Investing.com – Um trimestre sem surpresas. Foi como os analistas da Ativa Investimentos, BTG e Itaú BBA descreveram o balanço da companhia do setor de energia Taesa (BVMF:TAEE11), embora ponderassem sobre a pressão com aumento da alavancagem. A relação da dívida líquida/Ebitda da Taesa, consolidando proporcionalmente as empresas controladas em conjunto e coligadas, ficou em 3,9x, contra 3,7x no quarto trimestre do ano passado.
Às 12h (de Brasília) desta quinta-feira, 04, as Units recuavam 1,57%, a R$35,45.
Segundo a Ativa Investimentos, a dinâmica de custos e despesas esteve em linha com o esperado, mas com resultado financeiro “mais oneroso, porém compensado parcialmente por uma menor alíquota tributária regulatória”. O aumento da alavancagem foi citado como fator de possível preocupação dos investidores pelo analista Ilan Arbetman. A Ativa possui classificação neutra para as ações com preço-alvo de R$34 para as Units.
De acordo com o BTG (BVMF:BPAC11), o balanço foi sem grandes eventos marcantes, com resultados regulatórios decentes, conforme esperando pelo banco. Em relatório, os analistas Joao Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende apontaram que o Ebitda de R$ 522 milhões ficou 4% acima das projeções do banco. Por outro lado, o lucro líquido de R$215 milhões representa uma perda de 30% para o que era esperado. O BTG possui classificação de venda para as ações, com preço-alvo de R$37.
Na visão do Itaú BBA, os resultados vieram neutros, com receita líquida e Ebitda ajustado conforme esperado, com crescimento anual impulsionado por “ajustes de receita e pela entrada em operação parcial da linha de transmissão de Sant'Ana”.
Para os analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota, Matheus Botelho Marques e Victor Cunha, com o aumento da relação dívida líquida por Ebitda, a tendência é de continuidade de um patamar elevado na alavancagem da empresa “dado o grande capex a ser implantado nos projetos em construção”.
O Ebitda ajustado de R$509 milhões ficou em linha com as projeções do banco, com alta anual de 12%, assim como a margem do indicador.
O Itaú BBA possui classificação underperform para as ações, com preço-alvo de R$ 35,95.