Por Camila Moreira
SÃO PAULO (Reuters) - As vendas no varejo brasileiro voltaram a subir em abril impulsionadas pelos setores de supermercados, artigos de uso pessoal e vestuário, porém abaixo do esperado e ainda insuficiente para reverter a tendência de queda diante do cenário de recessão econômica com inflação alta.
As vendas varejistas subiram 0,5 por cento em abril na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
Em relação a abril do ano passado, as vendas registraram queda de 6,7 por cento, 13ª taxa negativa nesse tipo de comparação.
O resultado de abril sobre março ficou abaixo da expectativas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,65 por cento, mas o dado anual igualou a mediana das projeções.
O IBGE apontou que, entre as atividades pesquisadas, o destaque em abril foi Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor com maior peso na estrutura do comércio varejista, que apresentou alta mensal das vendas de 1 por cento, após recuo em março de 1,4 por cento.
Também influenciou positivamente o resultado as atividades Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com alta de 2,8 por cento em abril contra queda de 1,9 por cento no mês anterior, e Tecidos, vestuário e calçados, com avanço de 3,7 por cento depois de recuo em março de 4,7 por cento.
O volume de vendas do varejo ampliado --que inclui veículos e material de construção-- teve queda de 1,4 por cento no volume de vendas em abril.
O setor varejista no Brasil vem sofrendo com o cenário de recessão e aumento do desemprego no Brasil, ao mesmo tempo com inflação elevada.