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Emissão de títulos em reais para investidor japonês pode aumentar com juro mais alto, diz Barclays

Publicado 16.02.2022, 15:38
© Reuters.
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SÃO PAULO (Reuters) - A oferta de bônus emitidos no Japão e denominados em real pode se recuperar depois de longo período de queda, conforme as taxas de juros atreladas a esses papéis aumentam, avaliaram estrategistas do Barclays (LON:BARC).

Esses bônus, chamados de uridashi, são voltados sobretudo para investidores de varejo do Japão, conhecidos pelas vultosas quantias de recursos em poupança e investimento.

Os papéis são emitidos no país asiático, mas denominados em uma moeda estrangeira de juro mais alto, caso do real, da lira turca e do rand sul-africano, por exemplo, buscando, assim, chamar atenção desse grupo de investidores japoneses ávidos por retornos acima das taxas de juros locais, perto de zero ou abaixo disso.

Também mirando investidores de varejo do Japão estão os famosos fundos toshin --basicamente fundos mútuos-- que aplicam numa variedade de classes de ativos que fornecem exposição a divisas de juros altos, mas também a mercados de países desenvolvidos.

Os estrategistas do Barclays notaram que desde a crise da Covid-19 a demanda dos investidores de varejo japoneses parece ter migrado de uridashis para fundos toshin, o que indicaria uma mudança de mercados emergentes para mercados desenvolvidos.

"Acreditamos que essa tendência pode continuar por algum tempo, já que tanto os títulos uridashi quanto os fundos toshin são instrumentos de investimento de médio a longo prazo para investidores de varejo", disseram em relatório desta quarta-feira.

"(Mas), conforme observado, o recente aumento nos rendimentos dos títulos de mercados emergentes pode ser um lado bom para os títulos uridashi, já que o foco principal dos investidores de varejo é o 'carry' (retorno)", completaram.

Os uridashis são liquidados em ienes; portanto, quando a moeda de juro alto na qual o título é emitido se desvaloriza, o investimento pode sofrer prejuízo.

Desde março de 2020 --quando foi decretada a pandemia de Covid-19--, o real desvaloriza 11,4% ante o iene. A tendência de queda, porém, já dura pelo menos uma década. Desde as máximas de 2011, a moeda brasileira já perdeu quase 60% de seu valor frente à japonesa.

"A emissão líquida de títulos denominados em real, que já foi uma moeda muito popular para investidores de varejo japoneses, estava em tendência de queda mesmo antes da Covid-19, com rebaixamentos vinculados à deterioração das condições fiscais e ao baixo 'carry'", disseram os profissionais do Barclays, notando que as emissões têm sido fracas desde 2019 e que a lira turca também gerou perdas para os investidores japonesas.

Mais recentemente, porém, o real tem se recuperado.

"Acreditamos que os títulos uridashi denominados em real têm potencial para atrair alguns fluxos de investimento novamente daqui para frente devido aos recentes aumentos nos juros reais e ao desempenho superior do real, principalmente porque a lira turca parece fora da lista de favoritas", afirmaram os estrategistas.

Desde as mínimas de dezembro passado, o real salta quase 14% frente ao iene.

(Por José de Castro)

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