Investing.com – As bolsas europeias ficaram mistas nesta quarta-feira, com os investidores aguardando a ata da reunião de política mais recente do Banco Central dos EUA (Fed) e uma vez que os mercados estão aguardando mais informações sobre o futuro das próximas ações de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Durante as negociações europeias da tarde, o DJ Euro Stoxx 50 subiu 0,10%, o CAC 40 da França caiu 0,25%, ao passo que o DAX da Alemanha cresceu 0,16%.
As ações europeias ganharam força recentemente em meio a expectativas cada vez maiores de flexibilização monetária por parte do BCE, em sua próxima reunião em junho, e após dados que mostraram na semana passada que a economia na zona do euro cresceu em um ritmo mais lento que o projetado no primeiro trimestre.
Mas os mercados ficaram agitados antes da ata da reunião de política monetária mais recente do Fed, na tarde de hoje, já que os investidores aguardam informações sobre a visão que o banco tem da economia.
O setor financeiro subiu, com as ações do banco francês Societe Generale (PARIS:SOGN) saltando 1,12%, ao passo que as dos bancos alemães Deutsche Bank (XETRA:DBKGn) e Commerzbank (XETRA:CBKG) subiram 0,38% e 1,41%.
O BNP Paribas (PARIS:BNPP) ainda caiu, porém, recuando 1,45%, após notícias de que os EUA exigirão mais de US$ 5 bilhões do banco francês para resolver uma investigação sobre supostas violações de sanções norte-americanas.
As ações dos bancos italianos Unicredit (MILAN:CRDI) e Intesa Sanpaolo (MILAN:ISP) ganharam 0,61% e 1,08% respectivamente, ao passo que as dos bancos espanhóis Banco Santander (MADRID:SAN) e BBVA (MADRID:BBVA) subiram 0,34% e 0,50%.
Em outros lugares, as ações da Alstom (PARIS:ALSO) caíram 0,75%, após o CEO, Patrick Kron, ter pedido que o governo francês apoie a oferta de US$ 17 bilhões da General Electric (NYSE:GE) pelas unidades de energia da empresa francesa, alegando que a incerteza quanto ao futuro da Alstom está dificultando ganhar pedidos.
Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,19%, após a ata da reunião de maio do Banco da Inglaterra ter mostrado que alguns membros acreditam que a decisão sobre quando elevar a taxa de juros “está se tornando mais equilibrada”, indicando que alguns legisladores estão cada vez mais agressivos quanto a aumentar os custos de empréstimos
O setor financeiro britânico ficou misto, com as ações do Royal Bank of Scotland (LONDON:RBS) subindo 0,21% e do Barclays (LONDON:BARC) avançando 0,85%, ao passo que as do Lloyds Banking (LONDON:LLOY) retraíram 0,74% e as do HSBC Holdings (LONDON:HSBA) despencaram 1,67%.
As ações de mineração permaneceram em baixa, com a Bhp Billiton (LONDON:BLT) caindo 0,10% e a Rio Tinto (LONDON:RIO) declinando 0,44%, ao passo que a Glencore Xstrata (LONDON:GLEN) retraiu 0,85%.
A Burberry Group (LONDON:BRBY) reduziram as perdas anteriores, porém, subindo 1,19%, após a fabricante de produtos de luxo ter apresentado lucro anual que superou as estimativas dos analistas.
A Astrazeneca (LONDON:AZN) somou-se aos ganhos, subindo 1,22%, após Neil Woodford, um acionista antigo e um dos maiores acionistas institucionais do grupo, ter dito que a farmacêutica ganhará melhores retornos para os acionistas ficando independente e, portanto, recusando a oferta de aquisição no valor de £ 69 bilhões feita pela Pfizer (NYSE:PFE).
Também no Reino Unido, o Departamento de Estatísticas Nacionais informou que as vendas no varejo saltaram 1,3% em abril, mais que o dobro das projeções de uma alta de 0,5%, auxiliadas por vendas maiores de alimentos na Páscoa.
Em uma base anual, as vendas no varejo saltaram 6,9% em abril, superando as expectativas de um aumento de 5,2%, após aumento de 4,8% em março.
Nos EUA, os mercados acionários apontaram abertura em alta. Os futuros do Dow 30 apontaram alta de 0,32%, os do S&P 500 sinalizaram ganho de 0,33%, ao passo que os do Nasdaq 100 indicaram aumento de 0,38%.