Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 29 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Manchetes sobre comércio permanecem em foco
Os mercados estarão atentos a mais manchetes relacionadas ao comércio, já que o otimismo em relação ao acordo comercial entre os EUA e o México deu lugar à cautela antes de um iminente prazo na disputa comercial entre China e EUA.
Em Washington, a ministra de Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, estava em negociações para Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês) após o acordo de segunda-feira entre os Estados Unidos e o México.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que ele poderia prosseguir com o México sozinho e cobrar tarifas sobre o Canadá caso este país não concorde com os termos de comércio revistos.
No entanto, mesmo que Trump ficasse com o México sozinho, o Congresso teria que aprovar o acordo em um processo que levaria meses e o colocaria além das eleições intermediárias.
A Casa Branca também disse que quer resolver o NAFTA antes de lidar com a China, sugerindo que a disputa comercial pode durar até 2019.
O prazo para comentários públicos sobre o aumento das tarifas do governo Trump sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses é 5 de setembro, daqui menos de uma semana.
2. PIB dos EUA no 2º tri - segunda estimativa
Os investidores terão um dos maiores relatórios econômicos da semana quando a segunda estimativa do PIB dos EUA do segundo trimestre for divulgada às 09h30 da manhã.
Espera-se que os dados mostrem que a economia cresceu a uma taxa anual de {{ec-375||4,0%}} no trimestre de abril a junho, uma ligeira revisão para baixo de uma estimativa preliminar de 4,1%.
Seria a taxa mais alta de crescimento desde o terceiro trimestre de 2014.
A atual expansão econômica dos EUA, já a segunda mais longa já registrada, recebeu combustível extra na forma de grandes cortes de impostos, o que ajudará a manter muito baixas as chances de uma grande desaceleração no restante do ano.
Além do relatório do PIB, o calendário econômico de hoje também apresenta a leitura de julho sobre as vendas pendentes de imóveis, que têm previsão de aumento de 0,3% em relação ao mês anterior.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, estava em alta modesta e marcava 94,75, afastando-se de 94,34, mínima atingida durante a noite que foi o nível mais fraco desde 1º de agosto.
No mercado de títulos, os preços dos títulos do Tesouro dos EUA caíam, empurrando os rendimentos para cima de forma geral. O rendimento do título com vencimento em 10 anos estava em torno de 2,87% enquanto o rendimento do título de 2 anos estava em 2,66%.
3. Mercado futuro dos EUA aponta para outro pregão sólido
Os índices futuros de bolsas dos EUA estavam em alta, sugerindo que o mercado de capitais poderia se aprofundar ainda mais em território de recorde, com os principais índices apontando para seu quarto avanço consecutivo.
Às 06h30, o índice blue chip futuros do Dow subia 20 pontos, ou cerca de 0,1%, os futuros do S&P 500 avançavam 3 pontos, ou cerca de 0,1%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 indicava ganho de 19 pontos ou cerca de 0,3%.
Wall Street fechou a terça-feira em ligeira alta, com o S&P 500 e o Nasdaq encerrando com recordes pela terceira sessão consecutiva.
As negociações do dia podem ser leves, o que é típico para o final de agosto, pois serve como a última semana não oficial do verão antes do feriado do Dia do Trabalho nos EUA.
Já na Europa, as principais bolsas da região estavam praticamente inalteradas em meio às negociações tranquilas na metade da manhã, com a maioria dos setores se movendo em direções opostas.
Mais cedo, na Ásia, os mercados encerraram o dia em diferentes direções.
4. Última onda de resultados
A temporada de resultados do segundo trimestre está chegando ao fim, mas hoje são esperados resultados de algumas empresas notáveis.
Antes da abertura, são esperados balanços de Brown Forman (NYSE:BFb), Dick’s Sporting Goods (NYSE:DKS), American Eagle Outfitters (NYSE:AEO) e Express (NYSE:EXPR).
Após o fechamento, Salesforce.com (NYSE:CRM), PVH (NYSE:PVH) e Guess (NYSE:GES) estão em pauta.
O resultados da CRM serão estudados para analisar o impacto da recente aquisição da MuleSoft pela empresa, o maior negócio de sua história.
5. Relatório semanal de estoques de petróleo da EIA
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial de oferta de petróleo referente à semana encerrada em 24 de agosto às 11h30 desta quarta-feira.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram aumento de 38.000 barris na semana passada.
Os contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate avançavam US$ 0,25 para US$ 68,78 o barril.
Os contratos futuros de petróleo Brent, referência internacional, estavam cotados a US$ 76,50 o barril, alta de US$ 0,21 em relação ao último fechamento.
Os contratos futuros de petróleo ganhavam sustentação devido à queda na oferta por do Irã antes das sanções dos EUA, que vão começar a atingir sua indústria de petróleo a partir de novembro.