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Manutenção da incerteza pode levar BC a reduzir cortes de juros, aponta Campos Neto

Publicado 17.04.2024, 13:30
Atualizado 17.04.2024, 15:05
© Reuters

Bernardo Caram

(Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira que uma manutenção do cenário de incerteza elevada pode significar uma redução do ritmo de afrouxamento monetário promovido pela autarquia na tentativa de controlar a inflação.

Em evento com investidores em Washington, nos Estados Unidos, Campos Neto mencionou a recente reprecificação de ativos com a deterioração do cenário internacional e percepção sobre riscos fiscais no Brasil, apresentando uma espécie de guia sobre os próximos passos do BC a depender da evolução do cenário.

"Poderia haver uma redução da incerteza, o que significa que seguiríamos o caminho usual. Poderíamos ter um sistema no qual a incerteza continua a ser muito alta e não muda significativamente, o que pode significar uma redução no passo", afirmou.

"Poderíamos ter um cenário no qual a incerteza começa a afetar mais fortemente variáveis importantes, e aí precisaríamos falar sobre mudar o balanço de riscos. E poderíamos ter cenário no qual a incerteza na verdade se agrava, criando estresse global e, nesse caso, mudaríamos nosso cenário base", prosseguiu.

Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) encurtou sua orientação futura para os juros básicos em meio a maiores incertezas, afirmando que antevia mais um corte de 0,50 ponto percentual na Selic se confirmado o cenário esperado. Atualmente, a taxa está em 10,75% ao ano, após seis cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual.

Apesar da mudança na orientação, o BC enfatizou na ocasião que seu cenário base não havia se alterado substancialmente. Nesta quarta, Campos Neto disse que é cedo para falar em mudanças estruturais e afirmou ser necessário aguardar a evolução de variáveis até a próxima reunião do Copom, nos dias 7 e 8 de maio.

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O presidente do BC destacou que a maior parte das incertezas no atual cenário é global, com maior chance de manutenção de juros elevados por mais tempo em economias avançadas, mas também mencionou riscos fiscais domésticos após afrouxamento da meta de resultado primário para 2025. Segundo ele, parte dessas incertezas já havia sido antecipada pelo BC em suas recentes comunicações.

O encontro de Campos Neto com investidores na capital norte-americana seria fechado e sem transmissão, pela previsão inicial, mas depois o BC anunciou a abertura do evento.

No evento, ele enfatizou que o BC não terá medo de fazer o que é preciso para alcançar suas metas, ainda que eventuais mudanças na orientação futura da autarquia possam gerar problema de credibilidade.

"Todo 'guidance' tem um 'disclaimer', o que significa que se a situação mudar substancialmente nós devemos avaliar", afirmou.

"Toda vez que você tem um ‘guidance’ e precisa mudar é um problema de credibilidade, mas todo ‘guidance’, por você não saber o futuro com certeza, vem com um 'disclaimer'".

FISCAL

O anúncio do governo de que perseguirá metas fiscais menos ousadas nos próximos anos foi mal recebido pelo mercado e, aliado a fatores externos, deteriorou indicadores e gerou desvalorização do real.

No evento, Campos Neto afirmou que o Brasil tem uma taxa de câmbio flutuante e por isso o BC só deve intervir no dólar em casos de disfuncionalidades, acrescentando que a autoridade monetária não reage a reprecificações de prêmio de risco por parte dos mercados.

Após a decisão da equipe econômica sobre a meta fiscal, a curva de juros brasileira passou a precificar na terça-feira 51% de chance de o Copom cortar a taxa básica Selic em apenas 0,25 ponto percentual em maio, e não em 0,50 ponto percentual como vinha sendo precificado.

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Sobre o tema, o presidente do BC afirmou que é preciso entender como a recente mudança na meta fiscal para 2025 afetará a função de reação da autoridade monetária.

Campos Neto disse que perdas de credibilidade ou questionamentos sobre a âncora fiscal elevam o custo do lado monetário. Ele reforçou que não há relação mecânica entre o fiscal e o patamar dos juros, mas destacou que maiores prêmios de risco cobrados pelo mercado em meio ao pessimismo podem "dificultar" a condução da política monetária.

"Não é papel do Banco Central dar recomendação sobre o fiscal, o que eu diria é que, em geral, quanto mais transparente você é quando tem que mudar algo, menor o dano que você gera à credibilidade", disse.

Na apresentação, ele voltou a afirmar que as expectativas para a inflação seguem desancoradas no Brasil e disse que o BC não vai reagir a dados pontuais, como os números recentes mais positivos sobre a evolução dos preços, devendo avaliar a tendência dos dados.

(Reportagem adicional de Luana Maria Benedito)

Últimos comentários

Ano que vem com presidente novo vai andar. Não importa a infração. O importante é Selic a 2%.
se Selic cair apenas 0.25 varejo afunda. se cortar 0,50 varejo cai leve
Até final de 24 o Brasil se mantém. O furacão vira quando RCN sair do banco central.
Volta, Meireles. Chega de pilantras como RCN, Jegues e Mantega!!!!
De tanto o lule pedir pra baixar os juros, quando ele colocar o indicado dele no Bacen o cara vai ser obrigado a subir os juros diante da situação de inflação e rombo altos.
Eu 'as vezes leio os comentários... já li de tudo. Lembro de um que sugeria o gasto sem limite.... etc etc e que isso traria progresso ao Brasil. Pensei, este caminho a Argentina experimentou e vimos o que deu.
Canalhas fora Campos neto
Parabens Hadad chegou onde o mercado gosta…. Juros baixos nunca mais…..
Eu tenho minhas dúvidas Sr. RC quanto à inflação no país agora. Sinceramente... Vc sabe o porquê.
chover no molhado! quem defendeu Lula e PT não desejava um Brasil melhor mas colocar as mãos no dinheiro público. tudo continua caro e não tem pandemia! sem falar que a gasolina já deveria ter sido reajustada e não foi,ou seja estão maquiando a situação para aparecer que está melhorando mas não está
meu medo é de quando o campos neto sair do cargo, o Lula vai tentar dominar o seu sussessor e afundar nosso país
extrema direita prefere destruir o Brasil que está com PT do que pensar na economia como um todo
O PT não faz o básico que é dever de casa. Basta reduzir gasto ao invés de aumentar. Para de procurar a culpa nos outros e olhe para si mesmo.
DOLAR A 7 ?? DE - LI - CI - A !!
NÃO FALA M3RDA!
Em breve teremos um presidente do BC adepto da doutrina do 💘💋🫂🐇 e isso faz diferença. Chega de BolsoMané ressentido.
FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFAAAAAAAAAAAAAAAAAAAZZZZZZZZZZZZUUUUUUUUUUEEEEEEEEELLLLLLLLLIIIII !
Ibovespa afundando no abismo. Lá fora subindo horrores. Aqui já era pra esta 140 mil pontos. Canalhas fedorentos. Ainda bem que essa praga vai embora em dezembro. Janeiro tem novo presidente vai andar a Selic. Canalhas
O certo é levar a Selic até uns 9 a 8,5% pelo menos, ficou nos 13,75% por mais tempo do que deveria e causou um aumento brutal de RJs com aumento de desemprego, a verdade é que o BC errou feio em levar até 2% e errou mais ainda ao deixar muito tempo nos 13,75%, a economia precisa respirar, pois juros altos por tempo demais são extremamente nocivos, isso sem falar que no Brasil não existe inflação de demanda e nesse caso aumento de juros é pouco efetivo, esse tema de juros nos mostrou que os fanáticos petistas e bolsonaristas não entendem nada de economia e defendem suas posições apenas por ideologia sem nenhum fundamento técnico
Deixem de mimimi, o cara não falou nada demais, nem de menos. É óbvio que com um cenário de incerteza, ninguém pode ter certeza de nada. Os juros pagos no Brasil tem relação direta com os juros pagos pelo FED.
Até quando vc parece certo está errado
Volta, Meirelles!!!!
até o companheiro palloci era melhor p ministro da economia. Só que ele está c o filme queimado porque expos a sanha petista por dinheiro.
Fala logo campos neto o lula e o Haddad tá ferrando tudo
Lularapio o gastador do dinheiro público tudo tem custo juros altos
Bom assim, o que já rendia rendem mais...
acho que Campos Neto deveria cair fora deste BC e deixar este governo indicar quem ele acha nelhor porque no final ele será depois considerado pior diretor BC da história petista kkkk
Esta sendo o melhor do mundo reconhecidamente.. que define juros e o governo não o BC. quanto mais o governo gasta se endividado maior o juros, simples assim. E como qualquer pessoa, se eu gasto mais do que ganho que me emprestar dinheiro vai cobrar um juros maior pelo risco de eu não pagar.
diagnóstico correto!!
Edy, petista não entende isso, nunca estudaram nada de economia, só sabem tirar dinheiro do povo, essa é a base econômica do comunismo.
Temos o filhote de Fidel na presidência, ele nunca fará a coisa certa! Parabéns a quem dez o L.
O dólar sobe quando o BC corta a Selic, aí está o problema. É um dilema pois a inflação retorna quando o dólar se valoriza. Por outro lado o mercado de trabalho está aquecido, a verdade é que a Selic mais baixa não está fazendo falta pra economia, nem mesmo pra bolsa que está se mantendo bem acima dos 100 mil pontos. É o que dá.
Conceito correto, mas parece que vc está se contentando com pouco. É bom B3 acima de SÓ 100mil ptos. Inflação retorna QDO dólar se VALORIZA, e realmente isso acontece se a SELIC cair, com este cenário lá fora. SELIC não deve cair, enquanto não zerar o déficit, mas a queda dela SEMPRE faz falta, tanto pra reduzir os juros nas compras das famílias, quanto para o país pagar menos juros sobre a própria dívida.
corrigindo. QUANDO DÓLAR SE DESVALORIZA*
COM O NINE ?? NÃO ERA NEM PRA TER CAIDO !! AGORA O MERCADO ISENTÃO BUNDA MOLE ACORDOU !!
A certeza da incompetência do Paulo Offshore Golpista Miguedes fez a FakeLIC de 2% ir para 13% rapidinho. Eis a explicação...
quem está no poder agora? a única coisa que fazem é terceirizar a culpa das m* que estão fazendo....
O BC é independente e tem que falar na lata… 0,25 e parar no 10 % ,sendo data dependente.Olho no FeD e no sapo, digo governo brasilhenho
governo gastador, não consegue equilibrar as contas depois culpa o BC pelas m* que faz.
Em 2025 o objetivo é a dominância fiscal e perda do patrimônio do controle da inflação… o resto é conteúdo patrocindo por interesses do atual governo.
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