Por Jessica Bahia Melo
Investing.com – A semana inicia com tensão em alta após a invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 08, às sedes dos Poderes em Brasília, causando estragos no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda serão contabilizados. A expectativa é de que os ativos brasileiros apresentem volatilidade depois dos ataques golpistas que resultaram em vandalismo. As prisões dos criminosos seguem sendo efetuadas.
Segundo a Human Rights Watch (HRW), “este ataque é resultado de uma campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados para atacar os princípios democráticos e difundir alegações infundadas de fraude eleitoral”, afirma a organização internacional.
Na avaliação do economista André Perfeito, a percepção de risco aumenta, assim como os juros devem subir a partir dos efeitos na bolsa e outros ativos. “Provavelmente a situação será superada, mas serão dias tensos nos mercados e na nação até que o Planalto restabeleça a ordem e que os militares se posicionem de vez”, acredita o economista.
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No cenário internacional, após o payroll de sexta, destaque para o noticiário chinês sem novas restrições na política de Covid-zero. “Assim, é extremamente positiva a flexibilização a restrições impostas à indústria de tecnologia”, reforça a Ativa Investimentos. Na zona do euro, a taxa de desemprego foi mantida em 6,5%, em linha com as projeções consensuais.
Às 8h08, o ETF EWZ recuava 1,17% no pré-mercado nos EUA, enquanto o Nasdaq 100 Futuros apresentava alta de 0,37%, o S&P 500 Futuros valorizava 0,36% e o Dow Jones Futuros subia 0,26%.
O Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, tinha alta 3,40%, a US$76,28. Já o Petróleo Brent Futuros subia 3,16% a US$81,05.
As ADRs da Vale (NYSE:VALE) apresentavam baixa de 1,76% na pré-abertura, cotadas a US$17,35 enquanto as da Petrobras (NYSE:PBR) caíam 1,26%, a US$10,15.
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Notícias do dia
Intervenção na Segurança do DF — O presidente decretou intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal, devido às invasões e vandalismo nos Poderes.
Justiça — A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) medidas judiciais em resposta aos atos criminosos. A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a Corte vai atuar para que os criminosos “sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos".
Novas medidas — O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou ontem o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Ainda, Moraes determinou a dissolução dos acampamentos de manifestantes nas proximidades do Exército.
Boletim Focus — Economistas consultados pelo Banco Central projetam inflação e dólar mais altos neste ano, além de um Produto Interno Bruto (PIB) mais baixo.
Agenda do dia
Campos Neto — Participa da Reunião Bimestral de Presidentes de Bancos Centrais, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basileia, Suíça.
Luiz Inácio Lula da Silva — Encontro com ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Notícias corporativas
Petrobras (BVMF:PETR4) — A companhia aumentou a segurança em suas refinarias, depois de receber ameaças de ataques. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), pelo menos quatro refinarias poderiam ser alvos de golpistas.
Aliansce Sonae (BVMF:ALSO3) e BRMalls — Completaram a combinação dos negócios, com o encerramento da negociação das ações de emissão da BRMalls na B3 (BVMF:B3SA3) na última sexta.
Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) — Estimou a venda do equivalente a dez dias em liquidação que começou na sexta e foi realizada durante o final de semana, com produtos com até 80% de desconto.
BTG (BVMF:BPAC11) — O banco anunciou que deve investir até R$ 1,5 milhão em startups como parte do seu programa de potencialização.
Oi (BVMF:OIBR3) — Encerrou na sexta o prazo para ajuste das posições acionárias de acionistas em lotes múltiplos de 10 ações, mediante negociações na B3, como parte do processo de grupamento.
Sabesp (BVMF:SBSP3) — A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo protocolou junto à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (ARSESP), sua contribuição à consulta pública relativa ao processo de Revisão Tarifária Extraordinária da Sabesp.