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Projeções de inflação do BC sinalizam uma queda menor dos juros

Publicado 04.04.2024, 05:11
Atualizado 04.04.2024, 08:41
© Reuters.  Projeções de inflação do BC sinalizam uma queda menor dos juros

A trajetória da inflação prevista pelo Banco Central deve levar a um aumento das projeções do mercado para a taxa Selic no final deste e do próximo ano, avaliam os economistas. Ou seja, os juros devem cair menos do que se esperava. A leitura dos analistas é que os patamares de 9% para a Selic em dezembro, e de 8,5% no fim de 2025, como indicado pelas medianas da pesquisa Focus, serão insuficientes para fazer com que o IPCA convirja para o centro da meta, de 3%.

Essa percepção ganhou força depois da divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do BC, na semana passada. No cenário de referência, o BC estimou que a inflação fecharia este ano em 3,5%, cairia a 3,2% em 2025, e repetiria a mesma taxa em 2026. Isso significaria que, com a trajetória da taxa Selic indicada no relatório Focus, a autoridade monetária não vê o IPCA convergindo para o centro da meta, que é de 3%.

Ciclo menor

"A mensagem que veio das projeções do RTI, de inflação acima da meta dois anos à frente, é que não parece ser possível a Selic cair até 8,5%, que o ciclo teria de parar antes", diz Alexandre Schwartsman, ex-diretor do BC e consultor da A.C. Pastore & Associados. "Do ponto de vista de mercado, já houve uma reavaliação a esse respeito: a curva não coloca mais 9% como uma Selic terminal possível."

O nível da taxa Selic precificado pela curva de juros tem oscilado ao redor de 9,75% desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), há duas semanas, enquanto o boletim Focus ainda não se moveu. Como mostrou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o colegiado tentou usar a ata, divulgada em 26 de março, para mostrar que seu cenário-base para o juro no fim do ciclo estava preservado, mas não convenceu o mercado.

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Para Schwartsman, o atraso nos ajustes das projeções é natural pela forma de apuração do Focus, mas a tendência continua sendo de elevação das medianas. Uma Selic de 8,5% no fim do ano que vem, com IPCA de 3,5%, como indica a mediana, representaria juro real de 5% - apenas um pouco acima da taxa neutra calculada pelo próprio BC, de 4,5%, e em linha com a estimativa de boa parte do mercado.

"Se a projeção para a inflação segue acima da meta e para reduzi-la à meta você precisa de um juro real maior do que o neutro, estamos vendo que o juro terminal claramente não será 8,5%", diz Schwartsman, que espera Selic de 9,25% no fim de 2025.

Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe da G5 Partners, considera "bem possível" um aumento da mediana da Selic no fim deste ano, de 9% para 9,25%, na próxima edição do Focus. As projeções do relatório trimestral sugerem, diz ele, que seria necessário uma taxa entre 9,5% e 9,75% no fim deste ano para promover a convergência da inflação à meta.

Mesmo assim, Leal mantém a projeção da Selic a 9% no fim deste ano, com um corte de 0,5 ponto porcentual em maio, seguido por cinco baixas de 0,25 ponto. Interromper a redução dos juros ainda no primeiro semestre, em sua visão, poderia colocar o BC sob pressão na segunda metade do ano, quando o governo escolherá o próximo presidente da autarquia.

"O modelo do BC não está convergindo não só por causa da trajetória de juros do Focus, mas também por causa das expectativas de inflação, que estão acima da meta. E por quê? Porque ninguém sabe que BC estará aí a partir de janeiro. Se o BC parar de cortar juros agora, essa vai ser uma profecia autorrealizável: você aumenta a chance de ter um nome heterodoxo e, aí, as expectativas não caem mesmo."

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Risco

A diretora de macroeconomia para o Brasil no UBS Global Wealth Management, Solange Srour, acredita que a mediana do Focus para a Selic não deve mostrar grandes mudanças por ora. Segundo ela, é mais provável que os economistas esperem mais dados de inflação subjacente para ver a evolução da relação entre o mercado de trabalho aquecido e os preços de serviços, uma das incertezas apontadas pelo BC.

"Com base no nosso cenário, parece que a Selic terminal daria para ser menor que 9,75%, mas depois de um discurso que mostra uma certa divisão no Copom, dados mais fortes de mercado de trabalho, PIB dos Estados Unidos e discursos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mais duros, o risco está para ser mais alto do que ser mais baixo", diz, observando que a precificação da Selic em torno de 9,75% pode ser um nível restritivo demais. "Mas é um patamar mais condizente com os dados e a comunicação recente do que os 9% do Focus."

Segundo ela, o que vai determinar qual número está mais próximo da realidade são os dados dos próximos meses, e, principalmente, quando terá início a queda de juros pelo Fed. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Com mercado de trabalho em alta o espaço para redução segue pequeno. Se o BC com indicado de Lula tentar forçar uma redução forte, o dólar dispara, a inflação corroe o poder de compra e em pouco tempo a recessão com desemprego chega.
Em janeiro teremos o testa de ferro do governo no banco central. Aí não vai ter Mimi. Selic vai a 5%,..O mercado gostando ou não. É bala pra cima 🚀🚀🚀
SELIC a 5% inflação termina ano que vem em 20%
só por 6 meses. depois a realidade bate na porta cobrando seus dividendos.
Quem ratifica as informações da reportagem, os economistas Schwartsman e Srour, ora entrevistados, se fossem consultados a um ano atrás e serem consultados daqui a um ano, teram a mesma opinião. Monetaristas até a medula, sempre ao lado do "mercado", querem juros reais de 6/7% no minimo e vão trabalhar para os patrões sempre. Não estamos condenados a pagar os maiores juros reais do mundo, como o atual presidente do BC pratica, defende e tem apoio da banca, desses economistas e da imprensa cooptada, que critica qualquer despesa publica, menos os juros exorbitantes que pagamos.
Filhote de gênio. Bastava vc, o PT, os petistas, LULE e HADDAD entenderem que o maior devedor do mercado é o próprio governo, por isso se o governo zera o déficit é possível reduzir RAPIDAMENTE a SELIC.
afrouxamento fiscal, afrouxamento monetário tiram $$$ do país, desvalorizam o dólar, reduzem emprego, renda e fazem inflação DISPARAR. SIMPLES ASSIM.
Acho engraçado que os petistas criticam tanto o RCN, mas o governo poderia ter tentando tirar ele do cargo logo que assumiu e nunca tentou. Pq? Era só o chefe do Conselho Monetário, o Taxad no caso, ter mandado uma carta pro Lula pedindo a exoneração do RCN por não ter batido a meta da inflação em 2021 e 2022. Daí o Senado iria votar a favor ou não. Só isso. Minha teoria é que eles sabem que o BC está fazendo um ótimo trabalho, reconhecido internacionalmente, mas tentam terceirizar a culpa da estagnação econômica na figura do RCN, por ele ter sido indicado pelo Bolsonaro. Quero ver se vão ter coragem de fazer grandes cortes nos juros quando assumirem o BC.
Exatamente o contrário de uma matéria abaixo
Reduzir SELIC agora com deficit em alta, petróleo em alta commodities em alta, impostos em alta é REPETIR GOVERNO DILMA, o pior da HISTÓRIA
SEM CORTAR GASTOS, REDUZIR SELIC É SUICÍDIO. Óbvio que governo gasta com pagamento de juros, mas é o preço a pagar pra manter inflação sob controle. NUM GOVERNO PETISTA QUE SE RECISA A COETAR GASTOS E IMPOSTOS é muito provável que os juros terminem o governo na casa de 8%, se HADDAD não fizer alguma mágica.
se RECUSA a CORTAR...*
Para zero surpresa o ressentido RCN vai continuar sabotando os eleitores que oPTaram pelo 💞💋🐇
🤣🤣🤣 Falando que o retardado quer diminuir ao invés de aumentar, plano nazista em execução
Falar ,💩 até papagaio fala. Raciocínio lógico é um tiquinho mais difícil
Voltamos a normalidade... Aguardar o cenário externo com taxas realistas e não com o absurdo anterior.
BC tem que agir rápido e interromper a queda de juros. Gastos públicos fora do controle, déficit primário crescente, inflação em alta. Esse governo acabou
Eduardo você sabe. Os outros tem um conhecimento limitado... repetem o que a mídia é influenciadores determinam
Vixi teve até que chamar um macho para passar a giromba
Feliz aquele que oPTou por mudanças.
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