Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

BC e Economia defendem que PIB privado já mudou nome do jogo, mas retomada na ponta ainda levará tempo

Publicado 11.11.2019, 16:18
Atualizado 11.11.2019, 16:21
BC e Economia defendem que PIB privado já mudou nome do jogo, mas retomada na ponta ainda levará tempo

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Economia e o Banco Central têm martelado em uníssono que, apesar de o crescimento econômico ainda ser lento, está sendo guiado pela primeira vez pelo setor privado enquanto o PIB do governo cai, o que engatilhará uma atividade mais robusta à frente.

Para economistas ouvidos pela Reuters, a direção é essa e está correta. Mas, para a mudança se refletir em mais emprego e renda na ponta, os brasileiros ainda vão ter que esperar.

Dados compilados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia mostram que o PIB privado subiu 2,22% no trimestre encerrado em junho, na comparação interanual, enquanto o PIB do governo exibiu um recuo de 1,56%.

Cinco anos antes, no trimestre encerrado em junho de 2014, o PIB privado caía 0,56% ao passo que o público exibia uma expansão de 3,49%.

Desde os três meses encerrados em dezembro passado, esse desenho com privado para cima e público para baixo já vinha sendo delineado. A diferença é que, de lá para cá, o mergulho do PIB do governo se acentuou.

"Na hora que você reduz a taxa de juros, quem responde é o setor privado, o investimento, o consumo", afirmou o coordenador-geral de Projeções Econômicas da SPE, Fausto Vieira.

"Você tira o gasto do governo, tira o governo da jogada, o risco de endividamento do governo cai, a taxa de juros longa cai e aí o setor privado entra. É isso que está acontecendo", acrescentou.

Em evento no Rio de Janeiro na sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, estimou que PIB privado subirá 3% no ano que vem, enquanto o público seguirá travado.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

O percentual é visto como factível para a economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour, quando considerada não a média, mas o desempenho anualizado no terceiro ou quarto trimestre de 2020.

"A sociedade vai sentir isso mais para o ano que vem porque a queda do desemprego, o aumento da renda são mais lentos. Primeiro você vê um aumento de consumo, de investimento. O emprego e a renda vão vir depois porque a ociosidade no mercado de trabalho está muito elevada", opinou.

"Como a economia era há pouco tempo muito puxada pelo público, não só na parte direta, mas também através de subsídios ao setor privado, com o BNDES, essa transição onde o setor público já aparece e o privado precisa ocupar espaço é lenta, demorada. Mas eu acho que já está acontecendo", complementou.

Para o economista-chefe da Opus Investimentos, José Márcio Camargo, o gasto público tem diminuído sistematicamente desde 2016, mas só agora o Brasil tem visto o setor privado começar a tomar o lugar outrora ocupado pelo Estado. Ele estima que o PIB privado atualmente cresce 1,5% ao ano, enquanto o público cai 1%.

"Esse é um processo demorado, mas que tem que acontecer mesmo. Vai ser super positivo, o setor privado é muito mais eficiente que o setor público, você vai ter uma alocação de recursos muito mais eficiente, aumentar o potencial de crescimento da economia brasileira", disse.

Para tanto, ele reforçou ser necessário que as reformas econômicas prossigam. Caso isso ocorra, Camargo disse que o Brasil poderá até mesmo se consolidar como um destino mais atraente para investimentos num momento em que vizinhos na América Latina passam por turbulências políticas, sociais e econômicas.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

BC EM SINTONIA

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, também tem batido na tecla do setor privado como indutor do crescimento.

Em falas recentes, ele pontuou que mais importante que a queda da Selic --atualmente em 5% e a caminho de cair mais meio ponto neste ano-- é a redução da taxa de juros longa. Mais baixa, ela sinaliza a sustentabilidade de financiamento privado a projetos de longo prazo.

A maior participação do setor privado na economia também entrou na comunicação oficial do Comitê de Política Monetária (Copom). Na última ata do Copom, o BC destacou que a menor presença do Estado na atividade e a falta de comparativos históricos sobre as reações observadas num ambiente de Selic tão baixa aumentam as incertezas em relação à transmissão da política monetária.

A mensagem denota cautela com o quanto a taxa básica de juros ainda pode cair num ambiente de crédito livre em elevação enquanto o crédito direcionado patina, quadro que pressupõe uma potência maior da política monetária.

Entretanto, o economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima, ponderou que, para a expansão do crédito livre efetivamente se firmar, é necessário que haja melhora nos indicadores de emprego, o que ele só vê acontecendo, no melhor dos cenários, a partir do segundo semestre do ano que vem.

"Eu não boto muita fé numa recuperação relevante independente do emprego", disse. "Como o emprego aumenta? Só vai aumentar com investimento. Como o governo não vai investir --e já disse 1 milhão de vezes-- tem que ser investimento privado", afirmou.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

"Se tudo der certo, se os projetos (de infraestrutura) saírem, as concessões saírem, se tiver interesse, se montarem as estruturas de financiamento, antes do meio do ano que vem eu acho muito difícil acontecer alguma coisa relevante."

Para Lima, se o PIB anual acelerar até lá, o ímpeto não será dos maiores, passando de 1% para 1,5% ao ano.

Últimos comentários

Venezuela, Chile, Bolívia, Argentina. Todos estão dando Aula, Desenhando que ou se tem equilíbrio ou se tem o Caos. O Brasil tem que tirar proveito desses exemplos e ser assertivo em suas políticas econômicas e sociais.
vamos ver quantos desempregados iremos ter no final de 2020. se o setor privado cresce, mas o desemprego continua, e os que ainda trabalham recebem um salário estrangulado, infelizmente não será o povo brasileiro que sairá ganhando nessa batalha. gerar riquezas sem distribuição de renda não é crescimento, é acumulação de patrimônio. nosso povo também precisa usufruir do que produz; trabalhar para viver e não viver para trabalhar.
Pouco emprego, salário estrangulado = consumo fraco. Não é negativismo é gráfico.Esperem sentados. Ibov subiu com resultados trimestrais e liquidez global e não com PIB (que dá mais sustentação).
Filantropia se faz com o proprio dinheiro, nao com dinheiro do estado.Brasil acima de tudo!
2020 será a grande virada!!!
Já que as coisas estão melhorando e bolsa está na sua máxima historica, essa grande virada seria a ladeira abaixo?!?
Obrigado Bolsonaro e equipe!
Estamos a seculos com o estado como motor de crescimento economico, e foi um fiasco atrás do outro. Estava passando da hora de tentar outro caminho. Sem formulas magicas.
Avante Brasil!
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.