Atualizada às 15h44
Por Gabriel Codas
Investing.com - O BTG Pactual está perto de aumentar a temperatura da disputa com a XP Investimentos. De acordo como colunista Lauro Jardim, do O Globo, nas próximas horas será anunciada a debandada da área de wealth management da empresa fundada por Guilheme Benchimol.
Na bolsa, a unit BPAC11 e a XP Inc XP, em NY, avançam 3% para R$ 82,71 e US$ 50,92, respectivamente.
De acordo com o jornalista, um total de dezenove pessoas do private está deixando a XP para abrir em sociedade com o BTG Pactual uma distribuidora de valores. Na nova empresa, o banco fundado por Andre Esteves terá participação de 49%, em um modelo que lembra o usado para tirar da XP em julho a EQI, um agente autônomo que tinha R$ 8 bilhões sob administração.
A compra da participação na EQI aconteceu durante a Expert 2020, promovido pela XP, que passou a ser abrigada na plataforma do BTG por um prazo de seis meses. O movimento é uma espécie de pit stop para um segundo momento, que é uma espécie de nova etapa para agentes autônomos que já possuam relevantes carteiras de clientes.
Depois desse período, a EQI deve se tornar uma corretora e deve utilizar a infraestrutura do banco de Esteves.
De acordo com fontes ouvidas pelo Brazil Journal, os executivos mais sêniores da área permanecem na XP, como Beny Podlubny (o head do private), Paulo Leme e Sérgio Mattar, ambos contratados recentemente. Mesmo assim, sete dos que estão saindo são sócios da corretora.
Além disso, o Brazil Journal informa que a saída coletiva ocorre em um momento em que a XP tentava criar uma regra de non-compete para todos os funcionários a partir de um certo nível de senioridade. A XP estaria tentando reverter a situação, mas o contrato dos funcionários com a BTG já está assinado e prevê multa pesada em caso de descumprimento.