Por Geoffrey Smith
Investing.com – As ações da Burberry (OTC:BURBY) (LON:BRBY) operavam em alta após a notícia de que o executivo Daniel Lee irá suceder Riccardo Tisci como diretor-geral de criação, que confirmou os rumores a respeito da sua saída do grupo de moda britânico na quarta-feira.
Lee atuava como diretor de criação da marca Bottega Veneta, da Kering (EPA:PRTP), onde esteve à frente do recorde de vendas da empresa nos últimos três anos. O resultado se deu graças ao desempenho das suas linhas de produtos em couro. Essa é uma área em que a Burberry alocou mais recursos nos últimos anos, na tentativa de expandir sua oferta além da linha histórica de gabardinas e acessórios.
Nascido em Yorkshire, Lee também trabalhou na marca Balenciaga, da Kering, bem como na Celine, Maison Margiela e Donna Karan.
Tisci deixará o cargo no fim deste mês, como era amplamente esperado, cinco anos após ser contratado pelo então CEO Marco Gobetti, a fim de restaurar a trajetória do grupo, após uma incursão malsucedida no mercado. Sua última coleção para a primavera/verão 2023 foi apresentada nesta semana.
Analistas do RBC disseram que o anúncio era positivo, “na medida em que alguns investidores acreditavam que a Burberry precisava de uma nova perspectiva de design e criação”.
Analistas do Jefferies salientaram que os designs de Tisci “não estavam tendo muita repercussão nas redes sociais, e o crescimento das vendas da Burberry era mais fraco" em relação aos concorrentes. Mesmo assim, eles alertaram que ainda pode levar dois anos para que o novo diretor de criação consiga redirecionar devidamente a marca.
O anúncio ocorre na mesma semana em que a Burberry perdeu sua diretora-geral financeira, Julie Brown, para a GlaxoSmithKline (NYSE:GSK).
Às 14h38 (horário de Brasília), as ações OTC subiam 8,31%, após críticas do Fundo Monetário Internacional e da agência de classificação Moody’s a respeito dos planos do novo governo de financiar um grande pacote de cortes de impostos e subsídios de energia com emissão de dívida. A Burberry gera menos de um quarto das suas vendas gerais no Reino Unido, e a desvalorização da libra esterlina geralmente favorece seus resultados financeiros.