Por Danielle Broadway
LOS ANGELES (Reuters) - Aos 65 anos de idade, a boneca Barbie mostra que não está a fim de se aposentar de seus 250 diferentes trabalhos como uma boneca de plástico cujos pequenos pés deixaram uma imensa marca cultural no mundo humano.
A Barbie original da Mattel (NASDAQ:MAT) -- com seus icônicos cabelos loiros, maiô branco e preto e olhos angulados -- foi inspirada pela filha da criadora Ruth Handler, Barbara, em 1959.
Contudo, em 2024, na comemoração de seu 65º aniversário, as bonecas são produzidas em uma miríade de cores, tipos de cabelo, formatos corporais e outras diversidades.
“A Barbie costumava ser uma reflexão singular de beleza e mais unidimensional. Hoje, há muitas Barbies, e temos várias visões da marca”, afirmou a vice-presidente executiva e diretora de marca da Mattel, Lisa McKnight, à Reuters.
As Barbies possuem agora 35 tonalidades de pele, 97 penteados e nove tipos de corpo, incluindo bonecas em cadeiras de rodas, com síndrome de Down, vitiligo e “plus-size”, além das bonecas com gênero neutro.
Juntou-se à evolução da marca também o sucesso comercial do filme “Barbie”, indicado para oito Oscars em 2023. A produção, estrelada por Margot Robbie e Ryan Gosling, trouxe uma nova profundidade emocional à boneca. Mas esses ganhos não vieram da noite para o dia.
“Sou muito grata por não ter crescido com a Barbie”, afirmou a ativista feminina Gloria Steinem, em um documentário de 2018. “A Barbie era tudo o que eu não queria ser, mas diziam para sermos.”
Até hoje, a boneca ainda é associada a proporções corporais irreais, papéis de gênero e padrões de beleza eurocêntricos.