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BCE enfrenta novo desafio de comunicação com queda da inflação

Publicado 16.02.2023, 10:06
© Reuters. Sede do BCE em Frankfurt, Alemanha
27/10/2022. REUTERS/Wolfgang Rattay/
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Por Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) - Um ano atrás, o Banco Central Europeu sofreu para explicar por que não estava elevando as taxas de juros mesmo com o aumento da inflação. Este ano, terá um trabalho igualmente difícil para explicar por que continua a aumentá-las, mesmo quando o índice de preços cai rapidamente.

A inflação, já dois pontos percentuais abaixo de seu pico, cairá rapidamente com a queda dos preços da energia, e o banco cortará suas próprias projeções no mês que vem pelos preços mais baixos do gás e uma recuperação do valor do euro.

No entanto, o BCE já prometeu outro grande aumento de juros em março e as autoridades do banco também estão indicando um movimento em maio, elevando os custos das hipotecas, frustrando o investimento corporativo e elevando o peso da dívida dos governos no momento em que os consumidores sentem o primeiro alívio de preços em um ano.

O problema é que as perspectivas para a inflação não são tão boas quanto parecem à primeira vista.

As pressões de preços subjacentes mostram poucos sinais de diminuição e, mesmo que a população em geral saiba pouco sobre o núcleo da inflação - que filtra os preços voláteis de alimentos e combustíveis - as autoridades estão se concentrando nesse número porque é um indicador da durabilidade do crescimento dos preços.

"Vamos manter as taxas altas até vermos evidências robustas de que a inflação subjacente retorna à nossa meta de maneira oportuna e durável", disse recentemente Isabel Schnabel, membro do conselho do BCE, repetindo o recente mantra do banco sobre o núcleo da inflação.

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Em algum momento durante o verão no hemisfério norte, a inflação geral, agora em 8,5%, pode cair abaixo da taxa básica e pode até ficar abaixo de 3% até o final do ano, com os custos de energia caindo abaixo dos níveis pré-guerra e se tornando deflacionários. Mas o núcleo da inflação está se mostrando persistente e ainda pode subir em relação aos 5,2% do mês passado.

"Temos que continuar enfatizando que temos essa perspectiva de médio prazo", disse Klaas Knot, chefe do banco central holandês. "E ter uma perspectiva de médio prazo significa que é claro que a inflação subjacente é relevante para a política."

A questão não é exclusiva da zona do euro. Autoridades do Federal Reserve também veem a inflação dos Estados Unidos caindo abaixo do núcleo este ano e estão particularmente preocupadas com o fato de que o aumento dos preços dos serviços possa dificultar o retorno da inflação à meta de 2%.

Mas comunicar isso ao público é difícil. O BCE deve buscar uma inflação de 2% de acordo com sua meta e já está sendo criticado pelos investidores por enviar mensagens contraditórias.

Ele tem oscilado entre o foco na inflação corrente, na inflação futura e no núcleo da inflação. Também mudou entre fornecer orientação de política monetária e aplicar uma abordagem reunião por reunião.

Ainda assim, seu problema de núcleo da inflação é o motivo pelo qual o chefe do banco central irlandês, Gabriel Makhlouf, um moderado no Conselho que fixa as taxas, disse recentemente que a taxa de depósito de 2,5% do BCE poderia até exceder 3,5%, acima da precificação atual do mercado para o pico da taxa.

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Se a inflação realmente se tornar tão persistente quanto alguns temem, o BCE enfrentará o problema de uma "alta taxa de sacrifício", alerta o chefe do banco central croata, Boris Vujcic. Em tal situação, a perda econômica associada à redução da inflação aumenta e a dor associada a cada aumento cresce.

COMPLICAÇÕES

O núcleo da inflação deve cair, mas ainda pode permanecer em um nível elevado.

A grande questão é o mercado de trabalho.

Mesmo quando as empresas se preparavam para uma recessão quase certa, elas continuaram contratando em um ritmo acelerado e elevaram o nível de emprego a um recorde no último trimestre, acumulando mão de obra depois de terem dificuldade para contratar de volta nos meses pós-pandemia.

Isso pressionará os salários, que já devem subir mais de 5% este ano, o ritmo mais rápido em anos.

"As pressões dos trabalhadores para recuperar o poder de compra perdido podem ser significativas, especialmente porque as próximas negociações salariais ocorrerão em um contexto de mercado de trabalho apertado", disse o presidente do banco central espanhol, Pablo Hernández de Cos.

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