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Selic: Copom tende a cortar taxa de juros em 0,5 ponto percentual nesta quarta

Publicado 29.01.2024, 16:20
© Reuters.
BAC
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Investing.com – O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia nesta terça-feira, 30, a reunião de dois dias para decidir os rumos da taxa de juros básica da economia brasileira. A expectativa de consenso é de que haja um corte na Selic em 0,5 ponto porcentual, que iria de 11,75% para 11,25% ao ano. Na última reunião, também em dezembro, o Copom reduziu os juros nesta mesma magnitude.

Economistas estarão atentos ao teor do comunicado – se autoridade monetária vai indicar se seguirá ou não o mesmo ritmo nas próximas decisões. Economistas consultados pelo Investing.com Brasil acreditam em uma abordagem mais cautelosa, tendo em vista que o centro meta de inflação para este ano foi reduzido de 3,25% para 3%, ainda com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Raphael Moses, professor de economia do Coppead/UFRJ, concorda com a projeção do mercado de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões e acredita que a Selic deve ficar entre 9% e 9,5% ao final do ano. A piora no índice de difusão e na inflação de serviços são pontos que ainda serão monitorados, completa Moses. Em janeiro, a prévia da inflação brasileira medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo de meio mês, o (IPCA-15), subiu 0,31%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Não só na próxima reunião, mas a de março também deve ter um corte de 0,5 ponto percentual. Entre os principais motivos, a inflação brasileira medida pelo IPCA-15 foi boa em números, mas não foi tão boa assim em composição. Além disso, as condições internacionais têm mostrado melhora na questão inflacionária, sem expectativa de alta nos juros americanos. Por último, a situação fiscal tem mostrado progresso, apesar de ser um ponto que levanta preocupações e traz mais incertezas”, detalha.

Nada indica uma aceleração nos cortes, para 0,75 ponto percentual, por exemplo, no entendimento de Moses, devido à composição da inflação - a não ser que os próximos dados locais e internacionais melhorem muito. “É muito difícil atingir a meta de 3% em 2024, mas a inflação não deve passar do teto da meta de 4,5%, dentro do limite”, completa, ao estimar entre 3,5% e 4% para o IPCA ao final do ao.

Robson Pereira, economista-chefe da Brasilprev, também está alinhado com a expectativa de mercado para essa decisão diante de um cenário global mais favorável para a inflação, mas pondera que ainda permeiam incertezas geopolíticas e sobre a política monetária americana.

“Nós ainda encontramos um quadro de expectativas desancoradas para 2025 e 2026, em que a atividade económica dá sinais de moderação, mas o mercado de trabalho ainda está bastante robusto”, aponta.

“Não que os salários estejam pressionando a inflação, mas é um quadro em que o mercado de trabalho ainda robusto pode apresentar alguns riscos para a inflação”, contrapõe o especialista, que também reforça a desancoragem das expectativas como fator preocupante.

Como a definição sobre os cortes nos juros dos Estados Unidos ainda não ocorreu, os próximos passos do Copom dependem também das decisões do Fed, segundo Pereira, indicando que a autoridade monetária brasileira seguirá cautelosa e pode retirar o plural sobre o que fará nas próximas decisões para evitar se comprometer. A Brasilprev estima Selic de 9,5% e IPCA de 4,2% ao final deste ano.

Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) afirmou que o risco fiscal e a intensificação dos conflitos geopolíticos devem justificar a manutenção do ritmo. “Precisamos estar atentos a quaisquer sinais vindos dos novos conselheiros, nomeadamente Paulo Picchetti e Rodrigo Alves, já que esta esta é a sua primeira reunião. A política monetária continua e bastante longe dos 4,5% que o Banco Central entende como neutros”, conclui o BofA, que projeta IPCA de 3,4% em 2024.

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