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Rabobank estima recuo menos acentuado para próxima safra de café do Brasil

Publicado 25.11.2020, 16:49
Atualizado 25.11.2020, 16:50
© Reuters. Trabalhador seleciona café após colheita em Alfenas (MG)

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A safra brasileira de café 2021/22, a ser colhida no ano que vem, deverá atingir 60,7 milhões de sacas de 60 kg, queda de 10% ante as 67,5 milhões de sacas do ciclo anterior, apontou nesta quarta-feira o Rabobank, indicando um recuo menos acentuado para a próxima colheita do que o sinalizado por produtores e outras instituições.

O banco de investimentos Itaú BBA, por exemplo, trabalha com cenários que apontam uma quebra de 14% e 21% na próxima colheita do país, em função de chuvas inferiores à média e do ano de baixa no ciclo bienal de produção do grão arábica.

Já a associação de produtores Sincal vê a possibilidade de a produção de arábica do Brasil não atingir nem mesmo 20 milhões de sacas, enquanto o Rabobank vê a safra dessa variedade no ano que vem em 40,5 milhões de sacas, o que ainda assim seria uma queda de 17,3% ante 2020/21.

"Sempre somos mais conservadores antes de fazer reduções drásticas. Ano passado estivemos na mesma situação quando falamos que iria colher mais de 67 milhões de sacas", disse à Reuters o analista de café Guilherme Morya, do Rabobank, lembrando que poucos acreditaram naquela projeção no início.

"Depois, ao longo do ano, todas as instituições apontaram uma safra gigante, e só a Conab foi mais comedida. Acho que dessa vez não é muito diferente quando a gente comenta sobre um número mais conservador", afirmou, ao ser confrontado com afirmações de produtores, de que a seca em 2020 teria sido a pior já vivenciada pela cafeicultura, o que já levou o setor a pedir mais recursos para o governo.

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Segundo Morya, realmente houve uma seca, que "impactou um pouco mais algumas regiões do Sul de Minas (a principal produtora do país) e a Alta Mogiana", mas outras áreas tendem a compensar parcialmente os efeitos do clima e da bienalidade negativa esperada para o arábica em 2021.

"Tem um mosaico de situações no Sul de Minas... no Cerrado Mineiro, a situação é boa. Se fosse destacar de todas a regiões do Brasil, ele apresenta melhor condição de produzir", disse o especialista, referindo-se a uma área que produziu menos do que o potencial em 2020 e que, portanto, poderia ter amenizada a queda da bienalidade, que alterna anos de alta e baixa produtividade.

"E as Matas de Minas estão razoáveis. Acho que o Sul de Minas e Alta Mogiana é que causam preocupação maior. Aí chegamos em uma queda de 17% para a colheita do café arábica", disse.

Ele admitiu, porém, um viés de baixa na estimativa de arábica, quando ficarem mais claros os efeitos da seca, embora no caso do café robusta a situação seja a inversa, de uma alta na previsão.

"Quem está puxando é o conilon (robusta), e no conilon o que temos escutado são notícias positivas... tem potencial para repetir o excelente ano de 2018", disse ele, lembrando que não faltou água para irrigação.

A safra brasileira dessa variedade foi projetada em 20,2 milhões de sacas em 2021, ante 18,5 milhões no ano anterior.

O analista citou também o impacto negativo das podas em muitas áreas de arábica, realizadas por muitos produtores que viram menor potencial pela seca em 2021 e que estão preparando a lavoura para produzir mais em 2022.

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EXPORTAÇÕES MENORES

Enquanto o Brasil caminha para fechar o ano com exportações totais de café (incluindo industrializado) em recorde acima de 44 milhões de toneladas, refletindo o tamanho da safra de 2020, é possível que no ano que vem os embarques do maior exportador global fiquem em torno de 35 milhões de sacas, disse o analista.

"Pensando para o ano que vem, começa confortavél (o estoque), o que pode favorecer as exportações no primeiro semestre. No entanto, a partir do segundo semestre a retração na produção vai começar a aparecer nas exportações, aí começamos a ver o inverso deste ano, por conta do ciclo menor", comentou.

"Dado este cenário, não acreditamos que o patamar de 40 milhões de sacas possa se repetir, pode ser parecido com 2018, pode ser algo em torno de 35 milhões de sacas", acrescentou.

Últimos comentários

Mais cuidado com as informações e números de exportação de café pelo Brasil . Falar de " ... 44 milhões de toneladas ( sic ) de café " pelo Brasil, é um erro grosseiro, ( no lugar de " sacas de café 60 kg " ), que demonstra que NÃO houve a necessária revisão dos valores alardeados. Tudo isso contribui para desinformação e falta de credibilidade nas estimativas de safras de café, no Brasil e em todo o planeta.
Rodobank não sabe o que é nem um pé de café
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