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BC deve repetir alta de 0,75% da Selic nesta 4ª; economistas veem ambiente melhor

Publicado 03.05.2021, 15:45
Atualizado 03.05.2021, 21:31
© Reuters.
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Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - O Comitê de Política Monetária do Banco Central deve promover mais uma alta de 0,75% na taxa básica de juros, a Selic, nesta quarta-feira (5), como claramente posto na última comunicação da autoridade, disseram economistas ao Investing.com.

Segundo eles, as condições macroeconômicas estão levemente melhores do que na última reunião celebrada em março, com a curva de juros brasileiras um pouco menos inclinada e o real marginalmente menos desvalorizado, mas sem nenhum tipo de mudança relevante que leve o BC a surpreender o mercado com altas acima ou abaixo da magnitude da reunião anterior.

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Ainda assim, a alta ininterrupta dos preços das commodities e o respectivo impacto na inflação do país devem seguir como o principal ponto de atenção do BC, com as expectativas para o horizonte se aproximando rapidamente do teto da meta, de 5,25%

Nesta segunda-feira (3), o boletim Focus, elaborado pelo BC com profissionais do mercado, elevou a perspectiva para a inflação no final do ano para 5,05%, enquanto a Selic esperada ficou em 5,5%.

Para 2022, os economistas esperam um IPCA de 3,61%, com uma taxa básica de juros em 6,25%.

O que esperar da comunicação

Na ata do último Copom, divulgada em 23 de março, a autoridade monetária apontou ter julgado adequada a elevação da taxa em 0,75% e indicou que poderia adotar um "ajuste da mesma magnitude", para 3,5% ao ano esta semana.

Marília Fontes, sócio-fundadora da Nord Research e analista de renda fixa, aponta que o BC pode repetir a estratégia de comunicação, de antecipar com clareza o provável movimento da próxima reunião.

Para ela, a autoridade monetária deve manter o mesmo tom que as últimas comunicações tanto em relação à alta da inflação como da retomada ainda lenta da economia, com poucas mudanças significativas no tom.

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Na ata, o BC indicou "incertezas" em relação ao desempenho da economia brasileira no primeiro e segundo trimestre, mas ainda prevendo uma retomada consistente da atividade à medida que a vacinação contra a Covid-19 avança no país.

De olho na inflação

Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama, aponta que a alta de 0,6% do IPCA-15 de abril, divulgada na última semana, deu mais conforto para que o BC siga com a alta prometida de 0,75% e não precise acelerar para 1%, como posto por uma parte minoritária do mercado.

“Não estamos vivendo uma situação de descontrole inflacionário e uma alta de maior magnitude da taxa de juros traz efeitos colaterais sobre a atividade econômica”, aponta.

Na mesma linha, os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS), em relatório da última semana, apontaram que as pressões inflacionárias vindas da alta das commodities mantêm a certeza da continuação do ciclo de alta dos juros, mas a diminuição da incerteza fiscal e um comportamento melhor do câmbio, “ainda que frágil”, tiraram a pressão para uma alta mais agressiva na próxima reunião.

Orçamento

Segundo os economistas, a aprovação do Orçamento pelo Congresso, após semanas de desentendimentos, ajudou a mitigar parte do nervosismo do mercado referente ao fiscal, mas isso não quer dizer que a situação esteja de qualquer maneira mais confortável.

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Para Étore Sanchez, apesar da divulgação oficial do texto, a tensão e o risco por conta das públicas continuam precificadas e devem levar a autoridade monetária a deixar a porta aberto para a magnitude do corte na próxima reunião.

“Na reunião anterior, o BC queria mostrar austeridade numa posição mais célere. Mas agora as expectativas estão ancoradas. O ritmo de elevação de juros parece adequado, mas dependerá dos dados do próximo intervalo”, aponta.

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