O dólar recuou nesta quarta-feira, após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro nos Estados Unidos, que reforçou a expectativa de trajetória contida dos preços. Além disso, a Câmara dos Representantes aprovou o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão almejado pelo presidente Joe Biden, que deve assinar a lei nesta sexta-feira.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 108,38 ienes, o euro subia a US$ 1,1929 e a libra tinha alta a US$ 1,3934. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, registrou baixa de 0,15%, a 91,823 pontos.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,4% em fevereiro ante janeiro nos EUA, com alta anual de 1,7%, como projetado pelo mercado. O núcleo do CPI, porém, avançou apenas 0,1% na comparação mensal em fevereiro, ante expectativa de alta de 0,2%.
O núcleo da inflação foi interpretado como sinal de que os preços seguem comportados nos EUA, dando força aos argumentos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para não ter pressa em um aperto monetário futuro. Para a Stifel, o dado deve reforçar a abordagem calma do Fed na sua política. O ING, porém, ainda espera mais fôlego nos preços e acredita que isso poderia alterar um pouco os planos do BC, mas com uma elevação de juros apenas em 2023, não em 2024 como hoje esperado.
Em Washington, a Câmara aprovou o pacote fiscal almejado por Biden, que celebrou a notícia. Segundo o presidente, a verba será crucial para avançar na vacinação e apoiar, por exemplo, a reabertura das escolas em segurança.
O dólar ainda recuava a 1,2627 dólar canadense, no fim da tarde. A divisa do Canadá chegou a perder força, após o banco central local manter a taxa básica de juros em 0,25%. A Oxford Economics afirma que o BC canadense continua a manter postura acomodatícia, apesar de ele ter admitido que houve uma melhora na perspectiva econômica.