Investing.com - O dólar subia nesta quarta-feira, um dia depois que dados fracos da indústria dos EUA tiraram a moeda da máxima de dois anos, enquanto a libra esterlina caía para mínimos de um mês em meio à nova incerteza do Brexit.
Dados divulgados na terça-feira mostraram que o setor industrial dos EUA se contraiu em setembro para o nível mais fraco em mais de uma década, à medida que as condições dos negócios se deterioravam ainda mais em meio à guerra comercial entre os EUA e a China.
Analistas, no entanto, disseram que o revés do dólar provavelmente será temporário, dado ao seu maior rendimento em relação aos pares e a força relativa da economia americana. Os dados das folhas de pagamento não agrícolas, que serão divulgados na sexta-feira, devem fornecer mais informações sobre a saúde econômica do país.
"Sim, a indústria nos EUA está decepcionante, mas não é mais decepcionante do que os PMIs da zona do euro que vimos", disse Michael Hewson, analista da CMC Markets, referindo-se a pesquisas fracas na zona do euro divulgadas esta semana.
Hewson disse que a fraqueza no setor industrial dos EUA teria que se espalhar para o setor de serviços antes que tivesse um impacto significativo na política monetária e nas perspectivas para o dólar.
Os índice dólar subia 0,1% para 98,95 às 5h11, depois de atingir 99,667 na terça-feira, um pico de 29 meses, antes da divulgação dos dados da indústria.
A libra caía 0,2%, para 1,2276, não muito longe de uma baixa de quase um mês durante a noite.
O primeiro-ministro Boris Johnson apresentará sua oferta final de Brexit à União Europeia ainda nesta quarta-feira e deixará claro que a Grã-Bretanha pretende deixar a UE em 31 de outubro, não importa o que aconteça.
O euro caía 0,1%, para 1,0916, mantendo-se acima da mínima de dois anos de 1,0879, alcançada na terça-feira.
O dólar ficou pouco alterado em relação ao porto seguro do iene, em 107,69.
Enquanto isso, o dólar australiano estava sendo negociado a 0,6695, pairando um pouco acima do mínimo de uma década de 0,6672 atingido na terça-feira, depois que o Banco Central da Austrália cortou as taxas para o nível mais baixo de todos os tempos.
-A Reuters contribuiu para esta matéria.