Investing.com – As debêntures incentivadas continuam como oportunidades atrativas para os investidores, apesar das restrições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em outros títulos de crédito privado, segundo estudo do banco Santander Brasil (BVMF:SANB11).
Ao comparar as taxas pagas pelos títulos do Tesouro Nacional atrelados à inflação, as NTN-Bs, com as debêntures incentivadas de janeiro de 2021 a fevereiro de 2024, estrategista de investimentos Samuel Ferrarezi avaliou que o spread de crédito – diferença entre os juros de títulos públicos e corporativos - ainda é atrativo, em nível superior ao de 2021 e boa parte de 2022.
“Dessa forma, entendemos que a alocação em crédito privado se demonstra ainda bem interessante e com boa relação risco x retorno. Isso porque, além do cliente ainda garantir boas taxas para carrega-las até o vencimento dos papéis, também há boas perspectivas para que os juros reais brasileiros fechem ao longo do ano, dada a nossa expectativa mais benigna para o cenário econômico, já que temos uma inflação com seus núcleos (excluindo itens voláteis como alimentação e energia) apresentando tendências ao redor da meta do Banco”, destaca Ferrarezi no estudo.
O especialista reforça que há janela de oportunidade mesmo após a resolução do CMN. Entre as indicações do Santander, estão debêntures da CCR (BVMF:CCRO3) (2036), Eletrobras (BVMF:ELET3) (2031), Camil (BVMF:CAML3) (2028), Prio (BVMF:PRIO3) (2032), Eneva (BVMF:ENEV3) (2032), e Atacadão (BVMF:CRFB3) (2027).
As debêntures incentivadas são dívidas emitidos por empresas para fomentar suas estratégias. O investidor se torna credor da empresa e não um acionista. As debêntures incentivadas contam com isenção de imposto de renda para pessoas físicas e são chamadas desta forma porque possuem fiscais para o fomento de setores considerados estratégicos para a economia doméstica, como energia, transportes, água, ferrovias, portos, aeroportos entre outros.