Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – Os ADRs da ArcelorMittal (NYSE:MT) eram negociados com alta de 5,5% às 15h30 (horário de Brasília) de quinta-feira, quando a fabricante de aço registrou seu maior lucro trimestral desde 2008 ao mesmo tempo em que expandiu seu plano de recompra de ações.
No Brasil, os BDRS da companhia (SA:ARMT34) subiam 4,3%.
As economias em expansão e os fornecimentos esticados resultaram num aumento dos preços do aço, e a maior fabricante do mundo fora da China surfou essa onda para entregar um lucro líquido de US$ 4,6 bilhões no terceiro trimestre. Em comparação, o mesmo período de 2020 registrou uma perda. O EBITDA por tonelada de aço vendido pela ArcelorMittal, em US$ 414, foi quase oito vezes superior ao registrado um ano antes.
As vendas aumentaram mais de 52%, a US$ 20,22 bilhões.
Os embarques de aço caíram 9% devido a cancelamentos de pedidos de clientes no setor automotivo, o que reduziu drasticamente a produção devido à falta de semicondutores. A demanda da China, o maior produtor e consumidor mundial de aço, também foi fraca, devido a problemas no setor imobiliário do país.
A Arcelor afirmou que espera que a procura global de aço cresça entre 12% e 13% este ano, excluindo a China. Ela antecipa agora uma ligeira contração na demanda chinesa de aço em 2021, devido à fraca procura do setor imobiliário. Antes, a expectativa era que a demanda chinesa crescesse entre 3% e 5%.
O CEO da empresa, Aditya Mittal, espera deixar para trás as restrições de produção e atrasos de envio no quarto trimestre. Ele afirmou que "espera-se que a demanda subjacente continue a melhorar e, embora marginalmente abaixo dos recordes de alta recentes, os preços do aço permanecem a níveis elevados, algo que se refletirá nos contratos anuais para 2022".
A empresa também incrementou seu programa de recompra de ações em curso em US$ 1 bilhão. Dos US$ 5 bilhões em recompra anunciados pela empresa desde setembro de 2020, US$ 1,8 bilhão ainda estavam pendentes antes do anúncio.