair os grandes nomes do mercado de energia.

"Observamos que há interesse de grupos maiores em também participar desse negocio, e isso podemos ver com certeza pelos projetos inscritos. Acho que é o momento, sim, desses grandes entrarem", disse Ricardo Pinto, da Gas Energy.

O grupo americano AES, com a controlada AES Tietê (SA:GETI4), é um dos que sinalizou forte interesse.

Nesta semana, o presidente da AES no Brasil, Britaldo Soares, afirmou que o cenário já permite fechar projetos bem equacionados envolvendo GNL, incluindo acordos para a regaseificação em terminais da Petrobras --a entrada no leilão dependerá apenas do preço teto a ser fixado pelo governo.

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Há, no entanto, alguns riscos a serem administrados pelos investidores, como a variação cambial, devido ao combustível e equipamentos importados, e o cenário econômico com maiores restrições de financiamento.

"A gente sabe que existe um risco atrelado a isso... pode haver também alguma dificuldade por conta do investimento (elevado necessário para as usinas), estamos com câmbio desfavorável nesse momento... mas a depender da equação, se for bem feita, é possível que um player maior queira apostar", apontou Paulo Cunha, da FGV.

(Por Luciano Costa)

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