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Crescimento econômico pode surpreender no 1º tri, diz Campos Neto

Publicado 06.02.2024, 09:57
Atualizado 06.02.2024, 12:20
© Reuters. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento ReutersNEXT em Nova York
09/11/2023 REUTERS/Brendan McDermid
BPAC11
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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira que dados preliminares sobre o desempenho da economia no primeiro trimestre mostram que o crescimento pode surpreender positivamente no período.

Em palestra durante evento do banco BTG Pactual (BVMF:BPAC11), Campos Neto destacou que os indicadores mostram que o setor de serviços deve continuar puxando a atividade econômica no país.

"Olhando a perspectiva de crescimento do primeiro trimestre, está parecendo que vai surpreender para cima. Essa é a nossa primeira intuição no Banco Central. A gente vê serviços puxando bastante o crescimento", disse Campos Neto.

No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro surpreendeu, impulsionado pelo desempenho do agronegócio. A equipe econômica do governo espera que os dados finais de 2023 mostrem um crescimento de no mínimo 3%, superando estimativas do mercado no início do ano de uma aceleração inferior a 1%. Para este ano, a projeção oficial do Ministério da Fazenda é de alta de 2,2%, enquanto o mercado espera 1,60%.

O chefe do BC também destacou o processo de queda da inflação no país, afirmando que os últimos números mostraram o índice geral "um pouco melhor" e um núcleo "marginalmente pior", mas enfatizou que a trajetória dos preços está "dentro do que a gente tinha programado".

Dados de dezembro mostraram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com alta acumulada de 4,62%, o que significou que a inflação ao consumidor brasileiro voltou a ficar abaixo do teto da meta depois de dois anos seguidos de estouro do objetivo.

Campos Neto ainda enfatizou a importância da confirmação da meta de inflação no ano passado, quando o Conselho Monetário Nacional fixou, em junho, em 3% a meta central para 2026, mesmos alvos já previstos para os dois anos anteriores. De acordo com ele, a incerteza sobre o horizonte a ser perseguido pelo BC estava levando ao avanço das expectativas de inflação e dificultando o planejamento da política monetária.

"Em termos de expectativas de inflação, a gente vê um marco que foi a confirmação da meta. A gente sempre dizia que era muito difícil ter uma visibilidade do que fazer em política monetária sem ter certeza de qual era a meta", afirmou.

A pesquisa Focus divulgada nesta terça-feira mostrou que os analistas consultados seguem prevendo alta de 3,81% do IPCA em 2024 e de 3,50% em 2025. A projeção para ambos os anos segue acima do centro da meta oficial, que é de 3,0%, mas abaixo do teto, de 4,50%.

CENÁRIO GLOBAL

O presidente do BC disse ver todas as autoridades monetárias do planeta apontando para um cenário de queda nas taxas de juros, apesar de "timings" diferentes, destacando a postura do Federal Reserve como o "carro-chefe" do processo.

"Eu tenho a percepção de que, com os dados melhores, o Fed tem mais conforto de ser mais cauteloso. Parece que eles têm mais conforto de esperar um pouco mais", disse.

Na semana passada, o Fed manteve o patamar de sua taxa de juros, com o chair Jerome Powell dizendo que a instituição ainda precisava ver mais dados favoráveis da inflação para ter certeza de que é hora de reduzir os juros, derrubando apostas de que os cortes poderiam começar já em março.

© Reuters. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento ReutersNEXT em Nova York
09/11/2023 REUTERS/Brendan McDermid

Campos Neto também destacou a trajetória de queda na inflação geral e nos núcleos de países avançados, mas apontou que os níveis estão acima de patamares históricos.

Ele citou uma série de riscos que tem travado o processo de queda da inflação global, como a questão geopolítica e o cenário pós-pandemia, marcado pelo efeito das grandes transferências de recursos promovidas por governo no mundo inteiro.

(Reportagem de Fernando Cardoso)

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